A Criação Do Mito Vargas
Tese: A Criação Do Mito Vargas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: natalialopes • 5/6/2014 • Tese • 532 Palavras (3 Páginas) • 221 Visualizações
O europeus livro A História da Escravidão do historiador Olivier Pétré – Grenouilleau, tem como finalidade analisar três questões: O que é realmente escravidão ? Como surgiu e como evolui. O autor francês relata que houve outros tipos de escravidão, um dos propósitos desta obra e buscar justificativas da colonização latina – americana através das expedições dos europeus.
A obra argumenta a naturalização dos escravos e suas raízes, a organização do sistema escravocrata, tendo como as teorias de Max Weber , Olivier afirma nesta obra que a escravidão é um “crime contra a humanidade” , como um homem pode domar outo homem. A palavra escravidão se tornou de fácil compreensão e de tantos sinônimos, é utilizada desta antiguidade até os dia de hoje que é marcada pela mercantilização, temos inúmeros estudos sobre este fato histórico.
No segundo momento o historiador O livro é dividido em cinco capítulos. O primeiro capítulo fala de conceitos usados para definir Estado, racismo e o regime autoritário numa tentativa de explicar melhor os motivos que levaram o governo Vargas a adotar medidas autoritárias e discriminatórias.
Apesar do foco principal de sua obra ser o período Vargas, nos capítulos seguintes o autor amplia o marco temporal, de 1905 a 1946, onde ocorreram diversas reformas no sistema educacional dos militares, entre elas a profissionalização do ensino, e revoltas que fizeram com que a Escola saísse da Praia Vermelha para, por fim, se fixar em Resende.
Com medo do fantasma comunista, basearam –se no mito das três raças para criar um projeto de branqueamento na sociedade. E como ênfase do autor, o título do livro já diz isso, os “Indesejáveis”, mostrará questões discriminatórias, durante o Estado Novo, com o impedimento do ingresso de filhos de negros, islâmicos, judeus e pais com profissões subalternas, já que para formar uma elite militar eram considerados inferiores.
Para a escrever o livro, Fernando Rodrigues utilizou de fontes primárias e fez abordagens qualitativas e quantitativas. Com pesquisas em fontes bibliográficas, acervos pessoais e revistas militares e através de gráficos e tabelas, o autor nos mostra dados que confirmam que havia um critério de seleção a fim de criar uma elite militar e a construção do Estado.
Seu trabalho se torna interessante por ser uma história até então escondida, já que as fontes primárias foram poucos utilizadas, sendo assim, um tema inovador na área acadêmica.
Não se trata apenas de uma história política e militar, mas sim um estudo de uma sociedade. Mostra também o pensamento desigual e racista de um governo que reflete na estrutura social até os dias de hoje. Este livro nos ajuda a compreender os motivos das discriminações que até hoje é motivo de luta para as classes subalternas.
Fernando Rodrigues possui doutorado em História política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2008. Professor da Graduação da UNIABEU Centro Universitário. Tem experiência na área de História com ênfase em História Política, História Social dos Militares e História Institucional.
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