TRABALHO
Por: andersonneitzel1 • 18/11/2015 • Trabalho acadêmico • 3.770 Palavras (16 Páginas) • 197 Visualizações
UNIVERSIDADE DE UBERABA
“COISIFICAÇÃO” DO HOMEM: UMA REVOLUÇÃO QUE NASCEU DAS MÁQUINAS.
UBERABA, MG
2015
UNIVERSIDADE DE UBERABA
“COISIFICAÇÃO” DO HOMEM: UMA REVOLUÇÃO QUE NASCEU DAS MÁQUINAS.
Trabalho-Texto acadêmico apresentado a Universidade de Uberaba ( Uniube ), como parte das exigências de conclusão da disciplina: A Era das Revoluções e a Consolidação da Ordem Burguesa I, da 3*(terceira) etapa do curso EaD de Licenciatura em História .
Professor-tutor: José Henrique Singolano Nespoli.
UBERABA , MG
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1.A TRANSIÇÃO DE DOIS MUNDOS DESCRITOS ATRAVÉS DO MITO E DA ARTE..................................................................................................................................2
2. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:TRANSFORMAÇÃO, LUTAS SOCIAIS E SEUS IMPACTOS .....................................................................................................................5
3.CONCLUSÃO................................................................................................................9
4.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................9
INTRODUÇÃO:
Temos então dois mundos, no qual o primeiro em franco declínio é totalmente subjugado pelo segundo; uma nova ordem emergente entra em desacordo com esse primeiro mundo e, dessa forma, acaba por desconstruir suas várias relações e instituições sócio-culturais, ideológicas e trabalhistas . Houve então, o implante de uma nova ordem de caráter ideológico burguês, fundamentada no acumulo de capital e na alienação do homem (proletariado) pela máquina e pelas novas formas de trabalho e produção.
Através da Revolução Industrial o capital se apropriou, enfim, da esfera da produção, dando origem ao capitalismo(ou sociedade burguesa), depois do período de acumulação originária, baseada na mais pura violência; nas palavras de Michel Beaud: “Conquista, pilhagem, exterminação; esta é a realidade de onde vem o afluxo de metais preciosos para a Europa no século XVI. Através dos tesouros reais da Espanha e de Portugal, das caixas dos mercadores, das contas dos banqueiros, este ouro está totalmente ‘lavado’ quando chega aos cofres dos financistas de Londres, de Antuérpia ou de Amsterdã, e se acumulam durante o século XVIII”.
Nesse contexto, e devido à evolução mecânica e tecnológica, as fábricas se espalharam rapidamente pela Inglaterra e logo depois pela Europa e provocaram mudanças tão profundas que os historiadores atuais chamam aquele período de Revolução Industrial. O modo e a mentalidade de milhões de pessoas se transformaram, numa velocidade espantosa. O mundo novo do capitalismo,da cidade, da tecnologia e da mudança incessante, acabaram por triunfar.
A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem econômica e posteriormente política, acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a formação de classe operária. Suplantando dessa forma as relações mercantilistas, a velha ordem monárquica absolutista e as relações servis, essa última que foi citada, ainda resistia às mudanças dos tempos e conservava traços marcantes e peculiares do feudalismo. Porém, todas foram perdendo influência e aos poucos deixando de existir, substituídas dessa forma, por um Estado liberal-burguês ( capitalista-industrial ).
E com o intuito de demonstrar alguns desses desdobramentos ligados ao processo da Revolução Industrial, seus efeitos e impactos, na sociedade e nas lutas trabalhistas no decorrer da nossa história e principalmente do século XIX, e que viemos por meio desse trabalho procurar demonstrar, de alguma forma, os principais aspectos e características dessa nova sociedade que se forma e se consolida no decorrer, principalmente, dos últimos duzentos anos da nossa história recente.
1.A TRANSIÇÃO DE DOIS MUNDOS DESCRITOS ATRAVÉS DO MITO E DA ARTE:
Quente, barulhento e poluído, o mundo onde vivemos e trabalhamos existe somente a algumas gerações apenas. O mundo que o precedia, foi ao contrário, frio silencioso e limpo. Não estou dizendo que um é melhor do que o outro, só estou descrevendo a lenda do trabalho e da revolução. Como trabalhavam nossos ancestrais? Eles carregavam sacos de trigo, feixes de lenha, assim como peças de ferrarias e as transportavam. Então de certa forma o seu deus era Atlas, é quem se diz na mitologia que suportava o peso do céu, ou seja, o peso do mundo. Mas o patrono do trabalho também é Hércules, pois Hércules vai de um extremo ao outro dos mundos conhecidos e desconhecidos, carregando a sua clava, pois o trabalho de Hércules é o de golpear com sua clava, precisamente, ele tem que golpear com a massa, ou seja, golpear com o martelo, assim como nossos ancestrais sem escrita, que golpeavam com o martelo de pedra. Pois entendemos, que esses trabalhos citados anteriormente, eram relacionados com sólidos e estão em equilíbrio, pode se dizer que esses trabalhos eram estáticos, pois, o que se procura é o equilíbrio.
A partir do momento em que se encontra o equilíbrio para construir casas e templos, procura-se então o movimento, e para alcançar o movimento é preciso encontrar fontes de energia, que possam gerar esse movimento. Onde se encontra essas energias? Podemos afirmar que, ate determinado momento, se encontrava na musculatura do homem, da mulher, na força dos cavalos ou de qualquer outro animal de carga ( o boi, a vaca ), ou até mesmo, no vento e na água .
Em 1784, o pintor inglês John Garrard pintou para o cervejeiro Pierre Samuel Whitbread: o quadro ( O galpão de Samuel Whitbread ), isto é, algo como uma insígnia de seu trabalho de sua profissão e, ai nesse quadro, pode se vê recapitulado e resumido o conjunto de todos esses trabalhos desse mundo destinado a desaparecer, ai estão os cavalos, os animais de carga, á água, o vento que obviamente não pode ser sentindo no quadro, mas que se pode adivinhar atrás dos aparelhos dos navios que acabam de atracar no cais, e por fim, os artesãs e operários ainda desempenhando suas atividades de maneira harmoniosa. E esses barcos, esses belos navios, que a Inglaterra criou são um resumo extraordinário de todas as máquinas que eram usadas naquela época, pois é verdade, que um barco é sempre o resumo do mundo que o construiu.
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