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A História Das Religiões

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Por:   •  14/8/2012  •  6.140 Palavras (25 Páginas)  •  1.144 Visualizações

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Catolicismo

Igreja Católica Apostólica Romana

Apesar de estar embasada em dogmas estreitamente fechados, a Igreja Católica se vista internamente, pode ser considerada um mundo de diferenças entre si, que compreende desde os antigos costumes de celebração e liturgia em geral, até os novos engajamentos em que seus seguidores e até mesmo sacerdotes se encaminharam.

Por abranger desde as classes sociais mais baixas até o topo sócio econômico mundial, a Igreja Católica é dividida em centenas de correntes, que vão desde as que defendem um sistema mais justo para os pobres e oprimidos (ver Teologia da Libertação) até as que visão uma manutenção do sistema com base no cristianismo católico (ver a Sociedade em defesa da Tradição, Família e Propriedade).

Por ter sido construída através de dezenas de séculos, a Igreja foi se adaptando as situações das distintas épocas em que esteve presente, e portanto, criando diferentes imagens, todas elas plausíveis de serem discutidas.

Historicamente os atos da Igreja não são muito convencionais, senão incomuns, dada a forma com que ela tratou seus fiéis e os hereges, e por isso, atualmente (e desde a reforma protestante) existem muitas criticas sobre os métodos utilizados por ela em tempos antigos. Tais atos fizeram com que a Igreja perdesse sua hegemonia no ocidente, e o principal, a sua popularidade, por isso, desde a contra-reforma a Igreja vem tentando angariar mais fiéis para que esta possa manter o seu poder temporal e religioso. Diversas maneiras foram utilizadas, desde torturas físicas até a movimentos pacíficos que visavam uma captação de fiéis das igrejas protestantes (ver Renovação Católica Carismática).

Portanto, apesar de não poder ser considerada um exemplo de conduta social, a Igreja Católica pode e é considerado um exemplo indubitável de instituição, haja vista que sua hierarquia, seu poder temporal e espiritual e seus dogmas permanecem presentes e vivos até os dias atuais.

O que será tratado a seguir são exemplos de instituições católicas, umas mais ligadas ao poder central, outras menos, porém todas de muita importância e representatividade no mundo atual, e em especial no Brasil, visando uma contextualização com o momento político em que tais instituições apareceram e se firmaram, procurando também não isolar o Brasil como uma ilha política, social e cultural do resto do mundo, pois há sim, por mais que o nacionalismo ufanista pregue que não, uma dependência política, social e cultural no Brasil para com os países de todo o mundo.

Renovação Católica Carismática

Criada em 1966, Pittsburgh, Pensilvânia, unidade administrativa dos Estados Unidos, a Renovação Católica Carismática (RCC), ramificação aceita pela Igreja Central em Roma, visa uma série de aberturas ideológicas e ecumênicas (concilio Vaticano II) de forma a atrair fieis das crescentes igrejas pentecostais, que desde o séc XIX nos EUA, e do inicio do séc XX (aproximadamente 1908) no Brasil vem crescendo assombrosamente em quantidade de fiéis e em projeção mundial.

O pentecostalismo prega que os dons do espírito-santo estão disponíveis a aquele que os aceitar e converter o quanto antes ao cristianismo. Os fiéis que se convertem podem experimentar dos dons concedidos na hora do batismo (imersão total, tradição típica protestante) como a glossolalia (o dom de falar várias línguas), o dom da cura ou o dom da profecia.

As influências pentecostais presentes no movimento vão desde as atitudes praticadas em cultos evangélicos norte-americanos a livros escritos por pastores dessas e de outras igrejas, tais como o livro “A cruz e o Punhal” do pastor David Wilkerson, que curiosamente também praticou pregações na RCC dos EUA, quando esta ainda nascia.

Entre outras influencias pode se encontrar:

• Padre Tomas Forrest, liderança internacional da RCC no início do Movimento, teve sua experiência do 'Batismo' no Espírito Santo num retiro da Renovação Carismática Católica dos EUA pregado por dois padres, uma freira e dois evangélicos Metodistas.

• O livro “Louvemos ao Senhor" e outras canções populares no movimento, têm origem no protestantismo, tais como “Buscai primeiro o Reino de Deus” e “Glorificarei teu nome, oh Deus”, "Pelo Senhor marchamos sim...”, “A alegria está no coração...”, “Posso pisar uma tropa...”, “Eu navegarei...”, “Espírito (...) vem controlar todo o meu ser...”, “Espírito, enche a minha vida, enche-me com teu poder...”, “Assim como a corsa...”, “Deus enviou seu filho amado...”, “Se as águas do mar da vida...”, “Eu sou feliz por que meu Cristo quer...”. Temos ainda exemplos mais recentes, como “Levanta-te, levanta-te Senhor... fujam diante de ti teus inimigos”, “Venho Senhor minha vida oferecer", “Meu pensamento vive em você...”, “Se acontecer um barulho perto de você...”, “Celebrai a Cristo, celebrai...”. (ref 1 e 4)

Como forma de substituir a liturgia tradicional católica, muitas vezes tida como cansativa e antiquada, a RCC promove missas – espetáculos, com apresentações musicais de padres cantores e leigos. Há diferenças também na forma de orar, diferenciada da Igreja Católica Apostólica Romana, onde fiéis proferem suas orações e pedidos em voz alta (tradição tipicamente pentecostal, e oposta ao catolicismo “clássico”, que privilegia uma oração interna quase silenciosa).

Em meados da década de 1970, o padre jesuíta Haroldo Hahn trouxe ao Brasil a RCC, inicialmente instalada em Campinas, Interior dos estado de São Paulo, sendo rapidamente difundida pelo Brasil. O movimento de Renovação Católica Carismática, no fim da década de 1990 foi amplamente explorado pela mídia, chegando a serem promovidos programas televisionados com praticamente dedicação exclusiva aos padres cantores. (ref 2)

Fenômenos de audiência e popularidade, os padres do RCC chegaram a gravar musicas e vendem milhões de cópias de seus discos, os quais chegaram a desbancar fenômenos como o Pagode e o Axé, que no presente momento dominavam o cenário musical nacional

No Brasil os nomes mais conhecidos de padres cantores são o Padre Marcelo Rossi e Padre Jonas Abib, na cidade de São Paulo e Padre Zeca, Rio de Janeiro, entre outros padres mais regionais, mas que da mesma forma atraem multidões de suas respectivas regiões de influência.

Apesar do movimento ser aceito pelas vias oficiais da Igreja Católica no Brasil, os clérigos tradicionais (tanto católicos como protestantes) não

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