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Absolutismo

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Por:   •  16/5/2014  •  Artigo  •  1.558 Palavras (7 Páginas)  •  232 Visualizações

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O Absolutismo apresentou-se como uma forma de governo conveniente para superar os entraves do mundo feudal. É bem verdade que, desde o século XI, com o reaquecimento das atividades comerciais pela Europa, alguns costumes e práticas da Idade Média perderam espaço para o início de um novo período histórico.

No Estado Absolutista, a autoridade máxima era representada pela figura do rei, que na grande maioria dos casos tinha origem nobre. A partir disso, podemos evidenciar que a nobreza detentora de terras, poderosa durante o mundo feudal, também participou dos mais elevados quadros políticos da Idade Moderna. É importante lembrar que os nobres, dentro do Estado Absolutista, desfrutavam de grandes privilégios como, por exemplo, a isenção de impostos, contudo não podemos deixar de frisar o papel da burguesia, que via na unificação e nas padronizações político-adminstrativas, um meio eficaz para ampliar seus ganhos comerciais.

Além disso, o comércio internacional europeu, baseado na compra de produtos orientais (especiarias, objetos raros, pedras preciosas), tendia a se estagnar, pois os nobres, empobrecidos pela crise do feudalismo, cada vez compravam menos essas mercadorias. Os tesouros acumulados pela nobreza durante as Cruzadas escoavam para o Oriente, em pagamento das especiarias. O resultado disso foi a escassez de metais preciosos na Europa, o que criava mais dificuldades ainda para o desenvolvimento do comércio.

A solução para esses problemas estava na exploração de novos mercados, capazes de fornecer alimentos e metais preciosos a baixo custo e, ao mesmo tempo, aptos para consumir os produtos artesanais fabricados nas cidades européias. Mas onde encontrar esses novos mercados?

O comércio com o Oriente estava indicando o caminho. Os mercados da Índia, da China e do Japão eram controlados pelos mercadores árabes e seus produtos chegavam à Europa ocidental através do mar Mediterrâneo, controlado por Veneza, Gênova e outras cidades italianas. O grande número de intermediários nesse longo trajeto encarecia muito as mercadorias. Mas se fosse descoberta uma nova rota marítima que ligasse a Europa diretamente aos mercados do Oriente, o preço das especiarias se reduziria e as camadas da população européia com poder aquisitivo mais baixo poderiam vir a consumi-las.

No século XV, a burguesia européia, apoiada por monarquias nacionais fortes e capazes de reunir grandes recursos, começou a lançar suas embarcações nos oceanos ainda desconhecidos — Atlântico, Indico e Pacífico - em busca de novos caminhos para o Oriente. Nessa aventura marítima, os governos europeus dominaram a costa da África, atingiram o Oriente e descobriram um mundo até então desconhecido: a América.

Com a descoberta de novas rotas comerciais, a burguesia européia encontrou outros mercados fornecedores de alimentos, de metais preciosos e de especiarias a baixo custo. Isso permitiu a ampliação do mercado consumidor, pois as pessoas de poder aquisitivo mais baixo puderam adquirir as mercadorias, agora vendi­das a preços menores.

A ênfase da definição do feudalismo não será baseada na relação entre produção e destinação do produto, mas na relação entre o produtor direto (artesão ou agricultor) e seu superior imediato, ou senhor, e no teor sócio-econômico da obrigação que os liga entre si.

Tal definição caracterizará o feudalismo primordialmente como um "modo de produção" onde uma obrigação é imposta ao produtor pela força e independentemente de sua vontade para satisfazer certas exigências econômicas de um senhor, quer tais exigências tomem a forma de serviços a prestar ou de taxas a pagar em dinheiro ou em espécie.

A servidão contrasta com o capitalismo no sentido de que, sob este último, o trabalhador, em primeiro lugar (como sob a escravidão), não é mais um produtor independente, mas acha-se divorciado de seus meios de produção e da possibilidade de prover sua própria subsistência. Diferentemente da escravidão, sua relação com o proprietário dos meios de produção que o emprega é puramente contratual (um ato de venda ou assalariamento terminável a curto prazo): perante a lei, ele é livre, tanto para escolher como para trocar de patrão, não estando sob qualquer obrigação, a não ser a imposta por um contrato de serviço, de contribuir com trabalho ou pagamento para um patrão.

A servidão feudal tem sido associado a um baixo nível de técnica, no qual os instrumentos de produção são simples e em geral baratos, e o ato de produção tem caráter em grande medida individual; a divisão do trabalho mostra-se em níveis bem primitivos de desenvolvimento; produção para as necessidades imediatas. O crescimento do comércio trouxe o comerciante e a comunidade comercial, que se nutriu como um corpo estranho à sociedade feudal. A crescente circulação financeira através da troca penetra a auto-suficiência da economia senhorial e a presença do mercador incentivou uma inclinação crescente no sentido de se permutar produtos excedentes e produzir para o mercado.

Desenvolveu-se a tendência de comutar a prestação de serviços por um pagamento em dinheiro ou continuar seu cultivo com mão-de-obra assalariada, que óbviamente teve como condição necessária o crescimento do mercado e das transações efetuadas em dinheiro.

A evidência indica com vigor que a ineficiência do feudalismo como um sistema de produção, conjugada às necessidades crescentes de renda por parte da classe dominante foi fundamentalmente responsável por seu declínio, uma vez que essa necessidade de renda adicional promoveu um aumento da pressão sobre o produtor a um ponto em que se tornou literalmente insuportável. A fonte da qual a classe dominante feudal extraia sua renda, e a única a partir da qual tal renda podia ser aumentada, era o tempo de trabalho excedente da classe servil, além daquele que se fazia necessário para prover à própria subsistência da última.

Devido à baixa produtividade, pouca margem restava para se obter o excedente, levando a reduzir o nível de subsistência abaixo de padrões aceitáveis.

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