A Chegada Do Café
Dissertações: A Chegada Do Café. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dadaorfaos • 6/11/2013 • 1.787 Palavras (8 Páginas) • 477 Visualizações
A chegada do café
No começo do sec. XVIII o país começa a viver um forte crescimento movido pelo setor cafeeiro, formando assim novas famílias cada vez mais ricas e todas elas se concentrando principalmente em São Paulo que se tornara desde então a “metrópole do café”. São Paulo até então era dominada por uma população mais simples totalmente contraria a burguesia.
A Arquitetura predominante até então que se ocorre desde o passado até o inicio do século XVIII, se formava seguindo características do Brasil Barroco ao colonial, se tratando de sobrados e chácaras espalhadas pela cidade onde os próprios moradores cultivavam algo para poder comercializar, e nas fazendas uma arquitetura menos sofisticada.
As Edificações Urbanas E Fazendas De Café.
Com a vinda das famílias dos fazendeiros de café para a cidade inicia-se um novo traçado urbano na cidade, ocupando cadê vez mais os principais endereços pela burguesia cafeeira ocupando grandes áreas da av. Paulista e seus arredores. Começaram a se erguer os famosos palacetes. As primeiras casas mais luxuosas de São Paulo, se destacavam pela sua beleza e exuberância, sempre elaboradas por arquitetos famosos como Ramos de Azevedo, Fried&Ekman, entre outros. Elas embelezavam a paisagem paulistana, com seus enormes jardins e seus grandes ornamentos que compunham suas fachadas, representando o auto poder da era do café, essas casas pareciam vindas do interior da França, pois é de lá que veio grande parte de suas influencias inclusive seus projetos eram pouco alterados seguindo as tendências já existentes aqui como a sala de jantar localizada ao centro da casa sendo a maior ala da residência com o acesso aos demais setores da casa, tradição também nas grandes casas sedes das fazendas.
Em um curto prazo de 1867 a 1888 viu-se dar um boomna cafeicultura, e com papel que São Paulo desempenhou da divisão internacional do trabalho, viu-se como prioridade a renovação dos programas de necessidades, devido ao enriquecimento das famílias, cujos bens se diversificavam.O Ciclo cafeeiro se tornara mais forte com o inicio das estradas de ferro e esse crescimento se torna mais forte por volta de 1900 quando o numero de cafeeiros chega de 220 a 520 milhões e contam com uma infraestrutura de 1300 km de ferrovias. E com essa expansão rural-urbana viu-se uma necessidade de se determinar um novo traçado urbano, com uma infraestrutura que se atende a nova população que se formara pela burguesia-cafeeira, teve inicio então as primeiras redes de água encanada e redes de esgoto, logo mais nesse mesmo período foram acesas ao longo das principais vias das áreas nobres de São Paulo mais de 700 lâmpadas a gás, logo mais passando a fazer a iluminação interna das residências até a chegada da energia elétrica.
Arquitetura nessa época nas fazendas
As grandes casas sede das fazendas cafeeiras eram formadas por sobrados, casas térreas ou casas em terrenos inclinados que por sua vez se tornava de um lado térreo e do outro sobrado.
A Arquitetura das fazendas paulistas formava-se por traçados e volumetria simples, por plantas quadradas e retangulares, telhado em quatro águas e o emprego da taipa de pilão, construídas em grande parte em terrenos ou áreas planas por sua vez não possuía porão na maioria delas.
Já a arquitetura cafeeira mineira embora simples, era composta por influencias portuguesas, sendo mais leves e ornamentadas, com estruturas de madeira com vãos preenchidos com taipa de mão e uns grandes números de aberturas; eram comuns escadarias, alpendres, também essas casas eram formadas por plantas em L e telhados em varias águas com alvenaria muitas vezes em pedra principalmente nos alicerces.As casas eram quase sempre formadas por: uma faixa fronteira com sala e escritórios, ao centro uma faixa de dormitórios e alcovas (quartos sem ventilação) e uma terceira faixa com outros dormitórios e a sala de jantar também podendo ser as varandas, mais ao fundo a edificação a ala de serviço, a sala de jantar por sua vez quase sempre possuía saída para os fundos e sempre tendo comunicação com as demais áreas da casa. As grandes casas sede só não eram mais sinuosas e ricas devido às estradas serem muito ruins para o transporte demateriais quanto a falta de mão de obra capacitada, mas isso começa a mudar com a melhoria das estradas e o início da ferrovia nos meados do sec. XIX.
A partir de 1880, começa a chegar uma leva de imigrantes vindos de toda a região da Europa, tais elas Portugal, Espanha e Itália, dentre essas pessoas muitos profissionais da construção civil, muitos eles engenheiros e arquitetos formados na Europa, esses que logo passam a interferir nas paisagens das fazendas cafeeiras, com o surgimento de uma arquitetura ligada ao Ecletismo, um fator determinante para essa alteração foi à expansão das linhas ferroviárias, foi assim que começou a surgir as grandes fachadas assimétricas, com maior liberdade formal inspiradas nos estudos da arquitetura clássica, da Idade Media do Renascimento, ou nos chalés Europeus; ocorre um aumento na organização interna e externa, as plantas também passaram a se modificar incluindo mais saletas destinadas a área de convívio e corredores de forma a facilitar a circulação dentro das alas das residências sem a percepção dos visitantes. Essas mudanças ocorreram de forma que as fazendas começaram a se tornar visitadas frequentemente, esbanjando seu alto poderio da burguesia cafeeira e as grandes casas sede passaram a ter eventos sociais como recitais, chás, e encontros da alta elite cafeeira.
Logo as imagens dos grandes casarões que antes possuíam certas características neoclássicas passam a ousar de fortes influencias alterando de forma formal e informal no modo de vida da família cafeeira que residiam nesses casarões, por exemplo: jardins a francesa, vários canteiros, lagos, e geralmente cercados junto com as casas por gradis, delimitando então o espaço do fazendeiro com a família, também no interior com a chegada das peças sanitárias vindas da Inglaterra que equipavam os banheiros compostos por bacia sanitária, bidê, lavatórios com colunas e chuveiros, seguindo de revestimentos de azulejos, também na cozinha era visto os revestimentos com água encanada nas pias. As casas também passaram a ser providas de maior ventilação com grandes janelas venezianas, novas maneiras de estruturação do telhado, importância de calhas de condutores e água pluvial, e substituição das velhas técnicas construtivas de taipa de pilão ou a mão, por tijolos o que proporcionou as edificações serem mais regulares e de maior liberdade tornando-as
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