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Teoria da história

Por:   •  19/5/2015  •  Resenha  •  1.753 Palavras (8 Páginas)  •  201 Visualizações

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FICHAMENTO TEORIA DA HISTÓRIA

SÃO PAULO

2013

FICHAMENTO TEORIA DA HISTÓRIA

A Teoria da História é uma área de pesquisa paradoxal, obrigatória para professores e pesquisadores, a mesma também incorpora outras disciplinas, as mais importantes são Filosofia, Ciências Sociais e Letras. Está obra nos mostra a dificuldade do historiador em sua função, nas pesquisas tendo que selecionar o material apropriado e fazer sua escolha quanto ao estudo desenvolvido pelo mesmo.

A palavra teoria assim como história vem do grego, o primeiro a usas o termo história foi Heródoto, teoria palavra que significa ponto de vista, defesa de algo, baseado em estudo e história significa pesquisar, observar, na origem do grego seu significado não era apenas o estudo do passado, mas de qualquer pesquisa empírica.

Heródoto foi um pensador de grande conhecimento, considerado por Arnaldo Momigliano o verdadeiro pai da História nos tempos modernos, considerado também o fundador dos campos da Antropologia e Geografia. Heródoto defendia o uso do relato (logos) escrever, tal com ouvir de maneira objetiva e entendível. Desenvolveu o estudo pelo uso do testemunho dos gregos e dos persas, o relato se torna uma obra literária fundada na razão e de caráter racional: “Cabe ao testemunho preservar pela lembrança as ações humanas, pela memória, para que não sejam esquecidas” (p. 18)

Tucídes viria a ser uma grande referencia para a historiografia moderna, ao contrario de Heródoto busca a causa dos fatos sem levar em consideração o testemunho do povo, defendendo que só as obras literárias são verdadeiras: “A busca da precisão ligava-se à visão judiciária as História, como se a pesquisa história fosse uma investigação das provas de um tribunal em busca da verdade. Inseria-se, também, no empirismo empregado pela medicina hipocrática. Tudo somado, Tucídes será uma referencia especialmente importante para a historiografia moderna” (p. 21). Aristóteles pensador grego que nunca escreveu uma obra de História, mas faz uma análise comparativa da História com o poeta em sua obra Poética: “Quando Aristóteles escreveu essa obra, já a História era um gênero literário bem estabelecido e é em sua obra sobre a as criações artísticas que ele dedicara um aparato para a relação entra a poesia e a História”. Aristóteles acreditava que a história servia apenas para narrar os fatos que ocorreram de forma banal, sem a ambição de explicar o homem. (p. 22).

HISTORIOGRAFIA GRECO-ROMANA E O CRISTIANISMO

A história para os povos grego e romano tem a função principal de ensinar, de que a História serve de base para o futuro. Insere-se na perspectiva de Tucíndes, de um monumento para o futuro, mas tem ambições práticas, como se a própria função da História fosse ensinar. A visão cristã crê no juízo final, com uma visão totalmente religiosa e teocentrista, já não tem a necessidade de se entender o passado fora visão religiosa: “Retoma, pois a noção de tempo linear com a criação do mundo, a queda do homem, a vinda do Cristo e a espera do juízo final”. ( p. 24)

SURGIMENTO DA HISTÓRIA E O POSITIVISMO

O Renascimento aparece quando os historiadores gregos e romanos fazem uma releitura, mas com uma visão cristã: “A tradição historiográfica cristã, com sua mescla de temas sagrados e profanos, com a onipresença dos milagres” (p. 27). Após o renascimento surge o Iluminismo que diferentemente do renascimento, visa compreender o passado o comparando com o presente formando obras literárias e analisando os contextos históricos da época.

A HISTÓRIA NA UNIVERSIDADE

A Universidade foi criada no XII, no inicio formavam-se médicos, advogados e teólogos, com uma graduação genérica predominante e com a teologia no ápice. Apenas no século XVIII que se teve o inicio das áreas de conhecimento objetivo, ou positivo, isso com o avanço do Iluminismo. A primeira ciência social foi a Filosofia, com o estudo da mesma foi permitido quer se iniciasse a História como disciplina acadêmica como a conhecemos hoje. Na Alemanha surge o positivismo que a partir da filologia visava descobrir a veracidade dos documentos, buscando sempre o conhecimento objetivo do passado separando os fatos das histórias. Leopold Von Ranke cria a disciplina História na Universidade do ponto de vista positivista sempre visando estudar a história verdadeira sem desvios.

 A ESCOLA METÓDICA

Marcada pela derrota na guerra franco-prussiana de 1870 a Escola Metódica tem como base um conjunto de historiadores que influenciaram muito na França na III Republica que eram muito influenciados pelos pensamentos alemães por em sua maioria terem realizado seus estudos na Alemanha e necessitavam uma reformulação após a perda da guerra. Os historiadores queriam ao máximo se desprender dos valores anteriores a derrota, criando uma nova identidade avaliando o passado.

Havia na época uma necessidade de se estudar as nações por conta do surgimento de novos países com a Itália e Alemanha no século XIX o século da Revolução e de se estudar fatos exatos e completos que partiria da publicação de trabalhos originais que serviriam para um ensinamento exato e completo. Os estudos metódicos tem como enfoque o estudo da França para retomar toda a grandeza de sua pátria ¸ que estava abalada com a perda da guerra. O modo de dissipação de suas ideias seria a escola que tinha como objetivo a difusão dos valores nacionais. Todo o ensino é modificado na III Republica sob a influência dos metódicos: “A escola e o ensino de história devem nutrir o sentimento nacional, propiciando o amor e a compreensão da pátria dos antepassados gauleses e das glórias nacionais”. (Lavisse Historie de France p. 41)

A CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA EM MARX

        Sistema de pensamento que tem ideias políticas, econômicas e sociais. Marx após tomar contato com as ideias de Hegel unisse ao grupo de jovens hegelianos de esquerda, que era voltada para o Idealismo, conservadorismo e ortodoxia. Sua principal referencia eram as contradições: tese, antítese e síntese, seus estudos se baseiam na história universal onde o homem modifica a natureza e o mundo material seria uma sequencia do mundo espiritual: “Do mesmo modo que o fruto faz a flor parecer um falso ser-aí da planta, pondo-se como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só se distinguem, mas também se repelem como incompatíveis entre si. Porem, ao mesmo tempo, sua natureza fluida faz delas um momento da unidade orgânica, na qual longe de se contradizerem, todos são igualmente necessários” (Hegel, 2000 p. 46). Para Marx essa ideia é inversa, iniciando-se no mundo físico e partindo para o Espírito. Marx acreditava que o trabalho que antes era libertador passou a ser o opressor por conta da divisão do trabalho, a propriedade privada dos meios de produção e a divisão das classes sociais. “À concepção teleológica da história de Hegel se junta, em Marx. Um projeto político de libertação da humanidade, no qual o processo histórico se dá fora do mundo das ideias” (p. 47) Para Marx só existe evolução a partir do combate, em O Manifesto, ele deixa claro que a revolução social que era necessária na época, uma luta entre o proletário e a burguesia.

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