Artigo Joao Gulart

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO-UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS-CCH

CURSO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA- HISTÓRIA DO BRASIL IV

PROF. VAGNER CABRAL

DOMINGOS SORIANO SÁ

Trabalho apresentado à disciplina história do Brasil IV, ministrada pelo Professor Dr. Vagner Cabral como requisito básico para obtenção da terceira nota.

São Luís-MA

2014

JOÃO GOULART E A COMISSÃO DA VERDADE

Domingos Soriano Sá, graduando em história pela Universidade Federal do Maranhão.

[e-mail]

RESUMO: A comissão nacional da verdade tem como objetivo, investigar e esclarecer crimes de violação dos direitos humanos, cometidos por militares, durante o período do regime militar no Brasil. Nesse período inúmeras pessoas desapareceram e outras foram assassinadas; e até o atual momento não havia nenhuma explicação coerente do governo brasileiro, que explicasse tal fato, apesar de algumas tentativas de esclarecimento, nada passou de mera especulação uma vez que sempre houve empecilhos, que impediam que fossem abertos arquivos, desse período sombrio da historia do nosso país, sob a alegação de que iria mexer-se em uma ferida, ocasionando dores e ódio nos familiares das vitimas da ditadura militar.

PALAVRA-CHAVE: João Goulart, Comissão Nacional da Verdade, Crimes, Ditadura Militar.

ABSTRACT: A national truth commission aims to investigate and clarify the human rights violations committed by the military during the period of military rule in Brazil crimes. During this period many people disappeared and others were murdered, and until today there was no coherent explanation of the Brazilian government, to explain this fact, despite some attempts of clarification, nothing happened mere speculation since there were always obstacles that prevented files that were opened, this dark period in the history of our country, on the grounds that it would mess up on a wound, causing pain and hatred in the relatives of victims of the military dictatorship.

KEYWORDS: João Goulart, National Commission for Truth, Crimes, Military Dictatorship

JOÃO GOULART E A COMISSÃO DA VERDADE

Criada pela lei 12528/2011, e instituída em 16 de maio de 2012, a comissão nacional da verdade, busca esclarecer crimes de violação de direitos humanos ocorridos no Brasil, durante o período compreendido como ditadura militar, de 18 de setembro de 1946, a 05 de outubro de 1988. Essa comissão tem um prazo de dois anos para averiguar os crimes cometidos por militares e que ainda não foram esclarecidos de forma satisfatória; diante da quantidade de material a ser analisado sentiu-se a necessidade de ampliação do prazo da citada comissão, onde a presidente Dilma, utilizou-se de uma medida provisória de nº632, que em seu artigo 25 prorroga o prazo de funcionamento da comissão até o dia 16 de dezembro de 2014, para seus membros apresentem seus relatórios.

A instalação da comissão nacional da verdade pretende fazer um resgate de um passado sombrio da história brasileira, não que a historiografia brasileira não tenha feito nenhum trabalho sobre tal período, mas é que na verdade nunca consegui esclarecer tais fatos ocorridos naquela época, devido às dificuldades de acesso a documentos secretos desse período da história do nosso país, algumas tentativas de esclarecimento foram barradas por pessoas que não tinham e não tem nenhum interesse em esclarecer esses crimes, com a justificativa de que isso só iria trazer dores e ódio entre os envolvidos, explicação essa nada convincente, pois inúmeros crimes foram cometidos e silenciados por aqueles que se encontravam no poder, e precisão serem esclarecidos a sociedade brasileira.

Ao instalar a comissão a presidente Dilma destacou que o Brasil precisa conhecer a totalidade de sua história e disse que as investigações não serão movidas pelo ódio ou revanchismo. ”A ignorância sobre a história não pacífica, pelo contrario, mantém latente mágoas e rancores”, acrescentou. Parafraseando Galileu Galilei, a presidente lembrou que “a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adia-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje esse tempo chegou”. ( cnv ).

Belas palavras ditas pela presidente, sendo ela uma das vítimas do regime, ai investigado, entretanto, o que dirá os familiares das vitimas assassinadas durante esse período ao tomar conhecimento de informações que podem levar aos verdadeiros mandantes e assassinos de seus entes queridos, que poderiam estar vivos aos seus lados? A presidente pôde contar com a sorte de estar viva e poder colaborar para que possamos conhecer de fato esse passado da nossa história que tanto nos incomoda. Esse tempo chegou como ela mesma disse, entretanto essa comissão não tem o pode de punir ninguém, apenas esclarecer pontos obscuro da trajetória do regime militar, pois muitos dos culpados já nem vivos estão mais, ficaram os familiares com suas dores, seus ódios e nada puderam fazer a não conhecer a verdade sobre o acontecido com seus familiares, pois esse tempo tão demorado que agora chegou, chegou tarde demais.

DA CRISE A TOMADA DE PODER DOS MILITARES E SEUS GOVERNOS AUTORITÁRIOS

A crise desencadeada ainda no governo de Jânio da Silva Quadros, que o levou a renuncia do mesmo assumindo em seu lugar o vice João Goulart, este por sua vez ao assumir o governo toma medidas que aproximaram governo de organizações sociais, estudantis e populares, ocasionando preocupações às classes dominantes, entre elas empresários, igreja, classe média e é claro os militares, que insatisfeitos com os acontecimentos, temiam que o país sofresse um golpe liderado pelos comunistas e se tornasse socialista. Essa crise só aumentava com o passar do tempo, diante desse clima de tensões sociais, no dia 31 de março de 1964, tropas militares de são Paulo e minas gerais com o argumento de evitar uma guerra civil vão as ruas, ocasionando dessa forma a fulga do presidente para o país vizinho, o Uruguai, onde dessa forma os militares assumem o poder em 09 de abril