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A Cultura Brasileira

Por:   •  9/5/2017  •  Abstract  •  476 Palavras (2 Páginas)  •  224 Visualizações

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Caio Prado Junior

Utiliza dos preceitos de Marx para entender como o passado se reflete no presente. Sua teoria argumenta que há condições materiais de existência (beber, comer ir ao banheiro, relações sociais...); nossa primeira existência é material, depois fundamentamos nossos sistemas simbólicos nas relações sociais, ou seja, da existência material que começamos a existir socialmente.

O antropólogo defende que a reprodução social material existe sempre através de um contexto/processo histórico da humanidade, e que, sendo o processo histórico um sistema cíclico de contradições materiais, entre forças que se opõem, Marx defende que há uma dialética da luta de classes que perpassa e define o rumo da história. O ponto de partida é a colônia, universo de discrepância social, classe muito pequena de proprietários explorando os demais. Essa lógica vai acontecer sempre, começa a se delinear na colonização e continua até hoje.

Para Caio Prado Junior, fomos formados por uma colônia de exploração, dependentes do capital externo, alinhado a uma elite que sufocou outros grupos sociais e que nos impede de desenvolver uma economia brasileira que se sustente.

*o modelo de economia colonial, que depende do que vem de fora até, ainda é definidor de nossos caminhos até hoje.

Roberto Da Matta

DaMatta baseou-se em dois pensadores para estruturar sua teoria sobre a origem da identidade nacional. Victor Turnner, antropólogo inglês, analisa diversa sociedades e as vê a partir de uma analogia com uma peça de teatro, ou seja, vivemos numa espécie de drama social. Dentro de drama social existe cenas chaves, esse repertório de cena chave é chamado de ritual. Os rituais são o carnaval, futebol, transito e etc. DaMatta não olha para o passado para entender uma sociedade, olha para os rituais.

Os rituais expressam um dilema: a sociedade é hierárquica ou igualitária? Os dois, as leis são igualitárias, mas as atitudes são hierárquicas. Segundo Louis Dumont, na sociedade hierárquica, como a indiana, por exemplo, predomina laços personalistas. O que significa que é baseado em classes e em quem é ou conhece. Na sociedade igualitária, como a americana ou europeia, predomina os laços impessoais. O que significa que são todos vistos como indivíduos, todos iguais perante a lei, independente de nome ou classe.

O rito “você sabe com quem está falando” é um rito autoritário porque o individuo odeia ser anônimo e tira proveito de seu status. O brasileiro, em geral, odeia ser anônimo e sem poder, por isso, usa com frequência o rito da “carteirada”.

O rito do carnaval é um rito igualitário, de inversão. Você pode fazer o que quiser, o que não costuma fazer durante o ano. Mesmo em um ritual igualitário aparecem facetas hierárquicas como o machismo. O carnaval é um rito de inversão porque é muito comum um individuo (anônimo) virar pessoa e a pessoa virar individuo. Ex. chefe vira pessoa normal e Cartola, que era mecânico, se torna sambista famoso.

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