O novo Integralismo
Por: Trabalhosss • 27/9/2016 • Seminário • 835 Palavras (4 Páginas) • 241 Visualizações
O NOVO INTEGRALISMO
ROTEIRO:
1. O QUE É O INTEGRALISMO?
Uma doutrina política de viés autoritário, com grande apego ao tradicionalismo. Está fundamentado em ideais nacionalistas de integração da nação, contrária a existência de partidos políticos [apesar da existência do Partido de Representação Popular (PRP) no imediato pós-Segunda Guerra], partindo de uma concepção de conciliação de classes. Coloca-se como governo cristão-católico. Caráter anti-burguês e anticapitalismo internacional, tendo um projeto econômico especialmente voltado para as forças produtivas nacionais.
2. CASO BRASILEIRO, O QUAL SERÁ APRESENTADO PELO GRUPO.
Expresso no movimento de massa Ação Integralista Brasileira (AIB), cuja sua principal liderança era o poeta, jornalista e político Plínio Salgado. Obteve grande aceitação em grupos de extrema direita. Grande parte da doutrina do integralismo brasileira (doutrina do sigma) está expressa nas seguintes palavras do próprio Plínio Salgado:
Somos pela unidade da nação; Somos pela expressão de todas as suas forças produtoras no Estado; Somos pela implantação do princípio de autoridade [...]; Somos pela consulta das tradições históricas e das circunstâncias geográficas, climatéricas e econômicas que distinguem nosso país [...] (Salgado, 1958, p.266). Citado em: VICTOR, Rogério. O integralismo nas Águas do Lete. História, Memória e Esquecimento. Goiânia : Ed. Da UCG, 2005.
Fora fortemente impactado pelo fascismo italiano em seu projeto, incluindo até outros apetrechos destes, como o uso de uniformes, os “camisas-verdes”, se aproximando dos “camisas negras”, grupo de milícia de Benito Mussolini.
3. EM QUAL “TERRENO” SURGIRAM?
No caso brasileiro, ainda ao final da década de 1920, tendo seu apogeu nos anos 30 até o fim da Primeira Guerra Mundial. Teve grande destaque na conjuntura do Golpe de 1937, apoiando Getúlio Vargas em um primeiro momento, mas por fim os integrantes do movimento acabaram se sentindo traídos por este e armam um levante com o intuito de destituir Getúlio. A tentativa de insurreição foi vencida e altamente atacada pela imprensa, o que causou grande dano ao integralismo.
4. E NA ATUALIDADE? COMO SE CONFIGURAM?
Atualmente, é um movimento de pouca expressividade no cenário político brasileiro. Não possuem nenhuma legenda política oficial, e enquanto movimento social conta com pouquíssimos adeptos. Ainda assim, o movimento ainda não chegou ao fim por completo. Organizados pelo CEDI (Centro de Estudos e Debates Integralistas), antigos e jovens militantes se reúnem regularmente em várias cidades do país, tendo suas atividades voltadas para a divulgação da doutrina do sigma através do resgate e da comemoração do passado integralista. Não se diferenciam muito do “integralismo tradicional”, estando totalmente arraigada à este. Outras agremiações como o Centro de Estudos Históricos e Políticos (CEHP), com sede em Santos (SP), voltada para o debate e propaganda do integralismo e a Frente Pátria Unida (FPU), esta mais voltada para ação política. Existem ainda grupos Integralistas voltados mais para o âmbito politico, da construção de uma nação maior e também para o âmbito “publicitário”, onde buscam explicitar para a população sua visão de mundo e do Brasil pelo novo integralismo e como a sociedade deveria se configurar através disso. Dentro desses grupos temos: A FIB – fundada oficialmente em janeiro de 2005 – é fiel às diretrizes estabelecidas no Manifesto Integralista de 1932 e acredita que o integralista de verdade estuda a Doutrina do Sigma seguindo as premissas indicadas nas encíclicas papais Rerum Novarum (1891) e Quadragesimo Anno (1930); O Movimento Integralista e Linearista Brasileiro (MIL-B) que fez suas primeiras reuniões em 2003, na cidade paulista de Campinas.
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