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Resenha: Sistema Toyota de produção

Por:   •  7/4/2018  •  Resenha  •  919 Palavras (4 Páginas)  •  1.410 Visualizações

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Sistema Toyota de produção (STP)

A crise do petróleo foi o primeiro impasse ocorrido ao sistema de produção em massa que era vigente na época passada, mais conhecido como Taylorismo. Dessa forma, como resposta a baixa capacidade de produção em massa surgiu o Sistema Toyota de Produção (STP) ou Toyotismo.

O Toyotismo foi um modelo oriental proposto pela empresa Toyota Motor, no Japão. Ele tem como base o aumento dos lucros através da “completa eliminação das perdas”. Para compreendê-lo, é necessário entender algumas observações a respeito dos conceitos: Just in Time (JIT), autonomação e Controle da Qualidade Zero Defeitos (CQZD).

O JIT é um conceito de suprimento da produção que até hoje ninguém pôde defini-lo exatamente, sendo considerado até mesmo como sendo uma filosofia de produção. Operacionalmente, ele determina que cada processo deve, e pode, ser suprido com os itens e quantidades certas no tempo e no lugar certo. Para isso, utiliza ferramentas como o “Kanban”. Entretanto, muitos estudiosos acabam por confundir JIT com o STP, o que é um equívoco pois o JIT é apenas um meio de se alcançar o STP.

Já a autonomação (“jidoka”) é um conceito que se baseia no fato de extinguir os erros através da autonomia da máquina ou d a autonomia do operário em parar a produção toda qualquer vez em que seja detectado um erro no processo. A ideia principal é acabar com qualquer anormalidade e reprodução de defeitos através da imediata ação tomada ao detectar algum tipo de erro.

O outro conceito abordado pelo STP é o Controle da Qualidade Zero Defeitos (CQZD). Ele nada mais é do que a eliminação e controle dos erros através da identificação dos fatores que causam os mesmos. Para isso, baseia-se em 4 pontos fundamentais: inspeção da fonte (é a eliminação de defeitos através da função controle aplicada na origem), inspeção 100% ao invés de por amostragem, diminuição do tempo entre a detecção do erro e a ação tomada para supri-lo e o reconhecimento de que os operadores são humanos e que, por isso, podem falhar. Neste último ponto o CQZD utiliza como forma de mitigar essas falhas o “Poka-Yoke”, o qual trata-se de um sistema de inspeção desenvolvido para prevenir riscos de falhas humanas e corrigir eventuais erros em processos industriais, sempre por meio de ações simples.   É importante ressaltar ainda que o CQZD é a base para que a autonomação possa ser implementada nos processos de produção.

Quanto ao histórico do STP pode-se afirmar que uns dos primeiros escritores a tentar explicitar o que seria o Toyotismo foi Monden, em 1981. Todavia, pecou em alguns fatores. Em seu estudo, deixou de apresentar elementos fundamentais para o equilíbrio do STP, além de confundir alguns dos conceitos bases do STP e deixar de considerar diversas relações importantes entre os elementos do mesmo.

Ainda partindo do discernimento dos conceitos base do STP, faz-se mister explorar as influências da Autonomação no processo. Ela está diretamente ligada a redução de custos pela eliminação direta de três principais perdas: perda por superprodução, perda por espera e perda por fabricação de produtos defeituosos.

Para que a autonomoação seja implementada no STP ela depende e é influenciada por diversos fatores e processos. A autonomação vincula-se ao processo de redução de custos pela eliminação de perdas (como citado anteriormente), às atividades de melhorias por pequenos grupos (as quais são base para a ampliação das oportunidades de aplicação da autonomação), à administração funcional (por meio do controle de qualidade gerencial), à multifuncionalidade (pelo desenvolvimento do “nagara” , que quer dizer o aproveitamento do tempo de folga existente), à qualidade assegurada (a qual é mais uma consequência do processo de autonomação, e permite que o TQC – Controle da Qualidade Total- não dispenda tempo na análise da qualidade do produto e sim na do trabalho), ao JIT (uma vez que para que o JIT rode perfeitamente é necessário eliminar as perdas por superprodução e por fabricação de produtos defeituosos, ou seja, o próprio propósito da autonomação segundo a utilização do CQZD), ao aumento da satisfação dos trabalhadores e ampliação das condições humanas (uma vez que o trabalhador se torna mais motivado por ter autonomia de parar a linha de produção quando julgar a ocorrência de algum erro, e o respeito a integridade do mesmo pelo fato das máquinas terem dispositivos que detectam anormalidades, dispensando o trabalhador de estar todo o tempo em estado de alerta total), à Manutenção Produtiva Total- MPT- (onde a paralisação da produção ao detectar uma anormalidade proporciona a detecção de problemas nas máquinas e o aumento na vida útil das mesmas, além do fato de o JIT, praticado pela autonomação, não possibilitar um estoque que garanta a produção caso alguma máquina quebre por um longo período) e ao método do 5 S’s (onde as APG’s são responsáveis por preservar o ambiente de trabalho para que a manutenção das máquinas e a paralisação do processo possa ser efetuada, tendo como princípio os cinco fatores fundamentais do método 5S’s : organização, arrumação, limpeza, padronização e disciplina).

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