A Segunda Revolução Industrial

A Segunda Revolução Industrial

- A expansão da Revolução Industrial

Na Europa, por volta de 1860, a Alemanha foi o local principal dos avanços industriais. No inicio do século XX, a Alemanha era o lugar mais desenvolvido, moderno e dinâmico da Europa, controlando a fabricação de aço, produtos químicos e de equipamentos elétricos e científicos. Depois de uma unificação, em 1871, a Alemanha se desenvolveu mais ainda. O governo cedeu recursos para novas empresas e adotou métodos para a proteção as indústrias e a agricultura alemã. E por meio de taxas cobradas das importações, os agricultores e industriais ficaram protegidos contra as concorrências externas.

- A expansão industrial da Rússia e do Japão

Na Rússia czarista (referente a czar, titulo dos imperadores que governaram a Rússia até o inicio do século XX), a evolução das empresas foi iniciativa do Estado, que realizou empréstimos no exterior para construir estradas de ferro e instalar empresas de diferentes ramos. Antes de 1860, o Japão tinha um imperador, mas quem tinha o poder eram os daimios, grandes senhores de terra. A situação japonesa mudou na década de1860, com a Revolução Meiji, quando o poder se voltou ao imperador. A partir daí, o Japão começou a ter reformas que os tornou uma grande potência. O governo assinou tratados comercias com o Ocidente, que garantiram os produtos japoneses no mercado externo e realizou a reforma educacional do país. Em 1910, o Japão já estava com mais de 10 mil quilômetros de estradas de ferro construídas, bancos, companhias de navegação e mineração, e sua produção têxtil era uma das maiores do mundo.

- A industrialização nos Estados Unidos

Um grande desenvolvimento de indústrias nos Estados Unidos ocorreu depois da Guerra Civil (1861-1865), também conhecida como Guerra de Secessão. O norte industrializado se sobrepôs ao Sul agrário e impôs seu projeto modernizador. Em 1900, a força da economia norte-americana despontava em vários setores. Os Estados Unidos já estavam ocupando o primeiro lugar na produção mundial de aço, que era fundamental na construção de ferrovias e na fabricação de máquinas agrícolas e industriais. Também tinham a maior malha ferroviária. Sua população urbana, de 15%, em 1850, foi para 40%, em 1900, ou seja, dos 75 milhões de habitantes nos Estados Unidos,

- A era do capitalismo financeiro

Em meados do século XIX, a maioria das indústrias eram abertas com poucos recursos, e iam crescendo conforme o dono investia na própria empresa. Então, as empresas normalmente eram as familiares. Como os recursos que desenvolviam a produção eram obtidos pela dinâmica da própria indústria, essa fase é conhecida como capitalismo industrial. A partir de 1880, as novas atividades econômicas exigiam grandes investimentos, que não podiam ser obtidos apenas com recursos próprios. Os bancos começaram a financiar as produções industrial, agrícola e mineral, controlando as empresas. Começa a era do Capitalismo Financeiro.

- Da concorrência aos oligopólios

Após a Segunda Revolução Industrial, foram fundidas enormes empresas com muito poder. O resultado dessas fundições foram trustes, cartéis e holdings.

– Truste: Associação de empresas de um mesmo ramo que se unem para controlar os preços, o mercado e a produção. – Cartel: Empresas autônomas que compõem acordos ocasionais com o propósito de dividir o mercado e combater os adversários. – Holding: Empresa que controla várias outras empresas, da mesma divisão ou de diferentes setores, contra a posse majoritária das ações dessas empresas.

As associações empresariais promoveram uma imensa concentração de capital nas mãos de grupos econômicos, os chamados oligopólios, em prejuízo das pequenas empresas e da livre concorrência.

A indústria e os novos inventos

- A indústria e os novos inventos

Por volta de 1860, pesquisas no campo da tecnologia permitiram que novos inventos chegassem às indústrias e impulsionassem a produção, fortalecendo setores de minério de ferro, e favorecendo a formação de novas e importantes indústrias.

- O processo Bessemer

Até meados do século XIX, os métodos usados na fabricação de aço eram lentos e muito caros. Essa situação mudou em 1856, quando o engenheiro e inventor inglês Henry Bessemer descobriu que a injeção de um jato de ar no minério de ferro em fusão reduzia a taxa de carbono, transformando-o em aço. Após a descoberta de Bessemer, outros avanços baratearam ainda mais o produto e incentivaram novos investimentos na indústria siderúrgica.

- O motor de combustão interna

Durante alguns anos, o petróleo extraído se destinava principalmente à fabricação de querosene. O grande salto ocorreu com a invenção e o aperfeiçoamento de motor de combustão interna, a partir da década de 1870. Inicialmente, esses motores funcionavam com gás natural. Aos poucos, os novos inventos permitiram o uso da gasolina e do óleo diesel.

- A invenção do dínamo

Antes de 1870, a poluição e a fumaça eram muito constante. E por volta de 1870, a invenção do dínamo, uma máquina que produz eletricidade, mudou um pouco essa constância. A eletricidade passou a ser a fonte de energia mais empregada.

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