Organizações económicas e sociais
Por: Amilcar Richard Mevia • 2/10/2015 • Monografia • 710 Palavras (3 Páginas) • 314 Visualizações
Índice
Introdução………………………………………………………………………
Origem e formação……………………………………………………………..
Localização.……………………………………………………………………
Organizações económicas e sociais……………………………………………
Estrutura Social………………………………………………………………...
Decadência……………………………………………………………………..
Conclusão………………………………………………………………………
Bibliografia…………………………………………………………………….
Introdução
Estados Militares do Vale de Zambeze que se dedicaram fundamentalmente ao tráfico de escravos, mesmo após a abolição oficial da escravatura em1836 e mais tarde em 1842. Também ouve o fim do sistema politico na região da Zambézia, criou-se um Vazio de Poder que foi sendo preenchido por vários estados emergentes e a decadência de muitos estados ou centros de poder económico naquela região.
Origem e formação
Os estados começam a surgir entre 1820 e 1860, quando decide-se criar bases para uma restauração do poder económico e politico do vale do Zambeze. Dessa reestruturação e dos escombros dos antigos estados e chefaturas do vale, originam os estados militares uma nova versão complexa e amplificada dos antigos prazos.
A base do processo da formação dos estados foram três factores que estiveram na origem desses estados:
- A revolta do Chamgamire Dombo e os vários ataques aos prazos da margem esquerda da Zambeze;
- O desenvolvimento do trafico de escravos, que chegou a obrigar alguns prazeiros a sacrificarem os camponeses residentes nos seus domínios e os A-Chicundas, o seu braço armado;
- As invasões nguni, que começaram em 1832.
Localização
Esses estados localizama-se entre o oceano indico e o Zumbo e era também conhecidos como Estados militares, Estados de Conquista ou Estados Muzungos. Designavam-se como a versão mais complexa e notavelmente amplificada dos antigos prazos. De acordo com Souto (1996:91), citando Newit, Os Estados Militares desenvolviam-se de diferentes maneiras.
As suas estruturas organizacionais possuíam fortalezas armadas, grandes exércitos de Chicundas e um grande arsenal de armas modernas. Foi assim que conseguiram proteger as suas fronteiras e consolidar o seu poder. Para Isaacman, citado por Souto (1996:92), o poder real destes estados encontrava-se no exercito de Chicundas, porque era neles que e baseava a ordem militar, sendo também estes os maiores produtores de riquezas.
Aliciando os A-Chicundas com tecidos, bebidas, armas e mulheres, esses novos senhores de vale do Zambeze vão consolidando as suas posições. Estes estados tinha capacidade militar para limitar a penetração do estado português, pois, em conjunto, controlavam a maior parte da base área do vale do Zambeze, dominavam os cursos de agua estratégicos e rodeavam todas as bases militares e administrativas portuguesas situados no interior.
Principais estados e os seus fundadores
Os principais estados foram:
- Makanga, Fundado por Gonçalo Caetano Pereira «Dombo-Dombo»; apartir de 1840, a dinastia dos Caetano Pereira entra em confilito com os portugueses, no reinado de Pedro Caetano Pereira «Choutama» e de Chissaca.
- Massingir , Fundado por Paulo Mariano Vaz dos Anjos e Fernando Vaz dos Anjos.
- Massangano, Fundado por Joaquim da Cruz «Nhaude» em 1849. Portugal faz várias tentativas para o conquistar sobre tudo no tempo de António Vicente da Cruz «Bonga» que governou de 1855 a 1879. Foram dominados apenas em 1888. Os portugueses contaram com apoio de «Gouveia», Senhor da Gorongosa.
- Gorongosa, Fundado por Manuel António de Sousa «Gouveia». Foi o mais fiel aliado dos portugueses.
- Maganja da Costa, Fundado por João Bonifácio Alves da Silva, «M, passo». (1862-1898).
Organizações económicas e sociais
A economia dos militares baseava-se essencialmente do comércio de escravos e, em menor escala de comércio de marfim.
A cobrança do imposto (Mussoco), que podia ser em trabalho em espécie e, mais tarde, em dinheiro, foi uma importante fonte económica do poder dos chefes dos estados militares. A pilhagem e incursão aos estados vizinhos também constituíam uma importante fonte de captação de riquezas.
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