Os Anos JK: Industrialização e Modelo Oligárquico de Desenv. Rural
Por: Valdir Messias • 13/3/2016 • Resenha • 962 Palavras (4 Páginas) • 1.321 Visualizações
Aluno: Valdir Messias – turma: Engenharia Civil – 2º CVBN
Disciplina: História da Técnica, Tecnologia e Indústria I e II
Prof: Fabio Luciano Iachtechen
Texto: Os Anos JK: Industrialização e modelo oligárquico de desenv. Rural
O governo de Juscelino Kubistchek de Oliveira – JK – de 1946 à 1964, teve como desafio governar um pais dentro dos princípios constitucionais, acelerar o crescimento com a criação de novas indústrias e integrar a unidade nacional através de um governo de movimento, de ação, de atitudes, pois tudo isto convergiam em uma única meta que tinha como principal compromisso de acordar o “gigante adormecido” e fazê-lo crescer no dito “cinquenta anos em cinco”. A era de JK conciliava nas inter-relações entre seu projeto nacional-desenvolvimentista com outros projetos políticos da esquerda e também da direita, que agradavam os ruralistas conservadores e autoritários e também os nacionalistas econômicos (reformistas) de forte cunho popular. O governo de JK se destacou por uma administração dinâmica que foi capaz de convergir diversos projetos de desenvolvimento na época e coloca-los quase que todos em prática, o que proporcionou com isto uma estabilidade institucional e política que outros antecessores não tiveram tal êxito em prol da nação.
É possível identificar que a gestão JK formou-se desde cedo por sua trajetória política que teve como principal característica o “Desenvolvimento Industrial Tipo Capitalista” que não deixou de lado o compromisso com a democracia. Devido a grande necessidade que o pais tinha, foi criado o “Plano de Metas”, subdivido por 30 ações que abrangiam todas as áreas tendo a de Energia Elétrica e Transportes visto como de extrema urgência por JK para realização das demais ( alimentação, indústria de base, educação, etc). A meta da construção de Brasília só foi incorporada por JK mais tarde porque via nela a necessidade da integração nacional. À medida que tais metas eram realizadas, a credibilidade de JK aumentava em comparação aos seus antecessores que não cumpriam com as promessas de outrora, fato este que o diferenciou bastante proporcionado a volta da credibilidade de investidores que ficaram confiantes pela postura honrada e descente do então novo presidente do Brasil, sendo inclusive aclamado como causador da nova “Revolução Industrial Brasileira”, fomentando ainda mais a entrada de novos capitais estrangeiros iniciada desde a era do “Estado Novo” de Getúlio, porém agora com mais volume e intensidade pela oportunidade maior dada por JK. A sustentação política de JK teve como aliança o Partido Social Democrático (PSD), do próprio JK, com um forte perfil ruralista, junto do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com interesses trabalhistas. A aliança destes dois partidos tinha como único opositor a UDN (União Democrática Nacional), que defendia a “moralidade pública”, forte opositora do passado na era Vargas. Com a aliança entre os dois maiores partidos, JK pode convencer das fortes mudanças do sistema à exemplo do colapso de 1929 que ficou claro que a nação ficaria refém se dependesse unicamente do mercado externo que naquele tempo ainda tinha o modelo agrário. Por isso não foi muito difícil convencer do fortalecimento da indústria agrária e agropecuária nacional que deveriam ancorar-se no mercado interno, nacional. Ao passo que as profundas transformações (metas) iam sendo aplicadas outras menores (mas não desprezíveis) iam surgindo, como exemplo no trato da política externa independente, reformas no sistema eleitoral, administrativo, educacional, etc. Estas novas demandas foram surgindo como novos obstáculos que impediam a promoção da implementação da industrialização que ficavam atreladas à uma série de tensões mal resolvidas que prejudicavam as questões maiores. Contudo mais uma vez o pensamento e ação positiva de JK frente aos opositores puderam colocar o pensamento “nacional econômico” frente aos interesses do pensadores nacional liberal, ou dito da melhor forma: o nacionalismo dos anos 1946-1964 foi a parte mais ativa e decisiva na superação das dificuldades em prol do nacionalismo econômico. Durante a implantação das metas, o pais não contava com uma poupança interna suficiente para suportar os elevados custos da plataforma de governo de JK, com isto o então presidente Juscelino passou à emitir papel moeda e incentivar a instalação de multinacionais no pais, resultando com isto aumento inflacionário e maior presença de capital estrangeiro na economia brasileira. Com isto, os nacionalistas econômicos afirmavam que a economia brasileira passava à depender dos países ricos e industrializados, sem a chance de promover a assistência junto às camadas mais populares (pobres) caracterizando tal fato como “capital colonizador”. As críticas ao governo de JK foi explanado por muitos intelectuais à época, como Caio Prado Jr, Chaves Neto e Chalil Chade como forte “fundamentalismo partidário comunista” que mais tarde tornou-se visível pela campanha de “reformas de base” durante o governo de João Goulart. O principal sucesso de JK em seu plano de metas foi a concretização de Brasília. Representou definitivamente seu espírito de administrador de pensamento “nacional-desenvolvimentista”. Proporcionou um importante processo de integralização do território nacional e do sistema produtivo nacional. Rompeu, ou pelo menos aliviou, alguns obstáculos que impediam o desenvolvimento rural e urbano representado pela carência das vias de comunicação que impedia o crescimento do pais.
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