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A vitória das mulheres na luta por posicionar-se na sociedade

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Por:   •  10/8/2014  •  Resenha  •  509 Palavras (3 Páginas)  •  408 Visualizações

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As vitórias das mulheres em sua luta para se posicionar na sociedade, sobretudo no que diz respeito ao mercado de trabalho, são imensas. Prova disso é que temos mulheres como presidentes de grandes empresas, como Graça Foster na Petrobras, ou até mesmo Dilma Rousseff, como primeira presidente mulher do Brasil. Mas, ainda há muita disparidade no tratamento dispensado por empresas, e até mesmo pelo setor público, para homens e mulheres.

O primeiro quesito que chama atenção é a diferença salarial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quanto mais elevado o grau de escolaridade das mulheres no mercado de trabalho, maior a diferença salarial na comparação com os homens. Em 2002, aponta o estudo, o rendimento das mulheres era equivalente a 70% do rendimento dos homens. Dez anos depois, o crescimento foi tímido: a relação passou para 73%.

No Espírito Santo, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a renda média do trabalho masculino é R$ 1.098,74. Já a feminina é cerca de 15% menor, equivalendo a R$ 928,11. Só para se ter uma ideia, a renda media total capixaba é de

R$ 1.037,54. Os dados são de 2013 e englobam apenas a renda proveniente do salário.

Essas diferenças gritantes, são reflexo da herança de uma sociedade patriarcal, que tem no homem o “grande provedor”, segundo a supervisora de recrutamento e seleção do Grupo Employer, Aline Cristina Siqueira.

“É uma questão mais cultural mesmo, devido ao fato de que o mercado de trabalho sempre foi dominado pelo homens. Apesar das nossas batalhas, da gente ter conseguido um lugar ao sol, ainda estamos batalhando para chegar num patamar de alguns níveis hierárquicos semelhantes deles”, afirma Aline.

Esse panorama pode ser visto mais fortemente na Região Norte, onde ainda há uma estrutura machista, patriarcal, em que ainda coloca a mulher em "posição secundária de educar os filhos". Além da questão salarial, há a questão da contratação: empresas continuam preferindo homens, como aponta Aline.

“Consideramos uma discriminação sutil. As empresas colocam entraves justamente por conta desse estigma de a mulher ser mais frágil, e muitas vezes pela questão familiar, de a mulher ter filhos. O período de gestação, o afastamento por causa disso, tudo acaba tendo peso contra a própria mulher”,explica.

Entretanto, esse panorama vem mudando. Há hoje empresas que dão benefícios para as mulheres, como auxílio-creche, por exemplo, reconhecendo que elas são tão capazes quanto eles.

A discriminação, segundo a supervisora de recrutamento e seleção, é mais gritante nas vagas operacionais. Nelas a questão física pesa, já que os contratantes acreditam que as mulheres não consigam fazer certos tipos de tarefas teoricamente “destinadas aos homens”.

“Um exemplo que podemos dar é o trabalho de auxiliar logístico, que sempre foi ocupado pelo público masculino. No entanto, a procura tem sido muito mais feminina e a empresa se vê no momento de ter que aderir à mulher, pela escassez da mão de obra. O homem acaba tendo a opção de escolher a função que quer exercer, a mulher acaba se sujeitando a certas situações pela necessidade de trabalhar”,

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