A Primeira Guerra Mundial
Por: ALELROSA • 2/5/2018 • Dissertação • 1.200 Palavras (5 Páginas) • 140 Visualizações
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Em 28 de junho de 1914, um estudante bósnio de nome Gavrilo Princip assassinou com dois tiros o herdeiro ao trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, e a mulher dele, enquanto estavam atravessando num carro as estradas de Sarajevo, a capital da Bósnia, território que fazia parte daquele Império multiétnico. O assassino era membro de uma organização a “Mão Negra” que defendia a independência da Bósnia dos austro-húngaros e sua incorporação a Sérvia.
O Império Austro-Húngaro exigiu da Sérvia uma apuração sumária do episódio, enviando-lhe, em 23 de julho, um ultimato que os sérvios, contando com o apoio do Império Russo, aceitaram em parte, acarretando a declaração de guerra por parte dos austro-húngaros. O Império Russo reagiu mobilizando o exército ao longo do território de fronteira, para encarar uma possível ação de invasão austríaca.
A Alemanha entendeu o posicionamento russo como um ato de hostilidade com eles, em 31 de julho, foi enviado à Rússia um ultimato para a suspensão dos preparativos bélicos. A advertência da Alemanha não obteve resposta e ela declarou guerra à Rússia. No dia seguinte, a França que tinha uma aliança com o Império Russo, mobilizou por sua vez o seu exército na fronteira com o Império Alemão, proporcionando um novo ultimato e uma nova declaração de guerra por parte do povo germânico, à qual seguiu a decisão inglesa de intervir ao lado da França e da Rússia.
A Primeira Guerra Mundial começou como uma guerra essencialmente europeia, entre a “Tríplice Entente” composta por França, Grã-Bretanha e Rússia, de um lado, e as chamadas “Potências Centrais”, de Alemanha e Áustria-Hungria do outro, com a Sérvia e a Bélgica entrando no conflito ao lado da Tríplice Entente pelo ataque de alemães e austríacos.
A guerra alastrou-se para fora da Europa. A Turquia e a Bulgária logo se juntaram às Potências Centrais, enquanto do outro lado formou-se uma coalizão bastante ampla, com o ingresso da Itália, da Grécia, da Romênia e, sobretudo, a partir de 1917, dos EUA, que compensou o duro golpe da saída da Rússia do conflito e deu um respaldo fundamental para a vitória da Tríplice Entente.
Para os alemães, a guerra devia ser travada antes contra a França de forma rápida e arrasadora, para depois concentrar todos os recursos militares contra o Império russo devido à extensão geográfica de seu imenso território. Para realizar esse plano militar, a Alemanha devia invadir a Bélgica, embora país neutro, para chegar o quanto antes no norte da França e destruir suas defesas. Em 1914 a Alemanha invadiu a Bélgica, provocando a reação inglesa que não podia tolerar a invasão e conquista alemã de uma nação neutra e cujas costas debruçavam para as costas britânicas.
A guerra ficou sendo travada num confronto armado incrivelmente sangrenta. Uma guerra de exaustão que teve seu ponto principal a Europa ocidental, com linhas paralelas de trincheiras e fortificações defensivas que iam ao longo de 765 km. A protagonista absoluta da Grande Guerra tornou-se, então, a trincheira, a mais simples e primitiva fortificação defensiva, obtida mediante a escavação de uma cratera. Concebidas no começo como refúgio provisório na espera da invasão do território inimigo, com o tempo, as trincheiras transformaram-se na sede permanente das primeiras linhas dos exércitos, que as dotaram de arame farpado, de cubículos de coligação, de metralhadoras, tornando-se quase inconquistável.
A distância entre as trincheiras inimigas variava entre os 100 e 400 metros, mas podia chegar desde 5 metros até mais de 1 km. No meio, uma “terra de ninguém”, uma paisagem mais lunar que terrestre, proporcionada pelos bombardeios maciços que matavam a natureza, além dos homens.
Os norte-americanos desde o princípio da guerra resolveram ajudar economicamente a Tríplice Entente. Entretanto, em 1917, a dificuldade dos ingleses e franceses no Oeste europeu, junto com a vitória total das Potências Centrais no Leste, empurrou os Estados Unidos a intervirem. Ainda em 1917, o Império Russo, abalado pelo conflito bélico e pela revolução comunista, assinou uma paz separada com os alemães e abandonaram o combate.
Em 1918 os alemães registraram sua primeira grande derrota no front ocidental, a partir daquele momento recuaram. A chegada de homens e recursos americanos determinou não apenas a derrota, mas o desmoronamento das Potências Centrais, que foram varridas por revoluções internas. Na Alemanha, o avanço das nações, lideradas pelos EUA, proporcionou uma grave crise interna.
Nos primeiros dias de outubro de 1918, formou-se um governo provisório na Alemanha enquanto o imperador fugiu para a Holanda. Embora com um exército ainda forte e com seu território intacto, a Alemanha, sacudida pela grave crise interna, em 11 de novembro, assinou, através do governo provisório, a rendição que decretava o término da guerra.
As Nações vencedoras do conflito reuniram-se em Paris na França em 1919, onde foi sancionado o Tratado de Versalhes e criado a Liga das Nações, neste encontro foi formalizando o fim da guerra. Alemanha foi responsabilizada como a única responsável pela eclosão do conflito bélico e por suas consequências, perdeu parte de seu território e suas colônias na África e Ásia, foi proibida de ter forças armadas, além de condenada a pagar indenizações aos países vencedores. A Alemanha foi obrigada a aceitar uma rendição incondicional, sob a ameaça de sua ocupação militar e de um bloqueio econômico.
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