A primeira Guerra Mundial e o seu contexto histórico
Por: Missionária Sara Maciel • 7/4/2016 • Trabalho acadêmico • 3.437 Palavras (14 Páginas) • 492 Visualizações
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[pic 11] JUSSARA MACIEL SOARES
UNIDADE DIDÁTICA- PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 OBJETIVOS GERAIS
4 CONTEÚDOS DA UNIDADE DIDÁTICA
4.1 CAPÍTULO 1: O IMPERIALISMO E O NEOCOLONIALISMO
4.2 CAPÍTULO 2: NACIONALISMO DOS POVOS EUROPEUS
4.3 CAPÍTULO 3: O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
6. REFLETINDO SOBRE OS CONTEÚDOS
7. ATIVIDADES
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- INTRODUÇÃO
Falar da Primeira Guerra Mundial é falar sobre o acontecimento que realmente dá início ao século XX, pondo fim ao que se convencionou chamar de Belle Époque, período em que a burguesia viveu sua época de maior fastígio, graças à expansão do capitalismo imperialista e à exploração imposta ao proletariado.
A proposta desta produção textual é a forma como o professor de História poderá trabalhar com as questões referentes ao contexto histórico do início do século XX, com ênfase no estudo da Primeira Guerra Mundial, considerando conteúdos como: O Imperialismo e o Neocolonialismo, Nacionalismo dos povos europeus e o Desenvolvimento tecnológico..
Considerando-se que o ensino de História deve referir à participação do cidadão na sociedade, cabe ao professor explicitar princípios, expressar vínculos entre o posicionamento político-pedagógico e profissional, as ações efetivas que irá realizar em sala de aula. Adequar conteúdos, objetivos, métodos e formas organizadas de ensino, assegurando a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina. Uma unidade didática é formada por assuntos inter-relacionados. Desta forma, os conteúdos referentes aos temas propostos deverão se relacionar entre si a fim de que seja desenvolvida uma reflexão e posterior análise de fontes históricas referentes aos temas abordados.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Para Hobsbawm, o Imperialismo do final do século XIX, era novo ou pelo menos era “sentido e discutido” como novo. Para ele, o novo era visto na esfera econômica e na modificação do contexto social e político dos países capitalistas industrializados e não mais pré-industriais; além de destacar a política econômica de concorrência entre potências rivais, o que leva ao enriquecimento e ao poder.
Em todos os impérios os dominantes sempre buscaram uma justificava para diferenciar dominantes de dominados, seja por superioridade racial, militares ou moral, entre outras. Hobsbawm também tem a visão de uma justificativa para tornar o Imperialismo aceitável- para os dois sujeitos-dominantes e dominados.
O sentimento nacionalista é perceptível no passado e no presente. Os imperialistas visando à afirmação da supremacia e os “dominados” representando uma resistência à unificação global, onde as colônias sempre tiveram desvantagens. Vale salientar que a economia desregrada causou uma desigualdade econômica entre as metrópoles e os países dependentes. De acordo com Hobsbawm este fato encorajou as massas, e, sobretudo as potências descontentes, a se identificarem com o Estado e às nações imperiais. O autor defende que mesmo sendo o colonialismo apenas um dos aspectos de uma mudança mais geral das questões mundiais, foi o de impacto mais imediato, pois causou uma série de transformações nas várias sociedades mundiais.
Foi no período de 1830 a 1914 que nasceu, cresceu e se solidificou na Europa o movimento dos nacionalismos. Tendo na Revolução Francesa sua origem, e atuando como reação à Restauração, o Nacionalismo provocou o aparecimento de Estados que se tornaram grandes potências: Bélgica, Alemanha, Itália. Foi também por sua causa que o povo e a elite política uniram vozes.
Eric Hobsbawm apresenta três soluções que a Europa das nacionalidades podia adotar em relação às aspirações nacionais dos pequenos povos: negar a sua legitimidade ou existência, considerá-los apenas como movimentos para uma autonomia regional (e não para obter a independência), ou podiam ainda aceitá-los como fatos incontroláveis. As consequências do nacionalismo europeu são amplas. Não foi a criação de uma nova Europa, mas principalmente o despertar da resistência à opressão, o levantamento dos pequenos que conseguiram chegar a grandes. Para o autor, o Nacionalismo está na origem do despoletar da Primeira Guerra Mundial. Para Hobsbawm:
A discussão sobre a gênese da Primeira Guerra Mundial tem sido ininterrupta desde agosto de 1914. Provavelmente correu mais tinta, mais árvore foram sacrificadas para fazer papel, mais máquinas de escrever trabalharam para responder a essa pergunta do que a qualquer outra na História- inclusive talvez o debate em torno da Revolução Francesa. (HOBSBAWM, 2014,p.470).
Na opinião deste historiador, as origens do conflito eram uma questão de importância cadente e imediata. Naquele período, o relacionamento entre as potências europeias estavam longe de ser pacífico e muito menos tinham intenções pacifistas. Segundo Hobsbawm, a partir de certo ponto “a guerra pareceu tão inevitável que alguns decidiram que a melhor coisa a se fazer seria esperar o momento mais propício, ou menos desfavorável, para iniciar as hostilidades”.
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