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Resenha do Filme A Conquista do Paraiso

Por:   •  20/8/2021  •  Resenha  •  978 Palavras (4 Páginas)  •  229 Visualizações

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O filme 1492 - A conquista do Paraiso, de Ridley Scott, classificado como gênero de Aventura, tem como objetivo abordar a forma como a América veio a ser ocupada pelos espanhóis e a forma como os nativos foram colonizados.

De modo que, por mais sugestivo que seja o título, em tese, a trama faz mais construções relacionadas a biografia de Cristovão Colombo, do que propriamente uma abordagem estrita sobre o modo como se deu o processo histórico de descobrimento.

Dentre as alternativas que são facultadas nas produções de conteúdos cinematográficos, que atinam para interpretações de fatos históricos, afastando-se de apreciações singulares, notam-se certas conformidades, como a estrutura de classes típicas das monarquias consolidadas, a hierarquização do Clero, como representantes designados de Deus, Reis, escolhidos através dos representantes de Deus para serem detentores do privilégios e regalias da monarquia e que irão “servir” ao Povo, Nobreza, uma classe, na época histórica, do Mercantilismo, detentora de riquezas, terras e possuidora de servos e exércitos, e por fim o Povo, homens livres, cidadãos comuns que compunham uma estrutura ampla denominada “Estado Espanhol”, aqui entendido como Estado Absolutista, não obstante, identifica-se, também, controvérsias, pelo modo como a colonização, de primeiro momento, é “desenhada” na cena em que “Colombo” avista terra e ao se defrontar com os nativos, descreve a ocasião num instante pacifico e de quase que imediata submissão dos nativos perante o desconhecido, se autoavaliando, como que pela sua forma de vestir-se e andar, os nativos, citados como “índios” tenham os entendido como Deuses, e por esse fenômeno ocorreu a instantânea dominação.

A motivação principal era o interesse em provar que conseguiria chegar nos territórios orientais através de uma rota alternativa e jamais explorada, compreendendo que as rotas habituais, a navegação pela costa do continente Africano, naquele momento histórico era conturbada, e no caminho por terras também encontraria obstáculos devido o controle Turco na passagem entre o Velho continente e a Ásia, para realizar o comércio de especiarias além de buscar novas terras a serem exploradas.

Para tal feito, em se tratando de um momento histórico cronológico em que o Reino Espanhol vivia um período de transição ideológica com a expulsão das ideologias religiosas não Cristãs, (aqui entendidos como “Pagão” toda vertente religiosa não classificada como “Cristã”), Colombo, estrangeiro, que necessita de aprovação da Rainha, apela para a Igreja que, simultaneamente, também possui o mesmo interesse do Estado, a consolidação, logo lhe consegue uma audiência na Universidade de Salamanca, com o proposito deter seu plano sabatinado pelo representante da “Coroa”, os Pensadores e os líderes do Clero que seriam, naquele instante, os “financiadores” da empreitada.

Do ponto de vista religioso, a Europa, de um modo amplo, vive o período histórico da Inquisição aos infiéis a Igreja Cristã, realizando “barbaridades”, como a incineração de pessoas em ambientes públicos como um verdadeiro espetáculo, na real, uma verdadeira demonstração de poder, fazendo com que se torna-se a principal responsável pelos interesses do Estado, sendo ela, por ser detentora de enorme poder, a vetar em principio a empreitada de Colombo, que não satisfeito, se descontrola e resulta numa penitencia. Tempos mais tarde o levariam a encontrar Martin Afonso Pinzon, que seria o intermediário entre um banqueiro e a Corte Real, para que houvesse o tão aguardado encontro com a Rainha.

Na cena desse encontro podemos observar um processo muito mais abrangente, a influência da nobreza, passando pelo financiamento de um banqueiro e chegando até a aprovação da Coroa, não somente pela consolidação do Estado Absoluto ou pelo interesse comercial da viagem e sim, também, pela necessidade

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