A História Da História
Trabalho Escolar: A História Da História. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sjzardo • 19/9/2014 • 3.027 Palavras (13 Páginas) • 318 Visualizações
INTRODUÇÃO
Tradicionalmente, a história tem sido entendida como a reconstituição científica do passado cultural do homem, com a finalidade de melhor compreender o presente e, talvez, prever o futuro. A história adquiriu assim um sentido pragmático, uma vez que ela teria, acima de tudo, uma função prática.
Estudar a história é, portanto, voltar ao passado, remoto ou não, para conhecê-lo, compreendendo o tempo e suas divisões.
1.0 - A HISTÓRIA
Concebemos que toda prática humana, toda produção cultural do homem, é História. Os homens, ao se relacionarem com a natureza e entre si, estão fazendo história, na medida em que esta prática econômica, social, política, religiosa, intelectual etc. criar constantemente novas maneiras para que o homem possa produzir as condições de sua subsistência (alimentação, vestuário, habitação, lazer, etc.), novas formas de relacionamento e novas maneiras de pensar, de ver o mundo.
Há inúmeras discussões entre os varios especialistas sobre o que é história. Os historiadores em particular, procuram delimitar, entre as outras áreas que estudam o homem, qual o campo específico da história.
Para se compreender satisfatóriamente a história como hoje ela se configura, é preciso se recapitular sua origem e evolução.
1.1 - História da história
“História” é uma palavra de origem grega, que significa investigação, informação.
É evidente que a história foi entendida de diversos modos ao longo do tempo. Para uma maior compreensão sobre história, necessário se faz retornar a seguinte imagem: (sempre no sentido de conhecimento da história e da histiriografia), o rio da história, com sua fonte na Grécia, recebendo os afluentes bíblicos e cristãos, alimentado pelos aluviões do humanismo e da erudição, antes de receber este novo afluente, o materialismo histórico, fluindo e fundindo todas estas águas num caudal em incessante crescimento.
Assim, a história tem que ser pensada em termos de tempo, ou não é história. É a sucessão dos acontecimentos no tempo, obedecendo a uma cronologia, que forma o material da história.
Depois do nascimento de Cristo, os cristãos (e mais tarde outras populações) passaram a utilizar esta data como o marco de uma nova era. Cinco séculos depois do nascimento de Cristo, usava-se ainda uma tríplice cronologia para demarcar um acontecimento o nascimento de Cristo, a fundação de Roma e a data a partir da qual se iniciara um reinado. Foi só no final da Idade Média que a cronologia cristã se firmou definitivamente. Isto não quer dizer que ela fosse a única , pois os árabes contam os anos a partir da Héjira, fuga de Maomê para Mediana.
A história se inicia exatamente no momento em que aparecem os documentos escritos, em torno do IV milênio a.C.
1.2 - Os mitos
Quando estudamos os povos antigos, especialmente os do Oriente, podemos perceber que eles não tinham uma consiência clara do que era escrever a história.
Eles registravam muitos fatos que lhes aconteciam, mas sem outra preocupação que a de registrar.
As descrições dos fatos vinham acompanhadas de intervenções divinas, de seres fantásticos.
Já na Grécia Antiga, os gregos passaram, dos mitos, à tentativa de explicar racionalmente a realidade. Isto significa que os gregos se preocupavam com a compreensão da realidade, procurando explicações lógicas e racionais para os problemas que os cercavam. Embora ainda presente nas sociedades atuais, o mito sobrevive, mesmo que não como forma única de explicação da realidade, e sim, paralelamente a outras formas de explicação, como a história.
1.3 - O aparecimento da história
Buscando uma forma de explicação da realidade, os homens passam a refletir sobre as explicações, enquanto forma de explicação, a história nasce unida a filosofia: A filosofia surge como um sério esforço para compreender o mundo e o homem.
Entre os povos da antigüidade, os helenos sobressaem na procura de uma explicação racional para o homem e para o mundo. Os gregos olharam o universo como algo que está submetido a uma lei e, por isso, suscetível de explicação.
“O campo filosófico abrange embrionariamente todas as áreas que posteriormente se iriam afirmar como autônomas: a matemática, a biologia, a astronomia, a política, a psicologia” (pg. 17)
Dentre os filósofos gregos, três se destacaram por causa da grande influência que suas teorias exerceram sobre cientistas e pensadores até hoje: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Os romanos foram, em grande parte, continuadores da cultura grega. E, no que se refere à produção do conhecimento histórico, além de continuarem, acrescentaram uma idéia de utilidade: a História deveria servir para glorificar o nome de Roma. Os interesses de glorificação da cidade, de seus governantes e de seu povo, produziram narrativas que misturavam feitos lendários com fatos realmente acontecidos.
1.4 - A história teológica
As conquistas romanas na Grécia a Oriente Próximo abriram caminho para a introdução de divindades orientais, tais como Ísis Serápis e Mitra. Obviamente, os deuses romanos tradicionais, como Júpiter, Juno e Minerva, caíram em descrédito.
A desestruturação do Império Romano é marcada também por um processo histórico pelo qual passa a humanidade, através de uma visão do cristianismo como fundamento e justificativa da história.
As datas utilizadas por nós fazem parte do calendário das civilizações cristãs, cujo marco inicial baseia-se no nascimento de Jesus Cristo. O período anterior ao nascimento de Jesus Cristo é contado em sentido imerso, acrescentando-se a cada data as iniciais a.C. (antes de Cristo).
Dentro desse contexto, a história continua numa visão linear. Através do desenvolvimento de um plano de Providência Divina.
A Idade Média é assinalada pela manifestação da fé. Fato este que interferiu na concepção de história, enfatizando a presença do milagre, do maravilhoso, do impossível.
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