O que é história e o que faz um historiador?
Por: Paula Sonaly Lima • 2/5/2018 • Resenha • 710 Palavras (3 Páginas) • 243 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE HUMANIDADES – CH
UNIDADE ACADÊMICA DE HISTÓRIA – UAHis
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA – PPGH
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA HISTÓRIA
PROFESSOR: ALARCON AGRA DO Ó
ALUNA: PAULA SONALY NASCIMENTO LIMA
FEBVRE, Lucien. Combates pela história.
REIS, José Carlos. O desafio historiográfico.
O que é História? O que estuda o Historiador? História é ciência? História é ficção? Estas indagações são feitas por diversos historiadores em diversas épocas. E, defendendo o ofício do Historiador podemos destacar dois pensadores que vão demonstrar o amor á História.
Primeiramente, Lucien Febvre, em seu livro “Combates pela história”, destaca a sua paixão pelo seu trabalho com a história. Em seu primeiro capítulo, o autor vai destrinchando algumas tendências historiográficas, afirmando que a história é social, e o seu objeto de estudo é o Homem. A História ciência do Homem (p.31), e os homens são os únicos objetos da história, tomados no quadro das sociedades de que são membros. (p.40);
“A história era estabelecer os fatos, depois trata-los” (p. 22). Febvre afirma que toda história é escolha, argumentando que o trabalho do historiador consiste em criar, por assim dizer, os objetos da sua observação, com o auxílio de técnicas muitas vezes complicadas. E, adquiridos os objetos, ler os seus cortes e as suas preparações. Tarefa singularmente árdua, por ter que ver o que é preciso descrever (p.24).
Visto então que o estudo da história é cientificamente conduzido, e não como uma ciência (p.40) que deve problematizar e formular hipóteses baseadas na interpretação do fato pelo historiador. (p.42). Portanto, os fatos históricos, mesmo os mais humildes, é o historiador que os chama à vida.
O autor também destaca sobre a crise da história que era cada vez mais positivista e empirista. Também salienta sobre a aliança com novas disciplinas, próximas ou longínquas, como a sociologia e a psicologia. Ele nos assemelha ao trabalho do artesão, afirmando que nós, historiadores, sobres pequenos artesões, que nós amamos até nas suas taras e nas manias, que fazemos por se mesmo todas as coisas e cria a sua utensilagem, o campo de experiência, os programas de investigação. (p. 33). Febvre salienta que o objetivo dele era apresentar um homem, as suas intenções, opiniões, suas fraquezas e sua boa vontade. (p.36).
O autor enfatiza o seu amor pela história e tenta apropriar os leitores do seu amor pela profissão.
Em “O desafio historiográfico” de José Carlos Reis, há também uma linguagem, mesmo que acadêmica, repleta de paixão. Também demonstra um amor à História, a sua importância.
O autor vai evidenciar os questionamentos de epistemologia que revelam o desafio historiográfico que o historiador não pode deixar de enfrenta-las permanentemente. Conforme ele, alguns pesquisadores defendem a inviabilidade do conhecimento histórico argumentando alguns fatos como ser um conhecimento indireto e inconsistente; produz discurso do passo; é incapaz de fazer previsões e articulável apenas depois do evento ocorrido; pratica anacronismos e; é uma reconstrução fantasmagórica. (p.13 a 16).
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