A História da humanidade a fase entre infância e a fase adulta
Por: Histroia UERN 2016.2 • 5/7/2018 • Resenha • 1.092 Palavras (5 Páginas) • 282 Visualizações
Os apaches
Ao longo de toda a história da humanidade a fase entre infância e a fase adulta representou um período difícil para esse grupo, pois não são mais crianças e tão poucos são adultos. Ficam oscilando em meio a sociedade, sem conseguirem tomar um rumo certo.
Esse problema afetou uma grande parcela de jovens na França, precisamente em Paris, no início do século XX. Esses Jovens que, além das mudanças naturais que ocorrem com a idade, viveram em um mundo de constantes transformações culturais, econômicas e sociais. Nesse cenário esses jovens franceses procuraram tomar seu lugar ao “sol” em meio a uma sociedade que os ignorava e ficaram conhecidos como apaches.
O termo apache começou a aparecer em 1902, foi cunhado pelos jornais para se referir a jovens desordeiros que faziam Paris tremer com seu delitos, eram jovens malandros do subúrbio. Porém esses jovens não utilizavam esse nome entre si, chamavam-se de companheiros e batizavam seus grupos com nomes simbólicos e coletivos.
Os apaches são estritamente urbanos, saídos das periferias juntam-se aos bandos e vivem na grande cidade. Vivem à margem da lei, podem agredir alguém sem qualquer motivo ou apenas por prazer.
Esses jovens são filhos de trabalhadores industriais que não querem seguir o destino dos pais, que não aceitam o fato de os burgueses terem tudo sem esforço e eles terem que trabalhar duro por tão pouco.
O apache nasceu em Paris, desde criança viveu em bairros da periferia. Ele escapa da escola e passa a vagamundear. Vive de pequenos roubos, serviços ou furtos. Zombam constantemente da polícia, picham muros com mensagens contra a polícia e a burguesia. Essa vida é um exercício para o futuro, para quando se tornaram verdadeiros apaches, o que ocorre por volta dos 15 anos, quando têm que passar por uma prova, normalmente bater em um burguês ou policial. Em 1907 contava-se entre vinte e trinta mil, com idade de 15 a 20 anos.
Apesar e o intuito dos jornais ser o de denunciar os crimes de um grupo de arruaceiros, acabou conseguindo também o resultado inverso, os jovens das classes populares passaram a se identificar com os apaches, pois eles representavam liberdade. Até o seu modo de vestir chamava a atenção desses jovens. Os apaches sabiam o que era usar roupas velhas, calçados de madeira, sabiam o que era o desconforto desde a infância, por isso presavam por bons sapatos, roupas finas, jaquetas apertadas, calças boca larga e lenços coloridos. Andavam tão arrumados que os trabalhadores das fábricas os achavam afeminados.
Suas moradias não eram casas, eram quartos alugados e mobiliados onde moravam vários juntos. Eles vivem em bandos e são denominados pelo bairro em que vivem ou pela forma que se vestem, como por exemplo o bando dos casacas negras.
Os bandos não são muito organizados, estão mais para grupos de amigos que passavam por constantes rompimentos devido a brigas. Os grupos eram formados por conhecidos dos tempos da escola, bairro ou reformatório. Os que saem das prisões recebem prestigio e dependendo da prisão até título de nobreza
Alguns jovens permanecem apenas temporariamente no grupo, como uma aventura antes de aceitarem as regras da vida adulta. Mas enquanto permanecem no grupo desprezam quem trabalha.
Gostam de festas, onde podem dançar, fumo, álcool e mulheres. Os grandes bailes são a forma de manterem contato e conhecerem mulheres.
A mulher no meio apache não é tão numerosa, mas é bastante solicitada. Ela pertence a um homem, seu amante que lhe defende e lhe bate (bater na mulher é uma forma de mostrar virilidade) e ainda recebe o dinheiro da sua prostituição. Mesmo com esses maus tratos ela ainda goza de uma liberdade maior que a mulher burguesa, podendo escolher mudar de amante, caso o atual não a satisfaça mais e têm total liberdade de andar entre os bairros, por isso são usadas, também, como espiãs.
Apesar dessa liberdade da mulher apache em relação a burguesa ela ainda é tratada como
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