A Opinião pública E A Política Externa Do Império
Dissertações: A Opinião pública E A Política Externa Do Império. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: acarolnovaes • 11/9/2013 • 366 Palavras (2 Páginas) • 326 Visualizações
Os temas internacionais começaram a ser abordados no Brasil quando
ainda não havia uma diplomacia estritamente brasileira. Com a transferência da
Corte portuguesa para a colônia, em 1808, despontaram as relações com um mundo
não mais restrito apenas a Portugal. Várias questões da época despertavam o
interesse da população, dentre as quais pode-se citar a abertura dos portos e suas
conseqüências para o comércio brasileiro, os privilégios ingleses, as pretensões de
D. Carlota Joaquina ao governo do Prata. Além disso, o próprio fato de que
representantes de outros países estivessem residindo no Brasil atraía a atenção de
segmentos da população brasileira.
Ao final de 1810, manifestações de descontentamento ocorreram em
relação ao fato de os portugueses, temendo um possível enfraquecimento e perda
do poder da família Bragança, aceitarem as imposições e privilégios ingleses no
Brasil. Isso se refletia na queda do comércio interno e levantou vozes contrárias à
manutenção daqueles privilégios.
Após a volta de D. João VI a Portugal, em 1821, as Cortes portuguesas
tentaram o restabelecimento do regime colonial. Entretanto, brasileiros e portugueses
residentes no Brasil, tementes de perder as vantagens do período em que a Corte
aqui habitava, formaram uma corrente para pressionar o Príncipe Regente
D. Pedro I a descumprir as ordens de Lisboa. E, com o apoio da opinião pública,
organizaram-se manifestações contra as intenções portuguesas
1
.
D. Pedro, de início fortemente influenciado pelos laços familiares e
tradicionais com Portugal, teve aos poucos seus posicionamentos face à política
externa revistos e amadurecidos em decorrência da participação cada vez maior
da opinião pública nas diversas causas internacionais. Um dos mais fortes indícios
dessa mudança nota-se na própria questão da independência política. Assim que
assumiu a Regência, D. Pedro, absolutamente contrário à independência, pouco
ligado ao Brasil e determinado a partir assim que possível, chegara a afirmar que
não gostaria de “influir mais nada no Brasil”
2
. No entanto, ao mesmo tempo,
iniciava-se na opinião nacional a corrente pela independência e foi então que
D. Pedro teve
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