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Por:   •  1/6/2016  •  Abstract  •  1.829 Palavras (8 Páginas)  •  245 Visualizações

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Eric Hobsbawn nos mostra que a Revolução Francesa marcou a política  e ideologia do século XIX . Esta pode até não ser um fenomeno isolado, mas foi de grande importancia para os demais movimentos contemporaneos e teve consequencias mais profundas. Isto se dá pela Revolução ter ocorrido no segundo pais mais populoso e poderoso da Europa, por ser diferente de todas as revoluções que a procederam e sucederam, sendo mais radical do que os demais levantes, e por ter um carater universalista.

Segundo Hobsbawn devemos procurar as origens da Revolução Francesa nas condições especificas da própria França, que era a mais poderosa quando se trata de velhas e aristocráticas monarquias absolutas da Europa. Sendo assim, o conflito entre a estrutura oficial e os interesses estabelecidos era mais aguçado, quando comparado a outras partes.

O autor nos mostra que as novas forças sabiam qual era seu objetivo. A Revolução teria começado como um tentativa da aristocracia para recuperar o Estado. Todavia as intenções independentes do Terceiro Estado foram subestimadas e desprezou-se a profunda crise socioeconomica na qual suas exigencias eram lançadas.

Para Hobsbawn, não houve um partido ou moviment organizado que liderou a Revolução Francesa. Até Napoleão, não houveram, nem mesmo, lideres como nas revoluções do século XX. Todavia, um consenso de ideias gerais entre a burguesia, deu ao movimento uma inidade. Suas ideias voltavam-se para o liberalismo clássico, que eram disseminado pelos filosofos, economitas, maçonarias e associações informais.

 As exigencias burguesas foram colocadas na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este é contra a sociedade hierarquica de privilegios nobres, mas não defende uma sociedade dedmocrática e igualitária. Contudo, o regime oficialmente expressaria não só interesses de classes, mas também a vontade geral da nação francesa.

Hobsbawn nos mostra que as exigencias entre as exigencias do Terceiro Estado estava estava a busca pelo direito de explorar a sua grande maioria de votos, transformando, desta forma os Estados Gerais, onde o voto era por  ordens ou estados em uma assembleia de deputados que  votariam individualmente. Temos ai a primeira vitória revolucionária.

Para Hobsbawn a conclamação dos Estados Gerais transformou a agitação reformista em uma Revolução, pois ocorreu em um momento de crise socieconomica. A contrarevolução se transformou em um levante das massas de Paris, que já estavam famintas, desconfiadas e militantes. O resultado foi a Queda da Bastilha, que ratificou a queda do depotismo e foi vista como principio de libertação.

O autor nos mostra que, houve também, em julho de 1789, uma onda de panico das massas que se espalhou por todo pais e gerou o Grande Medo. Este gerou a ruina da estruturasocial do feudalismo rural francês e da maquina estatal da França. Além disso, a classe média e a aristocrática perderam seus privilegios e houve a formulação da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.

Hobsbawn nos mostra que, neste momento, podemos perceber reformadores da classe média mobilizando as massas contra a resistencia. Veremos também, as massas indo além dos moderados e buscando suas proprias revoluções sociais, os moderados dividindo-se em um grupo conservador e outro de esquerda, que buscava o apoio das massas, mesmo podendo perder o controle sobre elas. Houve, então, diversos modelos de resitencias, até que a maior parte da classe média passasse para o campo  conservador ou fosse derrotada pela Revolução.

        Segundo Hobsbawn, os liberais moderados retrocederam ou voltaram-se para o conservadorismo, pois não queriam que a Revolução fosse iniciada, pois tinham medo das consequencias. Logo, preferiam apoiar o rei e a aristocracia. Todavia, na Revolução Francesa, parte da classe média liberal estava disposta a continar a revolução.

        Aopós 1794, os moderados viram que o regime jacobino que havia se instaurado, buscou os objetivos e comodidades dos burgueses. Além disso, os revolucionários viam que se o sol de 1793 brilhasse novamente, seria para uma sociedade burguesa.  Os jacobinos poderiam sustentar seu radicalismo, pois no periodo não havia uma classe que daria uma solução (pois para Hobsbawn, tal classe seria a operária, mas esta só surgiu durante a Revolução Industrial).

        Para Hobsbawn, a alternativa para o radicalismo burguês seria, então, os sansculottes, que  formavam um movimento DIFORME, pricipalmente urbano, onde havia trabalhadores pobres, pequenos artesãos, lojistas, etc. Estes organizavam-se nas seções de Paris e nos clubes politicos locais e eram os verdadeiros manifestantes. Sua politica combinava o respeito pela pequena propriedade privada, trabalho garantido pelo governo, salario e segurança social para o homem pobre e uma democracia extremada, de igualdade e liberdade.

Entretanto, segundo Hobsbawn, o ideal dos sanscullotes não poderia ser realizado. Eles poderia, somente, dificultar o crescimento economico frances daquele periodo. Além disso, o sansculotismo foi tão desanparado que foi praticamente esquecido.

Segundo Hobsbawn, a burguesia, na Assembleia Constituinte, tomou providencias para a racionalização e reforma da França. Economicamente, suas pespectivas eram liberais. A Contituição de 1791, firmou uma democracia exessiva atraves de um sistema de monarquia contitucional, baseada no deireito de voto censitário dos cidadãos ativos, e esperava-se que os homens passivos concordassem com tal dominação, mas isto não aconteceu.

Para o autor, a monarquia pode até ter sido apoiada por uma grande fração burguesa ex revolucionário, mas não podia confrontar o novo regime. Tais problemas, somados a oposição do clero, fez com que o rei ficasse desesperado e tentasse fugir, mas foi capturado, fazendo com que o republicanismo se tornasse a força das massas, pois os reis que deixam seu povo, perdem a lealdade.

Todavia, a economia livre dos moderados, elevou as flutuações dos preços e alimentos, e por consequencia, a militancia dos pobres nas cidades, principalmente em Paris. A eclosou da guerra, tornou a situação mais grave ainda, fazendo com que houvesse uma segunda Revolução em 1792, sendo esta a Republica Jacobina.

Segundo Hobsbawn, para os franceses, a guerra levaria a liberdade e a convicção de que a pátria deveria libertar aqueles que estavam sofrendo com a tirania. Além disso, também seria a solução de muitos problemas internos.

O autor nos mostra que a guerra foi declarada em abril de 1792, a monarquia foi derrubada em agosto-setembro e a Rebuplica foi estabelecida. Todavia, é importante ressalta que a guerra possuia sua própria lógica. O partido dominante no período eram o girondino. Entretanto, para Hobsbawn, somente metodos revolucionários poderiam ganhar a guerra. Assim, a Republica Francesa descobriu a guerra total.

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