PROJETO DE PESQUISA DO LIVRO - A HISTÓRIA CONTINUA DE GEORGES DUBY

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Docente: Márcia Barreiros Disciplina: Aspectos do Ocidente Medieval Discente: Regina Mel Cintra Carvalho Garcez Curso: História – Licenciatura – Campus I

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PROJETO DE PESQUISA DO LIVRO “A HISTÓRIA CONTINUA” DE GEORGES DUBY

                                           Salvador, 2018

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REGINA MEL CINTRA CARVALHO GARCEZ

PROJETO DE PESQUISA DO LIVRO “A HISTÓRIA CONTINUA” DE GEORGES DUBY

Atividade solicitada pela professora doutora Márcia Barreiros da matéria Aspectos do Ocidente Medieval do curso de Licenciatura em História.

SALVADOR

2018

1. Trajetória

A obra em questão, A História Continua, pode ser considerada um manual sobre pesquisa histórica, levando em consideração a forma na qual foi escrita. Nos momentos iniciais do texto, Georges Duby apresenta suas condições enquanto escritor e historiador na construção da obra. Para ele era muito mais urgente investir na história de homens comuns, inseridos na sociedade medieval, justificando que através disso é possível compreender o indivíduo e o sistema.

Após decidir que exploraria a história social, foi necessário encontrar um patrono para sua pesquisa, o parisiense Charles-Edmond Perrin, que o orientou em suas leituras e principalmente que usasse uma documentação rica e de fácil acesso.

1. Objeto

O autor escolheu, na documentação recomendada pelo patrono, uma obra que descrevesse as condições da sociedade medieval de uma forma específica, em uma região única na qual ele pudesse entender profundamente as questões dos membros daquela sociedade. A partir da obra Recueil, ele pode fazer as especificações necessárias para que pudesse construir a história social que havia escolhido. Começaria então a entender a estrutura daquela sociedade, daquela região, e assim comparar com os moldes já existentes sobre a Idade Média. Ou seja, estava afunilando seu campo de pesquisa.

1. Problema

A problemática do autor estava voltada para não negar as especificidades da comunidade escolhida, ele não poderia tentar refutar os acontecimentos narrados nas obras que tinha como fonte. Ou seja, deveria ele entrar nas questões da pesquisa sem interferir nos fatos, sem também buscar a objetividade total.

Nesse momento da obra, o autor retoma questões da nova história, refutando que os historiadores passam a explorar questões mais amplas, deslocando o objeto de estudo da história para que ela pudesse acompanhar as outras ciências, sem isolá-la apenas no corte econômico. Nesse sentido, Duby usa o termo mentalidades com o objetivo de explicar a história dos substratos de cada sociedade, sem corte de classes e assim comum a todos.

1. Objetivos

Duby tinha como objetivo entender as relações sociais que haviam em sua  pesquisa e o momento que havia escolhido, mais precisamente entender como os camponeses ricos guiavam aqueles que estavam abaixo deles, além de se aprofundar nas questões judiciais entre os séculos XI e XII. Ou seja, ele estava voltado para o dia a dia da sociedade, a relação entre camponeses menores e maiores, e não para a economia e questões radicais de hierarquia.

1. Teoria

Georges Duby teve influência e direcionamentos de diferentes historiadores e teóricos, como Lucien Febvre, Marc Bloch e Fernand Braudel, além de ter conhecimento das teorias marxistas, da Antropologia e sua formação em Geografia. Com isso, ao longo das construções de suas teses e pesquisas, procurou abraçar as ciências do homem de um modo geral.