A Expansão Marítima

A expansão marítima

A expansão europeia

A expansão marítima é o nome que damos ao processo pela qual os europeus partiram em busca de rotas comercias mais rentáveis, das maravilhas que os relatos de viagem medievais indicavam existir no oriente, das terras que trariam oportunidades de superar a crise europeia e fortalecer a nova classe que despontava: a burguesia comercial.

As grandes navegações

Como fator econômico, havia a necessidade de buscar mercadorias e metais preciosos além das fronteiras europeias e de acumular capitais nas mãos de poderosos comerciantes ou dos Estados modernos que patrocinavam expedições de exploração. Assim, do ponto de vista politico, o fator fundamental do surgimento das monarquias nacionais na Europa. Com a centralização politica, houve condições para mobilizar os capitais necessários ao financiamento das expedições.

O pioneirismo português

Portugal já era um Estado, relativamente centralizado a partir de 1143, com a dinastia de Borgonha, quando se desligou de Castela. Mas foi com a revolução de Avis que essa centralização se completou.

A Revolução de Avis e a expansão marítima

A tentativa de Castela para retomar Portugal desencadeou a chamada Revolução de Avis, entre os anos de 1383 e 1385. Esse movimento resultou na vitória de uma monarquia centralizada e absoluta sobre as forças de raízes feudais que ainda prevaleciam naquela época. A Revolução de Avis significou também a vitória da burguesia mercantil.

Nascia dessa forma Portugal como nação moderna, empreendedora da expansão marítima pelo atlântico, que livraria a Europa de sua dependência do Mar Mediterrâneo. O comercio europeu encontrava um novo caminho para chegar ás fontes de mercadorias e metais preciosos do Oriente.

Três fatores marcaram a longa expansão portuguesa: A criação da escola de sagres, a tomada de Ceuta, no norte da África, em 1415, e a chegada de Vasco da Gama às Índias, em 1498. Chegar ao Brasil foi apenas uma continuação desse processo.

A expansão marítima espanhola

A expansão marítima espanhola começou no mesmo período em que se completava a guerra de Reconquista contra os mulçumanos, em 1492. A unificação do Estado nacional já havia se iniciado com a união dos reinos de Aragão e Castela, em 1469.

Os navegantes da Espanha buscaram uma nova rota para as Índias, através do Ocidente. E foi essa busca que acabou levando o genovês Cristóvão Colombo, em nome da Espanha, a chegar à América, em 1492. Portugal pressionava a Espanha a respeito das terras recém-descobertas e aquelas ainda por descobrir. Para solucionar essa pendência foi assinado o Tratado de Tordesilhas (1494), que praticamente partilhou o domínio do mundo entre os países ibéricos. Viagens posteriores esclareceram mais sobre as novas terras: Vasco Nunes de Balboa atravessou o istmo do Panamá e avistou o Pacifico no ano de 1513; Fernão de Magalhães fez, em 1519 e 1522, a primeira viagem de circunavegação.

A França, a Inglaterra e a Holanda

Entre o final do século XV e inicio do XVI, apenas os países ibéricos empreenderam