Ajuda com Prudente de Moraes, Campos Sales e Rodrigues Alves com perguntas
Por: Gle Gomes • 20/8/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 6.276 Palavras (26 Páginas) • 246 Visualizações
Prudente José de Moraes Barros
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Advogado, nascido em Itu, São Paulo, em 4 de outubro de 1841. Seus pais eram José Marcelino de Barros (tropeiro) e Catarina Maria de Morais. Em 1846, seu pai fora assassinado por um escravo e sua mãe casou-se com viúvo Caetano José Gomes Carneiro. Viveu em Piracicaba por dois anos e ao casar-se com Adelaide Benvinda Gordo, mudaram-se para propriedade da família dela em Santos, voltando para Piracicaba anos depois. Teve 10 filhos, José na época da Faculdade e 9 deles com sua esposa. A casa que habitavam virou Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.
Sua carreira pode ser elencada desta forma: Bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo (1863). Vereador e presidente da Câmara Municipal de Piracicaba (1865-1868). Deputado provincial em São Paulo pelo Partido Liberal - PL (1868-1869). Filiou-se ao Partido Republicano Paulista - PRP (1876). Deputado provincial pelo PRP (1878-1879/1881-1882). Deputado geral por São Paulo pelo Partido Republicano - PR (1885). Deputado na Assembleia Geral do Império, por São Paulo, pelo Partido Republicano (1885-1886). Deputado provincial (1888-1889). Foi Governador (Presidente do Estado de São Paulo), Senador e Presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891 (Marco da transição de Monarquia para República – 2ª Constituição do Brasil, 1ª do Sistema Republicano de Governo) e terceiro Presidente do Brasil.
Após a junta governativa de São Paulo, instituída com a proclamação da República, assumiu o governo do estado (1889-1890) e como senador pelo mesmo Estado, exerceu a presidência da Assembleia Nacional Constituinte (1890-1891) e a vice-presidência do Senado (1891). Disputou, nesse mesmo ano, a presidência da República com Deodoro da Fonseca, perdendo a eleição indireta por uma pequena margem de votos.
Substituiu Floriano Peixoto, titular da casa, tornou-se presidente do Senado até 1894 e em face da eleição direta, passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1894 e também chefia o Partido Republicano Dissidente de São Paulo (1901), falecendo na cidade de Piracicaba, São Paulo, em 13 de dezembro de 1902.
Vice Presidente
Manuel Vitorino
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Eleito Vice Presidente de Prudente de Moraes, nascido em 30 de Janeiro de 1853, filho de Vitorino José Pereira (marceneiro) e de Carolina Maria Franco Pereira, de origem pobre, foi médico e escritor na imprensa baiana, presidente do Bahia e Senador Federal. Entre 1896 e 97, foi Presidente interino, devido a Prudente de Moraes ter adoecido, e o sendo, transferiu o Governo do Palácio do Itamaraty para o Palácio do Catete (Flamengo – RJ)
Pretendia com esta e outras mudanças inovar, especialmente a educação, já que era professor de Medicina e ex diretor do Liceu de Artes Modernas e acessar a população de massa. Para essa Reforma de Ensino, nomeou uma Comissão, onde a presidia e sua formação continha grandes nomes da educação como Ernesto Carneiro Ribeiro (médico, professor e linguista, conhecido pela polêmica com seu ex aluno, Rui Barbosa, acerca da revisão ortográfica do Código Civil Brasileiro), Sátiro Dias, Virgílio Clímaco Damásio, dentre outros. Além disso, com intuito de promover a conciliação, dissolveu os Partidos Conservador e Liberal, criou a Milícia Civil, bem como uma caixa de financiamento dos altos custos para a educação em todas as suas esferas, regulamentou o alistamento escolar, encontrando naturalmente forte oposição não só por ter assumido a presidência interina, como por assumir também a presidência do Senado e por ser ligado aos jacobinos (corrente de pensamento republicana, laicista de extrema esquerda, opiniões revolucionárias extremistas). Entra em atrito com o governador do Rio de Janeiro, enfraquecendo as frentes do grupo ao qual pertencia, para fortalecer liderança de Nilo Peçanha (que assume a Presidência pós Afonso Pena), que rende o rompimento do Partido Republicano Fluminense com Vitorino.
A carreira de Vitorino sofre abalo com o atentado a Prudente de Moraes, que ao recepcionar os soldados em retorno de Canudos, sofre tentativa frustrada de assassinato, onde o soldado que tentou alvejá-lo por não conseguir, mata a facadas o ministro da guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt. Vitorino foi indiciado, acusado de envolvimento neste ato criminoso, e ainda que seu nome não tenha sido incluído no despacho final, arruinou sua carreira política, que o fez assumir a carreira jornalística, publicando críticas tendenciosas ao próximo presidente.
Conflitos
Revolta Armada
Movimento de rebelião de 1893, liderado por grupos militares, especialmente pela marinha contra o governo e os florianistas, cujas causas eram disputas e divergências políticas, contrários a ascensão política de civis, pouco prestígio da marinha em relação ao exército e a contestação da legalidade do governo de Floriano como vice, pois o mesmo só poderia assumir passado período de 2 anos. Contestavam o fim da monarquia.
Seus principais líderes eram Almirante Custódio de Melo e - Almirante Luiz Filipe Saldanha da Gama e o término dessa revolta se deu em Setembro de 1893, quando os navios da marinha bombardearam a cidade do RJ, o governo organizou o exército, impedindo o desembarque dos marinheiros. Todavia, ainda houve mais embates e o governo colocou fim mesmo em março de 1893.
Batalha da Lapa
O conhecido como Cerco da Lapa, foi mais uma revolta militar, envolvendo o exército, guarda nacional, polícia militar e voluntários do Paraná, durante a Revolução Federalista, que também não concordavam com a idéia de República, a terceira idade, principalmente com a abolição da escravatura que trouxe prejuízos, difundida com auxílio da imprensa curitibana, com intuito de descentralizarem a administração pública, autonomia ás províncias, que sucumbiram por falta de munição e alimentos.
Revolução Federalista
Foi um conflito no Rio Grande do Sul (1893 e 1895), que desencadeou uma revolta armada, envolvendo SC e PR também, cujos motivos foram a insatisfação política com o Presidente Rio grandense Júlio de Castilhos (partido Republicano), onde os chimangos (chamados de pica paus – defensores do governo de Júlio de Castilhos, da centralização política, do presidencialismo, do positivismo e governo federal) e os maragatos (opositores ao governo, federalistas, apoiavam a descentralização com base no parlamentarismo e exigiam uma revisão de constituição) brigavam por seus ideais.
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