Ambiente Econômico Global
Monografias: Ambiente Econômico Global. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gICA • 12/4/2013 • 1.146 Palavras (5 Páginas) • 1.092 Visualizações
AMBIENTE ECONOMICO GLOBAL
Título : Módulo 2. O Consenso de Washington e o processo de globalização
Conteúdo :
A crise deflagrada pela alta do petróleo acenava para o esgotamento das
políticas que combinavam liberalismo econômico e o Estado de Bem Estar Social (que, na
Europa, significou a eleição de vários governos sociais-democratas), e com o esquecimento
das lições do período entre-guerras e da Depressão. As teorias econômicas keynesianas, a
aliança entre o livre mercado e os mecanismos de controle do Estado que havia sustentado
os anos dourados do capitalismo no século XX, agora já não conseguiriam mais salvar as
economias à beira de processos inflacionários, desemprego e queda de produção. Tratavase
portanto de buscar um novo modelo econômico, capaz de fazer frente a esse novo
contexto mundial, uma variação do liberalismo econômico dos séculos XVIII e XIX. Esse
neoliberalismo propunha valores que defendiam “ a menor intromissão do Estado na
dinâmica de mercado, devendo o poder público se voltar para um conjunto limitado de
tarefas, tais como a defesa nacional, a regulação jurídica da propriedade e a execução de
algumas políticas sociais” (BARBOSA, 2006, p. 88). Quase que em oposição ao Estado do
Bem Estar, se propõe o Estado Mínimo: mínima intervenção, mínimas barreiras ao livrecomércio,
impostos mínimos, benefícios sociais mínimos. Sobreviverão os países que melhor
souberem aproveitar as oportunidades do mercado e as empresas que mais rapidamente
encontrarem vantagens competitivas. Sobreviverão os que forem mais capazes, numa clara
alusão ao Darwinismo, aplicado à economia.
O neoliberalismo, segundo George Soros, "coloca o capital financeiro ao volante" da
economia, retomando a clássica metáfora liberal de Adam Smith: a "mão invisível"
conduzindo o capitalismo ao equilíbrio econômico, contando com políticas de controle
inflacionário e do déficit público.
A crise do petróleo fez com que diversas economias capitalistas entrassem em
decadência, em função do elevado endividamentos gerado pela subida dos preços desse
fator de produção. A partir de então, diversos países passaram por crises recorrentes em
balanço de pagamentos, principalmente devido à maior quantidade de dólares que eram
requeridos para pagamento de importações de petróleo.
A mudança no comportamento do Estado, de interventor para neoliberal, dá-se em
função do período de crise vivenciado pelas economias capitalistas dos anos 1980, para
alguns a “Década Perdida”, e do período de elevação do endividamento público. Também
concorre para essa mudança o processo de inflação galopante, a maior característica do
período, que atingiu de forma sensível o Brasil.
Desta forma, a década dos noventa será o período no qual serão realizadas as
reformas necessárias para responder ao novo contexto econômico: ajuste fiscal, monetário
e administrativo, realizados sem uma participação próxima do Estado. É nesse período que
a economia mundial é atingida por uma onda de privatizações, seguindo a diretriz do Estado
mínimo. Somam-se a isso políticas fiscais contracionistas, como a elevação de tributação, a
diminuição de despesas e investimentos e as políticas monetárias restritivas, caracterizadas
pela elevação das taxas de juros com o interesse de diminuir investimentos produtivos e de
aumentar a expansão do crédito favorável ao capital especulativo.
Essas diretrizes econômicas que já se delineavam pontualmente foram devidamente
formalizadas pelo o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1990 sob a forma de um
conjunto de dez medidas econômicas voltadas a ajustar a economia de países que mal
sobreviviam economicamente desde a década de 80. Devidamente ratificado pelo Banco
Mundial e pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, o documento formulado a
partir de um texto do economista John Williamson foi chamado de Consenso de Washington.
Para Willamson, o Consenso de Washington seria "o mínimo denominador comum de
recomendações de políticas econômicas que estavam sendo cogitadas pelas instituições
financeiras baseadas em Washington e que deveriam ser aplicadas nos países da América
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Latina, tais como eram suas economias em 1989", resumidas em dez pontos:
- Abertura Comercial: redução de tarifas alfandegárias liberalizando o comércio
internacional;
- Privatização de Estatais: redução do papel do Estado como agentes ativos e empresários
nas economias nacionais;
- Redução dos Gastos Públicos: com o objetivo de viabilizar um maior superávit primário
para o pagamento de dívidas externas;
- Disciplina Fiscal: rígido controle sobre
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