AD1 DE HISTÓRIA SOCIOLOGIA - CEDERJ
Por: LuciaSantos2 • 5/5/2017 • Artigo • 1.431 Palavras (6 Páginas) • 520 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH Licenciatura em História - EAD UNIRIO/CEDERJ
AD1 - PRIMEIRA AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA - 2015.2
DISCIPLINA: HISTÓRIA E FILOSOFIA
Coordenação: Professora Valéria Wilke Nome: |
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QUESTÃO:
A linguagem e a expressão escrita são elementos basilares para a pesquisa acadêmica, a produção científica e sua divulgação. Um dos pressupostos do conhecimento de tipo científico e filosófico é a busca de elementos que adotam um pensamento crítico, que não apenas reproduz o que todo mundo diz, mas se lança na investigação das causas e das razões. A partir da leitura do texto sobre a Ética em Pesquisa na área de Ciências Humanas, e da Cartilha sobre o Plágio Acadêmico, produza um texto dissertativo (mínimo de 500 palavras) articulando-os e explicitando suas questões centrais, comentando também possíveis estratégias de fuga do senso comum.
1 - Introdução
Falar sobre plágio não é um assunto muito difícil, pois a grande maioria tem conhecimento de seu significado, até porque foi bem popularizado em músicas. Mais para evitar dúvidas, segundo o dicionário Aurélio, plágio é:
“s.m. Ação ou efeito de plagiar. Jurídico. Ação de apresentar alguma coisa (trabalho, livro, teoria etc.) como se esta fosse de sua própria autoria, embora tenha sido criada e/ou desenvolvida por outrem; plagiato. (Etm. do grego: plágios.a.on)”.
Agora o que é preciso se levar em conta é que é super difícil, para a maioria dos alunos e estudantes em geral, incluindo os de nível universitário, munir-se de ferramentas que os norteiem a seguir suas próprias ideias, deixando de lado a ideia de outrem, evitando assim o plágio. O plágio conta com três tipos: o integral, o parcial e o conceitual. No plágio integral é copiado palavra por palavra do texto original sem citar o autor verdadeiro do texto, no plágio parcial, a pessoa que está escrevendo faz um “mosaico” de vários textos e com isso acha que não cometeu um plágio e, temos ainda, o plágio conceitual, onde utiliza-se a ideia do autor, escrevendo de outra forma, mais novamente sem citar o autor verdadeiro.
2 – Plágio e a vontade de buscar conhecimento
Hoje a facilidade que temos de acesso a internet e automaticamente a grandes pesquisas, textos, documentários e ideias de outros autores, nos torna relapsos a expor nossas ideias e criar textos verdadeiramente escritos por nós, sem que ocorra algum tipo de plágio.
Acredita-se que esses erros (plágios) se dão em partes a estas facilidades modernas, mais se buscarmos profundamente a questão, isto usando o senso comum e não bases científicas, veremos que hoje os alunos, de forma geral, leem muito menos que antigamente, quando todos tinham que ler um livro por semana nas escolas, mesmo nas públicas. Hoje o que nossos adolescentes leem? Segundo a Associação Nacional de Livrarias, “o brasileiro lê em média quatro livros por ano, entre literatura, contos, romances, livros religiosos e didáticos. Deste total, o brasileiro lê 2,1 livros inteiros por ano e dois em partes”.
Segundo Romancini (2007) o aluno é a pessoa mais prejudicada pelo plágio, ele acaba perdendo o direito de “aprender”. Esse aprender passa pelas diversas visões de um assunto por diferentes autores, o que nos instiga a buscar mais e mais para realmente conhecer um assunto ou um fato. Então como diremos que o aluno pode pensar e buscar respostas próprias, pois ele não possui conhecimentos necessários para tal, eles não se aprofundam em busca de conhecimento. Enfim, precisamos buscar ferramentas para que estes alunos se aprofundem e busquem suas próprias ideias para formar textos únicos, sem qualquer tipo de plágio.
3 - Ética
Estes levantamentos sobre plágio nos leva a outro ponto importante em relação às pesquisas científicas e aos artigos: a ética. Segundo Álvaro Valls:
“...a ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta. Muitas vezes apontamos, ou melhor, julgamos um comportamento como não sendo ético ou como um ato de imoralidade. Mas, na realidade, por vezes não sabemos diferenciar ética de moral”. (1994, p. 07)
Essa é uma discussão que remonta Platão, já em sua obra A República, ele diz “uma pessoa boa e justa consequentemente é uma pessoa dotada de princípios éticos”. Vamos a nossos dias atuais. Será? Hoje em dia temos pessoas que vestem uma capa de superbonzinhos para a sociedade e, no entanto não estão nem aí para a verdadeira ética, na primeira oportunidade estará sendo antiético. Não precisamos ir longe, vamos olhar o atual quadro político brasileiro.
Claro que cada um de nós teve uma educação, uma cultura, acesso a veículos e coisas diferentes, como teatro, cinema, viagens e outras coisas que moldam nossa educação. Temos características próprias e peculiares de cada lugar que vivemos, já que moramos em um país de dimensões continentais, além é claro, de sermos um país que aceita, e de bom grado, pessoas que escolheram o Brasil como pátria, vindo dos mais diversos locais do mundo. Mais estamos todos inseridos em uma sociedade, onde não é fácil viver, pois temos que aceitar e conviver com essas grandes diferenças.
Mario Sergio Cortella, autor do livro A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos (2008, p. 136), fala sobre as três questões éticas: quero? devo? posso? Ele diz também:
“o ser humano é um ser social por excelência e, viver em sociedade não é fácil, temos que aceitar conviver com as diferenças de cada indivíduo, às vezes, não só conviver com elas, mas respeitá-las e aceitá-las. As consequências do bom ou mau convívio, dependerá de nossas atitudes e escolhas”.
Então, paramos e pensamos, ética é um assunto que nos daria páginas e páginas de pensamentos, tanto de senso comum quanto nas análises de causas e razões científicas. Mais o importante é realmente responder as três perguntas básicas de Mario Sergio Cortella. Posso fazer isso? Devo fazer aquilo? Posso fazer isso, sem prejudicar ninguém? Isto já fará de qualquer um sujeito melhor, para um mundo melhor.
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