ACONTECIMENTOS DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA E TODO O SEU CONTEXTO SOCIOECONÔMICO
Trabalho Escolar: ACONTECIMENTOS DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA E TODO O SEU CONTEXTO SOCIOECONÔMICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MaduBreggue • 14/9/2014 • 3.132 Palavras (13 Páginas) • 452 Visualizações
ACONTECIMENTOS DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA E TODO O SEU CONTEXTO SOCIOECONÔMICO
Denise Rocha¹
Donadonny Junkes
Guilherme Coutinho
Maria Eduarda Breggue
Rhaysa Teixeira
Universidade Estácio de Sá, São José, Brasil
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RESUMO: O artigo em questão apresenta a contextualização da proclamação da República. No final da década de 1880, a monarquia estava em crise, pois as mudanças sociais não atendiam aos interesses da elite. Assim, foi necessário ser imposto um novo regime. Dessa forma, em 1889 foi proclamada a República consistindo em um governo do povo. A proclamação acaba sendo um golpe militar que tornou contraditório alguns aspectos do que deveria ser a República, assim, gerando guerras e revoltas contra o Estado. Com a instalação do regime republicano foi preciso um novo conjunto de leis. Em 1891, a Constituição trouxe novas perspectivas principalmente quanto a escolha dos representantes através do voto direto. Esse período também trouxe mudanças de grande importância no processo de industrialização e no crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança socioeconômica.
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1 INTRODUÇÃO
Boris Fausto (1999), explica que a monarquia passava por um período complicado, pois não correspondia mais aos interesses da elite, uma vez que não acompanhava as mudanças sociais. Questões como abolição da escravidão, falta de apoio aos produtores rurais, o descontentamento dos militares, a interferência na igreja Católica e a incerteza do próximo reinado influenciaram na queda da monarquia.
A abolição da escravatura ocorreu dia 13 de maio de 1888 com a lei Áurea. No dizer de Fausto (1999) “O Brasil sofria de uma fraqueza básica em sua frente interna, pois não podia contar com a lealdade de uma grande parcela da população.” A classe social dominante não aprovava a abolição, pois dependiam do trabalho escravo para realizar desde as tarefas domésticas, atividades econômicas até o trabalho nos aros agrícolas. Mesmo com a abolição os escravos continuaram sendo discriminados e explorados devido a falta de recursos dados pelo governo para se manterem e a dura opressão feita a sua cultura.
Os militares, principalmente do exército, passavam por uma fase de desvalorização. As promoções demoravam e tinham pobres condições de vida. Não possuíam autonomia, seguiam as ordens do governador e dos Ministros de Guerra, maioria civis, sendo até mesmo proibidos de dar depoimentos aos jornais sem autorização prévia concedida.
Após a guerra do Paraguai² com a reorganização da Academia Militar muitos oficiais começaram e ter influência na política, como o Deodoro e Floriano. Outro fator importante foi a Escola Militar de Praia Vermelha, onde passou a ser um centro de estudos de matérias como filosofia e letras. Dessa forma, não demorou muito para que os ideais positivistas entrassem em contato com inúmeros militares, principalmente depois que Benjamim Costant tornou-se professor da escola (Fausto, 1999).
Para Boris Fausto (1999), o conflito entre igreja e Estado teve início nas novas diretrizes do Vaticano, quando o bispo Dom Vital de Olinda, seguindo as ordens do Papa Pio IX, proibiu a entrada de maçons na Igreja Católica. Acontece que muitos maçons eram pessoas influentes na política, como o Visconde de Rio Branco. Dessa forma o bispo foi preso e condenado. Tudo isso só resolveu depois de uma substituição no gabinete Rio Branco, o perdão ao bispo e também quando o papa voltou atrás com sua proibição.
2 PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
No dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República e instalou um Governo Provisório. Assim, derrubando o Império e acabando com a soberania (Fausto, 1999).
Descreve Alencar, Carpi e Ribeiro (1994) que o povo acolheu, confraternizando nas ruas com grandes exclamações, a nova forma de governo. As províncias onde o republicanismo eram mais fortes eram Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Estes em seus jornais alegavam que o grande responsável pela proclamação era o povo, somado ao Exército e a Marinha. Porém havia uma rivalidade, enquanto o Exército tinha sido o autor do novo regime, a Marinha tinha a ideia de estar ligada à Monarquia.
Para Fausto (1999) a república basicamente consistia em uma forma de organização do Estado que seria: “constituída de cidadãos, representados na direção do Estado por um presidente eleito e pelo Congresso.” E segundo (Alencar, et al. apud Sales, 1994) a república baseia-se num poder supremo popular, ou seja, “no direito que tem a nação de construir e organizar o Estado”. Portanto a participação da população tem papel importante na forma como a república se organiza.
Segundo Fausto (1999) em 24 de fevereiro de 1891 é promulgada a constituição da república sendo nomeado para presidente marechal Deodoro da Fonseca e marechal Floriano Peixoto para vice. Deodoro da Fonseca com uma crise de autoritarismo se desentende com o congresso que resolve o dissolver, assim a Marinha se revolta e para evitar uma guerra Deodoro da Fonseca renuncia assumindo então Floriano Peixoto. Floriano reuniu o congresso com intuito de restabelecer a ordem, mais ele não atende ao pedido da constituição que seria de uma nova eleição e novamente a Marinha protesta.
Segundo o documentário Proclamação da República no Brasil (2014), em 1894 assume a presidente Prudente de Morais o primeiro presidente civil depois do governo dos marechais foi o início do domínio dos cafeicultores sobre a vida política do Brasil.
Com a saída de Prudente de Morais assume Campo Sales e ele consegue restaurar as finanças com a ajuda dos governadores em troca ele apoiava os candidatos e senadores como São Paulo e Minas Gerais elegiam a maioria dos deputados essa aliança se denomina política do café com leite, sendo o café de São Paulo e o leite de Minas Gerais, e até 1930 a maioria dos presidentes eleitos eram mineiros ou paulistas (Proclamação da República no Brasil, 2014).
Consta no documentário Proclamação da República no Brasil (2014) que em 1902 se elege para presidente Rodrigues Alves, ele remodela o Rio de Janeiro e acompanhado do médico Osvaldo Cruz acabou
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