A Idade Média Foi Um Período Marcado Pela Intensa Religiosidade, Teocentrismo, Misticismo E Preocupação Com A Salvação. Destaca-se Nessa época A Crise Do Sistema Feudal, Que Contribuiu Com O Aparecimento De Expedições Militares, Denominadas Cruza
Exames: A Idade Média Foi Um Período Marcado Pela Intensa Religiosidade, Teocentrismo, Misticismo E Preocupação Com A Salvação. Destaca-se Nessa época A Crise Do Sistema Feudal, Que Contribuiu Com O Aparecimento De Expedições Militares, Denominadas Cruza. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kELF • 1/11/2014 • 1.691 Palavras (7 Páginas) • 1.152 Visualizações
A Idade Média foi um período marcado pela intensa religiosidade, teocentrismo, misticismo e preocupação com a salvação. Destaca-se nessa época a crise do sistema feudal, que contribuiu com o aparecimento de expedições militares, denominadas Cruzadas, ocorreram em 1096 e perduraram até 1972. Elas foram convocadas pelo Papa Urbano II, o início foi marcado pelo seu apelo aos cristãos, de reconquistarem a Terra Santa. Participaram milhares de fiéis e foram organizadas pela Igreja, reis e senhores feudais.
As expedições foram impulsionadas por desígnios religiosos, econômicos e sociais e os resultados foram diversos. No entanto, o objetivo principal, de reconquistar Jerusalém, não fora alcançado no final das cruzadas. Os cruzados (cristãos) aderiram às expedições devido à promessa de perdão de seus pecados e à garantia de terras e riquezas, essas feitas por Urbano II. As recompensas viriam a partir do resgate de Jerusalém.
Ao decorrer elas foram aderindo mais objetivos, como de:
o Reestabelecer a autoridade papal, com o intuito de aumentar o número de fiéis, por conseguinte, aumentar a riqueza da igreja;
o Reunificar o cristianismo que fora dividido pelo Cisma do Oriente;
o Deter o crescimento demográfico, pois colocava em risco o sistema feudal;
o Reduzir a marginalização, pois estava insustentável devido à expulsão de muitos camponeses dos senhorios, e o comércio e a cidade não eram suficientes para absorvê-los;
o Buscar novas terras, pois havia escassez e o sistema feudal determinava que somente o primogênito herdasse terra, portanto seus irmãos se tornavam nobres despossuídos.
o Genoveses e Venezianos desejavam ampliar seu comércio com o oriente, buscavam acesso às especiarias, como cravo canela e seda, com isso queriam a reabertura do mediterrâneo que era interrompida pela expansão mulçumana;
o Deter as investidas muçulmanas contra seus territórios. Queriam ir contra a extensão mulçumana.
Foram nove cruzadas oficiais e algumas entre essas, porém não oficiais. Veremos os principais fatos que ocorreram durante cada uma dessas.
A Cruzada Popular ou dos Mendigos (1095)
Essa cruzada ocorreu antes da primeira oficial, porém essa primeira já havia sido organizada e divulgada pelo papa Urbano II. O monge Pedro, eremita, organizou, de forma independente, a expedição popular, participaram camponeses e populares, entre eles estavam mulheres velhos crianças e ladrões. Marcharam em destino á Jerusalém. Os cruzados não tinham armadura, nem mantimentos, por isso enquanto seguiam saqueavam as cidades. Chegando à Ásia Menor foram mortos pelos turcos. Os que restaram foram vendidos como escravos ou escaparam e seguiram com a tropa oficial, que então já estava acontecendo, a caminho de Jerusalém.
A Primeira Cruzada (1096 - 1099)
Foi convocada por Urbano II durante o Concílio de Clermont, na França. A expedição foi solicitada por Aleixo I, chefe político da Igreja Ortodoxa da Grécia, ele precisava de apoio militar para combater os turcos na península de Anatólia. O objetivo era manter os mulçumanos longe de Constantinopla e reconquistarem Jerusalém. Inserida nessa cruzada estava a Cruzada dos Nobres, a mais relevante para a história. Esses partiram do ocidente e enfrentaram muitas dificuldades durante o percurso, mesmo assim, conseguiram conquistar Niceia e Antioquia, e três anos depois da partida, chegaram à Jerusalém, onde massacraram muitos mulçumanos e então a reconquistaram em julho de 1099. Fundaram então, na região dos principados Latinos do Oriente, composto pelo Reino de Jerusalém, o Condado de Edessa, o Condado de Trípoli e o principado de Antíoquia. Assim organizaram vários Estados nos padrões feudais. O Papa Urbano II morreu antes de saber o resultado das cruzadas.
A Segunda Cruzada (1147 - 1149)
Essa expedição foi organizada pelo Papa Eugênio III, devido à perda da cidade de Edessa para os mulçumanos. Após o apelo do Papa Eugênio III por uma nova cruzada, Conrado III da Germânia e o Rei Luis VII da França, assumiram a liderança da nova cruzada e partiram rumo ao Oriente. O objetivo era conquistar o Condado de Edessa que tinha sido tomado pelos árabes em 1144, porém a expedição foi derrotada e seus líderes retornaram à Europa.
A Terceira Cruzada (1189 - 1192)
O sultão mulçumano, Saladino, havia tomado Jerusalém, por isso o Papa Gregório VIII proclamou uma nova cruzada, denominada de: Cruzada dos Reis, onde participaram o Filipe Augusto da França, filho do Rei Luís VII, Imp. Germânico, Frederico Barba-Ruiva e o Rei Ricardo Coração de Leão da Inglaterra. Eles conseguiram conquistar Acre e Jaffa, entre outras conquistas. O Rei Ricardo era inimigo do Sultão Saladino, porém em 1192, eles firmaram um acordo, que foi o de cristãos manterem as cidades que conquistaram na Palestina e terem o direito a peregrinação, mas somente desarmados. Após o acordo, Ricardo I, volta à Inglaterra, sem ter conseguido conquistar a Terra Santa.
A Quarta Cruzada (1202 - 1204)
O Papa Inocêncio III convocou a quarta cruzada, mas não somente com o objetivo de reconquistar Jerusalém, mas também com o interesse de recuperar a sua autoridade papal sobre a Igreja Ortodoxa. Foi comandada por Balduíno IX, Bonifácio II, Conde de Flanders e pelo Marquês de Montferrat e financiada por Veneza. Antes de chegarem ao seu destino final, os cruzados saquearam a cidade de Zara. Quando chegaram à cidade de Constantinopla a dominaram. Eles mataram o Imperador Aleixo IV Ângelo e com a ajuda de venezianos, massacraram a população e saquearam a cidade, roubaram toda a sua riqueza e suas relíquias. O ocorrido em Constantinopla teria marcado o início do fim de uma possível união entre as Igrejas Católica e Ortodoxa. Entre a quarta e a quinta cruzada ocorreu a Cruzada das Crianças, porém historiadores não sabem ao certo se é realidade ou ficção, mas foi uma organização não oficial, no qual o líder era um adolescente, esse convocou muitas crianças para conquistarem Jerusalém e converterem os mulçumanos. A maior parte das crianças morreram de fome ou de frio, as que sobreviveram foram vendidas como escravas pelos turcos no Norte da África.
A Quinta Cruzada (1217 - 1221)
Em 1215, o papa Inocêncio III fez um apelo pela quinta cruzada. Liderada
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