A História Contemporânea
Por: Cop2Vini • 27/8/2022 • Resenha • 516 Palavras (3 Páginas) • 120 Visualizações
Os Impactos Decorrentes da Inovação Tecnológica no Mercado e da Indústria 4.0 e a Precarização do Trabalho Humano
Com o advento da Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial, tornam-se evidentes impactos diretos desse sistema de produção sobre a produtividade fabril, a redução de custos de mão de obra e produtivos, o controle vertical sobre o processo operacional, a customização da produção e sobre diversos fatores que, atualmente, modificam toda a esfera socioeconômica em praticamente todas as sociedades do globo. Hoje, quando se quer tomar um açaí, por exemplo, não é mais necessário sair de casa; basta, por meio de um aplicativo de delivery, fazer seu pedido e, em pouco tempo, este estará em suas mãos. Tendo isso em vista, é interessante que analisemos como o mercado e o trabalho humano estão sendo afetados por essa revolução disruptiva e quais serão suas consequências.
Robôs autônomos, internet das coisas (IoT), realidade virtual, realidade aumentada, realidade mista, cybersecurity, computação em nuvem, big data e inteligência artificial, são algumas das tecnologias envolvidas no processo da indústria 4.0. Todas essas inovações impactam o mercado de maneira positiva e negativa. De forma positiva, segundo levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), estima-se que a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, a redução anual de custos industriais no Brasil será de R$ 73 bilhões por ano. Isto significa que, por um lado, a produção nacional (PIB) aumentará e a oferta de produtos/serviços expandirá; entretanto, isto também será refletido em uma consequência disfuncional específica desse sistema que é a irrelevância de determinadas categorias e a precarização do trabalho humano.
De certo, profissões como carteiro, operador de caixa e de telemarketing, digitador, agente de crédito, trabalhadores rurais e entre tantas outras carreiras, irão desaparecer cada vez mais rápido e, por consequência, abrirão espaço para novas profissões como programador de unidades de controles eletrônicos, operador de high speed machine, engenheiro de software, engenheiro de cibersegurança, projetistas 3D etc. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB), até 2026, as funções exercidas por 54% da população brasileira com carteira assinada têm alta probabilidade de serem substituídas por robôs. Isso evidencia que, caso um indivíduo de formação básica ainda queira manter seu trabalho de maneira estável, deverá se especializar para alicerçar seu conhecimento técnico, humano e conceitual acima das expectativas do mercado.
Mediante o exposto, nota-se que as inovações vêm ocorrendo de maneira acelerada e incontrolável no mercado. Todos os dias, grandes marcas como Sony, IBM, Microsoft, Intel e Tesla colocam no mercado um insumo novo e surpreendente, por meio de profissionais qualificados que desenham, pesquisam e projetam esse novo serviço ou produto em decorrência da desestabilização de outros profissionais que foram simplesmente descartados ou subempregados, para que o mercado e a indústria inflem seus lucros sem, ao menos, precisarem dar parte de seus feitos. Portanto, é de suma importância que nossa sociedade veja que a qualificação é a única forma de conseguirmos manter dignidade humana, sem a precarização da vida, e que é necessário trabalharmos para que esse sistema tecnológico venha para nos ajudar e não para trazer dúvidas ou medo.
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