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A História Medieval

Por:   •  19/8/2019  •  Exam  •  628 Palavras (3 Páginas)  •  111 Visualizações

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PROVA

Marc Bloch

        Ser “o homem de outro homem: no vocabulário feudal, não existia aliança de palavras mais difundida do que está, nem mais rica de sentido. Comum aos falares românicos e germânicos servia para exprimir a dependência pessoal em si. E isto, fosse qual fosse, aliás, a natureza jurídica exata do vínculo e sem ter conta qualquer distinção de classe.

A partir da afirmação de Marc Bloch, fale sobre as relações de dependência que circunscreveram a sociedade medieval na Idade Média Central (senhor - vassalo/ senhor - servo, senhor - camponês)

Resposta: 

INTRODUÇÃO

No mundo feudal, a existência das relações de dependência fez existir “camadas sociais” que possibilitassem uma “estratificação social” em níveis elevados em que sempre existia a subordinação de indivíduos a indivíduos. Contudo,

  • Segundo Marc Bloch, “homem era simultaneamente dependente de um mais forte e protetor de outros mais humildes do que ele”

(senhor-vassalo)

A relação entre senhor e vassalo dava-se da seguinte forma, para validar um acordo entre senhor e vassalo era necessário, assim como afirma Bloch “um, que quer servir, o outro. que aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece «o homem» de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na boca: símbolo de acordo e de amizade” (BLOCH, p. 179).  É importante mencionar que esse pacto de dependência do vassalo ao senhor existia apenas no mundo germânico, pois no mundo cristão, necessariamente, esse pacto fazia-se pela validação de Deus. Com a mão, estendida sobre os Evangelhos, ou sobre as relíquias, o novo vassalo jurava ser fiel ao seu senhor. Além do mais, existia uma série de obrigações que o vassalo deveria fazer, assim como existia uma série de relações que o senhor deveria executar, ou seja, mesmo havendo esse desnível quanto à posição social, os dois possuíam obrigações um com o outro.  Cabia ao senhor proteger e dar segurança ao seu vassalo, pois sempre os mais fracos necessitavam dos mais fortes, ou seja, aqueles que tinha, ora força militar, ora influência. Além disso, as redes de relações ainda não terminavam, pois existia posição inferior a do vassalo, e estes ia se apoiando sempre no mais forte. Uma característica da relação entre senhor – vassalo é o recrutamento do vassalo que não se vazia em qualquer camada da sociedade, pois uma das suas qualidades seria a vocação guerreira,

 

(senhor-servo)

Diferentemente da vassalagem, os servos viviam sob condições de vida e de trabalho deploráveis, estes tinham os trabalhos mais vulgares. A servidão era uma relação de trabalho onde os servos devia obrigações aos  nobres detentores das terras, essa dependência e fidelidade eram a base das representações políticas, econômicas, sociais, culturais e do cotidiano.

Tais obrigações geralmente eram pagas em forma de tributos, em troca de um pedaço de terra para produzir, proteção e segurança militar fornecidas pelos senhores feudais. O servo medieval tinha direitos de posse sobre a terra que ocupava - não podia ser desapossa-do, mas estava vinculado à pessoa do seu senhor. “Os servi permaneciam, de direito, a coisa dum senhor, que dispunha soberanamente do seu corpo, do seu trabalho e dos seus bens. Desprovido, assim, de personalidade própria, à margem do povo, ele faz figura de estrangeiro-nato. Não é convocado para o exército real; não participa das assembléias judiciais, não pode apresentar diretamente perante as suas queixas e só é objeto de demanda. (BLOCH, p. 299) A condição de servo implicava uma série de restrições à liberdade, isto é, produtores dependentes, que praticamente não tinha nenhuma liberdade.

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