A História de São Sebastião
Por: Bako2013 • 17/2/2025 • Artigo • 636 Palavras (3 Páginas) • 6 Visualizações
No Brasil Colônia, canhões defendiam a cidade dos ataques pelo mar. Protegida pelo canal, São Sebastião prosperou preservando parte de sua arquitetura colonial. Em 1969, técnicos do Patrimônio Histórico realizaram um levantamento arquitetônico que levou ao tombamento de sete quadras no Centro (chamado ¨histórico¨), e de alguns bens isolados: a Igreja da Matriz, a Capela de São Gonçalo, o prédio da Câmara e Cadeia, o Convento Franciscano de Nossa Senhora do Amparo e a casa da Praça do Fórum. Assim, parte do testemunho histórico dos séculos XVII e XVIII permaneceram intactos.
Pode-se conhecer o passado histórico da cidade na visita monitorada ao centro, que inclui palestra sobre a história e apropriação das terras desde a ocupação indígena, a divisão em Capitanias e a doação das primeiras sesmarias nos atuais limites do município, além de um painel sobre a ocupação urbana, arquitetura e técnicas construtivas. Destacam-se os prédios da Câmara, da Cadeia e Igreja Matriz.
A cidade sempre viveu do mar para escoar suas riquezas, que eram o açúcar e o café. Com o declínio dessas atividades, a população caiçara passou a viver da pesca artesanal e da venda de bananas, utilizando canoas de voga que vinham de Santos e circulavam em toda região.
O transporte na região foi feito também, até o início do século, pelos pequenos vapores da Companhia de Navegação Costeira e Lloyds Brasileiro. O transporte marítimo ainda foi muito usado até a década de 1930, quando foram abertas as primeiras estradas no litoral norte paulista.
O planalto era conhecido pelos índios graças a suas trilhas. Sabe-se que as mais utilizadas eram as trilhas do Rio Grande e do Ribeirão do Itu, ambas situadas em Boiçucanga. Quando as tropas surgiram na região, trazendo mercadorias de fora e levando peixe seco, as trilhas foram ocupadas e alargadas, ainda no século XVII. Originaram estradas atuais como é o caso da rodovia São Sebastião-Bertioga e da antiga ¨Estrada Dória¨, conhecida hoje por Rio Pardo, que ligava São Sebastião à Salesópolis, em 1832.
O acesso para o Litoral Norte, mais precisamente para Caraguatatuba, já se fazia desde 1805 pelo caminho explicado décadas depois no Projeto de Lei do deputado estadual Manuel Hipólito do Rego: ¨partindo de Paraibuna descia no canto da praia, correndo daí pela chamada estrada da marinha, até São Sebastião, atravessava um trajeto de 4 léguas, ou 22,2 quilômetros, até a antiga villa¨.
Foi este projeto aprovado em 13 de dezembro de 1929 pela Câmara dos Deputados, o responsável pela redenção do Litoral Norte. O deputado de São Sebastião conseguiu que um sonho virasse decreto: ¨Fica o poder executivo autorizado a construir, no porto de São Sebastião, um molhe para atracação de vapores, bem como uma estrada de rodagem para automóveis de Santos à Ubatuba, pelo litoral, com dois ramaes para o interior - um no ponto mais conveniente, no município de São Sebastião, ou no de Caraguatatuba, até a cidade de Parahybuna; outro de Ubatuba à Taubaté¨.
Até o início da década de 80, os carros tinham de passar em alguns trechos dentro de praias, como em Santiago, Boracéia, Baleia (18 km), mas apenas quando a maré estava baixa. Durante o final de seu governo, o presidente João Baptista Figueiredo quis deixar concluída a Rodovia Rio-Santos, e o fez as pressas, desviando o traçado original, abandonando viadutos no meio da mata, alguns com 50 metros de altura por 250 metros de extensão.
Em 1961 começaram as obras de oleodutos do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), que perduraram até 1969, ligando São Sebastião à Santos, Cubatão, Paulínea e Capuava. Em 1968 o petroleiro norueguês BJorgfjell realizou a primeira operação de atracação no pier, inaugurando o terminal com o bombeamento de petróleo cru trazido do Iraque.
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