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Arte Barroca No Brasil

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Por:   •  4/11/2013  •  1.252 Palavras (6 Páginas)  •  559 Visualizações

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A ARTE BARROCA NO BRASIL

O Barroco foi introduzido no Brasil no início do século XVII pelos jesuítas, que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. Nas artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho - na escultura e Mestre Ataíde - na pintura onde suas obras, consideradas as mais belas do país despontaram com maior encanto a partir de 1766.

O barroco brasileiro é associado claramente à religião católica. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco encontram-se os mais belos trabalhos de relevo em madeira - as talhas - e esculturas em pedra sabão. Já nas regiões mais pobres, onde não havia o comércio de açúcar e ouro, a arquitetura das igrejas apresentava aparência mais modesta, assim como as residências, chafarizes, câmaras municipais etc.

No Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, terras do Paraguai e Argentina, chamadas de região missioneira, a arquitetura era diferenciada da arquitetura do Nordeste e das regiões das minas de ouro, pois os jesuítas misturaram elementos da arquitetura românica e barroca da Europa, pois os construtores eram de origem europeia. No Nordeste, somente no século XVIII houve total domínio do requinte do barroco. De Salvador saia grande quantidade de riqueza do país para Portugal e também vinham os artistas portugueses e produtos. Riquíssima é a Igreja de São Francisco de Assis, com seu interior revestido de talha dourada levando para si o título de a Igreja mais linda do Brasil.

Os mestres maiores da arte sacra foram Aleijadinho e Mestre Ataíde, onde suas obras, consideradas as mais belas do país despontaram com maior encanto a partir de 1766. O período barroco brasileiro tem, então, em seus santos e suas igrejas a mais significativa manifestação de fé e de arte: não só uma fé intimista com que cada pessoa se relacionava com seu santo, mas também, como uma expressão ímpar de ver, sentir e vivenciar a arte.

ANTONIO FRANCISCO LISBOA - O ALEIJADINHO: As maiores expressões do Barroco Mineiro são, sem dúvida, o Aleijadinho e Ataíde. Mas a arte setecentista de Minas Gerais foi criação de uma infinidade de artistas, dos quais muitos permanecem no anonimato.

Antônio Francisco Lisboa - 1738/ 1814 Era o nome completo do Aleijadinho, nascido em Vila Rica, em 1738, filho bastardo do português Manuel Francisco Lisboa e de uma escrava, Isabel.

Tendo nascido escravo, foi libertado pelo pai no dia de seu batizado. Entalhador, escultor e arquiteto, trabalhavam madeira e pedra-sabão, de que foi o primeiro a fazer uso na escultura. Considera-se que tenha aprendido o ofício com o próprio pai e outros mestres, José Coelho Noronha e João Gomes Batista.

Mas é provável que sua genialidade criativa tenha prevalecido sobre as lições aprendidas. Quase tudo o que se sabe sobre a vida de Aleijadinho vem de uma memória escrita em 1790, pelo segundo vereador de Mariana, o capitão Joaquim José da Silva, e da biografia escrita por Rodrigo José Ferreira Bretãs, publicada em 1858. Ultimamente, sua vida e obra têm despertado o interesse de estudiosos dentro e fora do país, embora permaneçam ainda muitos pontos controvertidos. Uma grave doença o acometeu aos 39 anos de idade. A enfermidade deformou seu rosto e atacou seus dedos dos pés e das mãos, donde lhe veio o apelido. Apesar da doença, continuou a trabalhar incansavelmente, sendo auxiliado por três escravos: Januário, Agostinho e Maurício. Era este último que amarrava as ferramentas nas mãos deformadas do mestre.

O primeiro trabalho artístico importante do Aleijadinho data de 1766, quando recebeu a incumbência de projetar a Igreja de São Francisco, de Ouro Preto, para a qual realizou posteriormente várias outras obras. Quatro anos depois, desenvolveu trabalhos para a Igreja do Carmo, de Sabará. Em seguida trabalhou para a Igreja de São Francisco, de São João del Rei. Enfim, ele recebia muitas encomendas, e às vezes, prestava seus serviços em obras de duas ou mais cidades simultaneamente. No final do século XVIII, ele se encontra em Congonhas, onde permaneceu de 1795 a 1805, trabalhando para o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, para o qual esculpiu os Profetas em pedra-sabão e as estátuas de madeira dos Passos da Paixão. Seu último trabalho, de 1810, foi o novo risco da fachada da Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes. Ficou cego pouco depois, e viveu os últimos anos sob os cuidados de Joana Lopes, sua nora. Faleceu em 1814, aos 76 anos de idade, tendo sido sepultado no interior da Matriz de Antônio Dias, em Ouro Preto.

Mosteiro de São Bento / Rio de Janeiro

Anjo da Paixão / Aleijadinho - Santuário de Matosinhos

Igreja de São Francisco / Bahia

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