Resenha do livro O Físico – Samuel Han N:16, 1B
Por: odeepthinker • 16/3/2019 • Trabalho acadêmico • 1.599 Palavras (7 Páginas) • 170 Visualizações
Resenha do livro O Físico – Samuel Han N:16, 1B
O livro começa retratando a infância de Robert Cole. Mesmo tendo estudado, sua mãe casou-se com um simples carpinteiro, e o fato da mãe de Rob ter estudado fazia dela uma mulher “mal falada”, que foi acusada de bruxaria, e de que sua última gravidez
traria um filho do diabo. Isto mostra um pouco da mentalidade de uma sociedade europeia no início do século XI, dominada pela igreja católica, crenças, superstições e maldições, ou seja, a igreja podia matar, perseguir e torturar qualquer pessoa, acusando-o de ser bruxo e etc.
Depois, sua mãe morre, e um dia antes de sua morte, Rob toca em sua mãe e sente que ela irá morrer. Pouco tempo depois, seu pai também morre e ele acaba sendo adotado por Henry, que era um Barbeiro-Cirurgião da época, e assim Rob vira seu aprendiz. Para atrair os clientes, os barbeiros faziam uma demonstração de malabares e mágica, tudo para conseguir vender suas poções chamadas “específico universal”, que prometiam curar todas as doenças. Durante uma consulta, Rob é acometido novamente pela mesma sensação que previu a morte de seus pais, dessa vez, o medo de ser acusado de feitiçaria ou de ter sido tomado pelo demônio toma conta dele.
Depois, Rob conhece o médico Benjamim Merlin, que conseguiu curar a catarata de um homem diante de seus olhos, e conta que aprendeu essa técnica numa escola de médicos. O médico judeu fica intrigado com o interesse de Rob em ser médico, já que ele ganharia menos e trabalharia mais, mas Rob explica sua angustia ao ver tantas pessoas que o procuram e pelas quais ele, com seu conhecimento de barbeiro-cirurgião, não pode ajudar. Determinado, agora Rob começa a procurar meios de ir até o oriente estudar medicina, e então conhece outro médico judeu, Isaac Adolescentoli, que recusa ser seu professor, assim como Henry fizera anteriormente pelo fato de Rob ser cristão. A primeira parte do livro encerra com Rob lançando-se a aventura de ir para o oriente em busca do médico de todos os tempos, Ibn Sina, com o objetivo de se tornar o seu aprendiz.
Já na terceira parte do livro, Rob finalmente chega à Pérsia. Chegando a escola de medicina, é espancado e preso por se recusar a ir embora quando lhe foi dito que ele não poderia estudar medicina naquela escola por não ter indicação ou familiares médicos. Enquanto era torturado na prisão, soube que o Ala Xá recebia pessoas com seus pedidos, e assim que foi liberto, resolveu ir até ele. Contou o episódio em que Ala-al-Dawla Xá, lhe salvara a vida matando uma pantera que prestes a matar ele. Pede então que o Xá, seguindo os escritos que dizem “que quem salva uma vida é responsável por ela”, se responsabilize por ele e o ajude a cursar medicina. O Ala Xá, satisfeito pela popularidade de seu feito heroico não só faz com que ele receba os cumprimentos e felicitações de Abdullah Ibn Sina, de admissão na escola de medicina, como lhe dá moradia, moedas e uma égua.
A quarta parte do livro retrata a vivencia de Rob como estudante. Ele se destaca em algumas atividades, como as sangrias, reduções de fraturas, curativos, tudo que ele já estava mais que acostumado a realizar como cirurgião barbeiro. Há também a descrição das aulas de anatomias que usavam animais, e a proibição de qualquer mutilação no corpo de pessoas mortas. Ao atender alguns pacientes da sala de tumores, Rob anuncia a morte de um homem, que se confirma no dia seguinte e chama a atenção de Ibn Sina. Rob passa a fazer atendimentos na cadeia, onde atende torturados por delitos pequenos, semelhantes à situação de quando ele fora preso, e tendo que presenciar as mais horrendas torturas e assassinatos. Rob, nesta passagem, tinha ódio pela justiça muçulmana e pelo tribunal de Qandrasseh. Alguns questionamentos permeiam a cabeça de Rob, com relação à proibição da manipulação e estudo de corpos humanos, mas livre aceitação da mutilação de presos e condenados. Rob cria laços de amizade com seus colegas Karim e Mirdin, que se reforça quando eles são enviados para tratar a peste negra em uma situação calamitosa. A descrição dos corpos amontoados e da sensação de desespero das pessoas é retratado de maneira surreal. Há uma descrição dos sinais e sintomas da doença, assim como sua possível causa, na qual os a doença (peste negra) era inspirada pelo demônio. Rob começa a observar que os ratos e outros animais também era afetado pela mesma doença, e faz dissecações nesses animais para tentar entender melhor a doença mortal. Ibn Sina tem Rob como seu aluno favorito, e Rob começa a frequentar constantemente a casa dele, envolvendo-se com sua segunda esposa. É então que Rob reencontra Mary ao atender seu pai que está gravemente doente, e acaba falecendo. Mary pede a Rob que volte com ela, mas tomado pelo seu senso de responsabilidade não aceita, abdicando novamente de sua felicidade ao lado de Mary para exercer a medicina
O capítulo 5 começa com os amigos de Rob desconfiados em relação à sua religião, e mais tarde descobrem que ele não era judeu, afastando-se dele. A partir daqui, Rob começa a querer dissecar cadáveres humanos, porém mais tarde ele vai ser desencorajado. Mais tarde, Alá-Xá e seu amigo Karim convida Rob e mais um na conquista das Índias. Mirdin acaba morrendo, sendo assassinado. Aqui, Rob fica furioso porque Xá não dá muita importância à morte de seu amigo e prefere comemorar a vitória na batalha. Ao retornar, reencontra Mary e se casa secretamente com ela. Ela vai dar luz ao primeiro filho do casal Rob James Cole. Este sim foi circuncidado, como um verdadeiro judeu, enquanto Rob está na Índia, dissecando cadáveres e tocando no coração de um cadáver pela primeira vez.
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