A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA: DOS POUCOS AOS MÚLTIPLOS PERSONAGENS
Por: akcs • 1/5/2018 • Trabalho acadêmico • 3.293 Palavras (14 Páginas) • 200 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE HISTÓRIA
NOME: ALINE KÊNIA CARVALHO DA SILVA
RA: 8501515710
“A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA: DOS POUCOS AOS MÚLTIPLOS PERSONAGENS”.
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NOVEMBRO/2017
Aline Kênia Carvalho da Silva
“A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA: DOS POUCOS AOS MÚLTIPLOS PERSONAGENS”.
Desafio Profissional das disciplinas:
Ciências Sociais; Didática da Historia do Ensino Fundamental; História da América Independente; História do Brasil Imperial; História Medieval e Multimeios Aplicados à Educação.
Universidade Anhanguera – UNIDERP, apresentado como requisito à obtenção do grau de Licenciado em História, sob a orientação do Professor Tutor a Distância: Aílton Salgado.
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NOVEMBRO/2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
DESENVOLVIMENTO 5
CONCLUSÃO............................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
INTRODUÇÃO
O homem, desde os primórdios de sua existência, já era um ser produtor de história; e com o passar do tempo, a forma como esses fatos eram historiógrafos foi modificando-se.
Aristóteles (384-322 A.C) já abordava a distinção que deveria existir entre o trabalho do poeta e do historiador. Para este a história deveria ser limitada a apenas narrar os acontecimentos passados; para que não houvesse um enaltecimento histórico, afirmava que não cabia tentar explicar o homem ou o mundo. Teucídides também pregava os ideais de Aristóteles, onde este afirmava que "A busca da precisão chegava-se à visão judiciária da História, como se a pesquisa histórica fosse uma investigação das provas de um tribunal em busca da verdade [...] Inseria-se também, no empirismo empregado pela medicina hispocrática" (FUNARI & SILVA. 2008. p21).
Com o advento do Cristianismo e do Antigo Testamento, houve uma mudança no pensamento; pois passou-se a apresentar uma visão escatológica da História e que sempre enaltecia a Deus. Porém, com a Renascença (século XV) houve um rompimento com os relatos religiosos e com a escrita da História na forma de literatura, nascendo assim o Positivismo.
Foi na Alemanha, com Barthold Georg Niebuhr (1776-1831) e Leopold von Ranke (1795-1886) que se teve inicio a "história cientifica", eles "exerceram uma influência capital sobre a historiografia europeia no século XIX" (REIS, 199, p.11). Podemos assim afirmar que "O Positivismo visava o conhecimento objetivo do passado, não o gozo de uma bela leitura, menos ainda, a dar guarida à fantasia" (FUNARI & SILVA, 2008, p. 31).
Para Ranke a historia não deveria julgar o passado ou tentar beneficiar gerações futuras, esta deveria apenas mostrar o que aconteceu. Ranke "baseava-se principalmente nos documentos diplomáticos para fazer a história do Estado e de suas relações exteriores, pois acreditava que as relações diplomáticas determinavam as iniciativas internas do Estado" (REIS, 1996, p. 11). Este também defendia a inteira neutralidade do historiador em seu trabalho historiográfico, devendo este fugir de qualquer condicionamento filosófico, religioso, cultural, etc.
Os representantes do Positivismo alemão na França foram Monod, Lavisse e Seignobos, e adotaram os mesmos princípios defendidos por Ranke. Na França, as principais fontes de divulgação foram a Revue Historique (revista de 1876) e o manual de Langlois e Seignobos Introduction aux études historiques, de 1898. Estes manuais serviram para definir a atitude que motivou as pesquisas históricas da época. Algumas mudanças começaram a surgir, como o apego ao documento histórico, a separação do falso e verdadeiro, a recusa de modelos literários, etc.
O primeiro entre os historiadores franceses a produzir uma obra histórica foi Fustel de Coulanges (1830-1889); segundo este a verdade objetiva pode e deve ser alcançada pelo historiador. Basta que, ainda à distância, o passado seja vislumbrado com clareza, sem medo e sem pressa.
O Positivismo acabou refletindo também em outras áreas, como na Sociologia com Émile Durkheim e na Filosofia com os pensamentos de Auguste Comte. Já no Brasil o Positivismo veio a destacar-se nas obras de Euclides da Cunha (Os Sertões), Sylvio Romero e Oliveira Viana, com abordagens bastante claras sobre a diferenciação racial; pois era isso que a realidade empírica revelava perante seus olhos.
Com a criação da Escola dos Annales na França, houve uma grande influência sobre os autores e pensadores brasileiros, renovando assim o pensamento histórico e social.
Segundo Burke (1992, p.12): "Os historiadores tradicionais pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto a nova história está mais preocupada com a análise das estruturas". Os Annales elaboraram uma mudança substancial na compreensão do tempo histórico, onde a nova história recusa a hipótese de um tempo linear, cumulativo e irreversível.
DESENVOLVIMENTO
A educação é a apropriação da cultura, e através da história se torna a construtora do sujeito histórico, pois deve enfatizar a aprendizagem na constituição do interesse do indivíduo. É através da educação que nos fazemos humanos e históricos, como autores no modo de refletir sobre a realidade, sobre o mundo e sobre nós mesmos.
Há um processo a ser considerado na experiência permanente do educador, são todos aqueles que participam do processo histórico, seja de maneira consciente ou não. Nós somos sujeitos da história e todos os dias interferimos nos rumos da história. É no contexto das relações sociais que a constituição do sujeito acontece, ocorrendo a história das interações, das quais os sujeitos são componentes e participam e dos lugares sociais que ali adquirirem.
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