A GUERRA DOS FARRAPOS
Por: Catiane2014 • 24/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.748 Palavras (7 Páginas) • 464 Visualizações
catiane santin
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLNAR INDIVIDUAL
A GUERRA DOS FARRAPOS
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplina de Produção do Conhecimento Histórico. História do Brasil República. História Regional.Seminário VII.
Semestre: 7º
Maravilha
2014
INTRODUÇÃO
Iniciamos nosso tema conhecendo sobre o que significou este conflito, a Guerra dos Farrapos que também ficou conhecida como Revolução Farroupilha, foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano.
Esta história que estaremos revivendo no perpassar deste nosso trabalho, nos mostrará o real símbolo do espírito de bravura do povo gaúcho. Para o povo Rio-Grandense, a Revolução Farroupilha é o acontecimento mais festejado da historiografia oficial do Rio Grande do Sul.
Mas o que a torna essencial é entendê-la como um momento histórico, em que o Sul do Brasil se deparou em situações de conflitos. Nesse conflito, os revolucionários tiveram condições de enfrentar o poder durante dez anos, conseguindo, enfim, barganhar com a Corte.
A GUERRA DOS FARRAPOS E O SUL DO BRASIL: 1835-1845
No período conhecido como regencial (1831-1840), o Brasil foi sacudido por inúmeros movimentos de revoltas que tentaram romper a unidade nacional, através da instalação de repúblicas.
No sul do Brasil ocorreu o movimento revolucionário mais longo e bem estruturado do Período Regencial que perpassou ao 2º Império, conhecido como já citado, a Guerra dos Farrapos.
O nome Guerra dos Farrapos deve-se à República Rio-Grandense, ou Piratini, ter sido iniciada em Farroupilha, próximo a Porto Alegre.
“O movimento teve início em 20 de setembro de 1835, nas proximidades de porto alegre, liderado pelo então Coronel Bento Gonçalves da Silva”. Porto Alegre foi dominado, o mesmo sucedendo com Pelotas.(FARIAS,2001)
Contando com a adesão dos criadores de gado e dos proprietários de charqueadas se amplia pelo território gaúcho, avançando a seguir em direção a Santa Catarina. Dispondo de uma cavalaria aguerrida, montada por experientes cavaleiros, tornaram-se os farrapos temidos pelas tropas imperiais, a quem derrotaram por inúmeras vezes.
[...] A 4 de outubro com auxilio de uma lotilha os imperiais derrotaram e aprisionaram Bento Gonçalves em luta travada na ilha de Fanja, no rio Jacuí.
[...] Sucedeu-se a espetacular fuja de Bento Gonçalves do forte do Mar em Salvador, reassumindo a presidência da República Sulista, reanimando os revolucionários. (FARIAS,2001)
CAUSAS DA REVOLTA
- A facilidade que tinham os revoltados de repor os cavalos perdidos em combates, por serem abundantes nas estâncias gaúchas, tradicionais criadores desses animais.
- A abundância de alimentação disponível, aos revoltosos à base de carne verde, charque, feijão e farinha de mandioca.
- As dificuldades enfrentadas pelas tropas imperiais com a reposição da cavalaria e do próprio abastecimento dos soldados, devido às enormes distâncias do centro do Império – Rio de Janeiro, bem como a adaptação ao clima e relevo da região. Mesmo dispondo de armamentos de melhor qualidade e em quantidade, são superados pela ousadia dos revoltosos.
- As dificuldades do Governo Regencial e depois Imperial em deslocar maior volume de tropas até 1842, em face dos inúmeros movimentos de revolta que ocorriam em vários pontos do Brasil.
- Localiza-se o Estado do Rio Grande do Sul, foco principal do movimento, no extremo Sul do Brasil, a mais de 1.500km do Rio de Janeiro, de difícil acesso ao mar, por falta de portos adequados ao desembarque de tropas e extremamente lentos o envio destas por via terrestre.
- A proximidade da Argentina e Uruguai, cujas propriedades fronteiriças eram imprecisas, além do natural apoio destas nações à causa revolucionária, por interesses políticos.
- A estrutura das propriedades agropecuárias, de grande extensão, que se expandiram pelas planícies e coxilhas, com a população rarefeita, que exigia grande esforço e perda de tempo para o deslocamento dos exércitos.
Com o retorno de Bento Gonçalves ao comando do movimento e a inclusão nas tropas de diversos mercenários, a revolução tomou impulso em várias direções, buscando ampliar-se e fortalecer-se em suas bases de apoio.
OS FARRAPOS EM SANTA CATARINA E A REPÚBLICA CATARINENSE (JULIANE) EM LAGUNA- 1839
O Estado de Santa Catarina será um dos alvos dos revolucionários farrapos, tanto pela existência de simpatizantes republicanos, como pela necessidade de dominar os portos de Laguna e Desterro, locais estratégicos no abastecimento e concentração de tropas que eram enviadas para o Rio Grande, bem como o planalto catarinense onde o Caminho das Tropas representava a via de comunicação com São Paulo, por onde poderiam ser enviadas tropas do Império contra revoltosos.
O movimento farrapo pelo litoral catarinense chegou a ameaçar a vila de São José, no continente frontal à ilha de Santa Catarina, tendo avançado, portanto, 250 km do território da província de Santa Catarina.
Pelo Planalto, ou campos gerais, ultrapassando o território catarinense, chegando ao Paraná. O ataque ao planalto catarinense antecedeu ao realizado no litoral. Era preciso dominar o caminho das tropas para impedir o avanço dos exércitos Imperiais e dificultar o comércio de gado bovino e muares, que eram conduzidos em tropas até Sorocaba, em são Paulo.
“A Revolução Farroupilha chega afinal às terras Catarinas. Uma coluna de 1300 homens, sob as ordens do Coronel José Mariano de Mattos, ministro da guerra e da marina farroupilha, atravessando o Rio Pelotas, ocupas o município e a vila de Lages , em 9 de março de 1838, e imediatamente distribui proclamação (31/03/1838) do presidente da Republica Rio-Grandense os Lageados a se declararem pela República”. (FARIAS, 2001).
Seguiram de Lages para o Norte denominados Curitibanos, Mafra, adentrando no Paraná, sendo dali progressivamente expulsos até serem empurrados para o Rio Grande. Este ataque obedecia ao plano de deter o avanço das tropas imperiais sobre o coração da República Rio-Grandense.
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