A Primeira Guerra Mundial. O Neocolonialismo
Artigo: A Primeira Guerra Mundial. O Neocolonialismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dirapereirad • 29/10/2014 • Artigo • 2.562 Palavras (11 Páginas) • 304 Visualizações
INTRODUÇÃO
Esta produção textual tem por objetivo desenvolver uma proposta metodológica para o estudo da Primeira Guerra.
DESENVOLVIMENTO
Para o estudo da Primeira Guerra Mundial é preciso que o aluno compreenda conceitos como:
Imperialismo e Neocolonialismo
A Europa do século XIX experimentava um acelerado processo de industrialização que determinou o fim do monopólio britânico neste ramo de atividade econômica. Dessa maneira, a concorrência entre os países industrializados levou a incessante busca por novos mercados consumidores e a obtenção de matéria-prima barata. Pelo atendimento de tais demandas, as potências industriais acreditavam ser possível ampliar suas respectivas economias.
A consolidação deste quadro levou à promoção do imperialismo, prática que resultou na conquista e exploração de vários territórios africanos e asiáticos. Apesar das impactantes necessidades econômicas que explicam a realização desse fato histórico, não podemos deixar de levar em conta a ideologia construída por de trás do imperialismo. De fato, vários intelectuais e religiosos partilharam de teses e opiniões que também justificaram a entrada europeia em domínios afro-asiáticos.
Dentro dessa perspectiva, os ideólogos do imperialismo acreditavam que o modelo de civilização europeu era o que oferecia as melhores condições de vida ao homem. Logo, quem estivesse apartado de tal modelo, viveria em uma condição inferior e não tão privilegiada se colocada em contraponto à funcionalidade de várias instituições e costumes de origem europeia. Com isso, a presença europeia na áfrica e na Ásia deixava de ser vista como um injusto processode invasão.
Em geral, os ideólogos realizaram uma apropriação indevida das teorias darwinistas ao promoverem um molde de compreensão das culturas. Nesse modelo, os europeus ocupavam o mais elevado posto de uma hierarquia que transformava os africanos e asiáticos em povos atrasados e selvagens. A missão do “homem branco” era proporcionar a inestimável oportunidade dessa massa “incivilizada” de se modernizar e superar alguns dos degraus dessa escala evolutiva imaginada.
Na prática, o discurso imperialista acabou legitimando uma série de atrocidades e injustiças contra as populações dos territórios dominados. Afinal de contas, se esta missão civilizadora tivesse sido colocada em ação, esses dois continentes não abarcariam atualmente graves problemas de natureza econômica e social. Assim, observamos que a missão civilizatória acabou ressaltando a diferença entre os povos e abrindo espaço para essa indiscriminada exploração do outro.
O Neocolonialismo
A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia.
Gradativamente, os governos europeus intervierampoliticamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa nova modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, pólos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população européia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.
Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as potências européias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em conseqüência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.
Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto de civilizações “infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que orepasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura européia aos afro-asiáticos representava “o fardo do homem branco” no mundo.
Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885) na qual várias potências européias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899 – 1902).
Na Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências coloniais da região. Após a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos Sipaios, ocorrida entre 1735 e 1741. Para contornar a situação, a Coroa Inglesa transformou a colônia indiana em parte do Império Britânico.
Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do séculoXIX, que as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji.
Com tais
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