A Republica Das Espadas
Artigos Científicos: A Republica Das Espadas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: netenete • 23/11/2013 • 628 Palavras (3 Páginas) • 452 Visualizações
A REPÚBLICA DA ESPADA
Durante a segunda metade do século XIX, os regimes monárquicos da Europa estavam sob ferrenha contestação, vários países o haviam abolido, e por consequência, iniciado regimes republicanos. No Brasil não vai ser diferente, o regime monárquico da dinastia Bragança encontrava-se em plena crise. As imposições imperiais sobre os militares e a igreja haviam feito com que o governo de D.Pedro II perdesse o apoio desses importantes setores da sociedade, a abolição da escravatura em 1888, tirou de seu eixo partidário as elites rurais, os grandes senhores de terras haviam perdido uma mão de obra extremamente rentável, sem receber nenhum tipo de indenização por parte do governo, além disso, setores progressistas exerciam forte pressão sobre a monarquia, o voto censitário, a injustiça social e a falta de escolarização no país faziam com que estes exigissem grandes reformas no governo, a corrupção no regime monárquico também ajudou a monarquia a perder apoio no país.
Em 15 de Novembro de 1889, a monarquia é abolida, e instaurada a república, dois setores foram protagonistas nesse episódio; os militares, e as elites rurais, sendo que estes possuíam posições diferentes quanto à forma de governo à ser instaurada; os militares desejavam um regime centralizador, queriam a soberania nacional acima de tudo, enquanto que as elites rurais almejavam um governo descentralizado, queriam autonomia regional, para que as grandes elites pudessem ser soberanas em seus respectivos estados. Nos cinco primeiros anos da república, os interesses dos militares prevaleceram, esse período ficou conhecido com “República da Espada”.
O Congresso Nacional escolheu o Marechal Deodoro da Fonseca para chefiar o governo provisório, ou seja, para governar o país até que uma nova constituição fosse promulgada e eleições diretas, realizadas. Mas o novo governo republicano logo sucumbiu à impopularidade. A reforma financeira promovida por Rui Barbosa, ministro da fazenda, desagradou a muitos setores, sobretudo aqueles ligados ao café, que se tornaram opositores do governo. Quando em 1891, o congresso tentou aprovar a lei de responsabilidade do presidente da república, Deodoro da Fonseca, vendo nisso uma tentativa de subjugar a presidência, decretou a dissolução do Congresso, medida apoiada por todos os governos estaduais, com exceção do Pará. Rio de Janeiro e Niterói encontravam-se em estado de sítio, mas 20 dias depois, o almirante Custódio José de Melo, levou a sua esquadra até as águas do Rio de Janeiro e exigiu a renúncia do presidente Deodoro, este cedeu, e deu o governo ao seu vice; o marechal Floriano Peixoto.
Quando Floriano Peixoto subiu ao poder, tratou imediatamente de revogar a dissolução do Congresso e o sítio do Rio de Janeiro e Niterói, e de substituir alguns governadores ligados às oligarquias rurais por outros, sendo estes oficiais do exércitos e republicanos radicais. Floriano atingiu alta popularidade, visto que estimulou a indústria brasileira, o que automaticamente melhorou a condição de vida nos centros urbanos, e também usou de uma política ostensiva de controle dos preços dos produtos de primeira necessidade. Por outro lado, também tomou medidas de cunho autoritário, como o sufocamento agressivo de inúmeras sublevações, dentre elas, a Revolução federalista,
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