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As Causas Da Revolução Inglesa

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Por:   •  13/6/2013  •  2.205 Palavras (9 Páginas)  •  33.014 Visualizações

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As Causas da Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O processo que começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688.

As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas. Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, abrindo espaço para o avanço do capitalismo. Deve ser considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa no qual antecipou em 150 anos a Revolução Francesa.

Cada autor expõe seu ponto de vista ignorando as facetas que não se adéqua ao acontecimento focalizando apenas a etapa de um processo. STONE, 2000:

Foi uma grande rebelião, como achava Clarendon, a última e a mais violenta das muitas rebeliões contra reis particularmente odiosos e impopulares protagonizados, século após século ao alongo da Idade Média, por membros dissidentes das classes fundiárias? Ou simplesmente uma guerra interna causada por um temporário colapso político devido a circunstâncias políticas particulares? Esta é a opinião da senhora C. V. Wedgwood, que se contenta em começar sua história da Guerra Civil Inglesa em 1637, três anos antes do colapso do governo, e cinco antes da eclosão da violência armada.

Ao examinar a revolução inglesa do século XVII, Engels observa se no segundo grande levante a burguesia encontrou no calvinismo uma doutrina que lhe caía como uma roupa sob medida? Se foi a religião, e não o materialismo, o que proporcionou a doutrina a este combate revolucionário, isto se deve à natureza politicamente reacionária dessa filosofia na Inglaterra? Ou foi uma nova fora materialista manteve-se, como no passado, uma doutrina aristocrática e odiosa para a burguesia? STONE, 2000:

Foi a primeira revolução burguesa, em que os elementos progressistas e dinâmicos da sociedade lutaram para se desprender do invólucro feudal? Assim a viu Engels, e assim tendem a vê-la muitos historiadores dos anos de 1930. Foi a primeira revolução da modernização, que é a interpretação marxista sob uma nova roupagem, agora percebida como uma luta para remodelar as instituições governamentais em vista das exigências de uma sociedade mais eficiente, mais racional e mais avançada economicamente? Ou foi uma revolução da desesperação, realizada por elementos sociais decadentes e voltados para o passado, consumida pelo ódio, pela inveja e por intolerância ideológica.

São vários os pressupostos básicos para se entender as causa desta revolução. O primeiro está na afirmação de James Harrington afirma que foi rompimento do governo que causou a guerra e não a guerra que causou este rompimento. Clarendon que descreveu como uma Grande Rebelião e a senhora Wedgwood como a Guerra Civil supõem que foi a eclosão da violência armada deixando de lado o problema indispensável de maneira infame.

O segundo pressuposto trata de uma mudança fundamental que repercutiu na organização política, na estrutura social, no controle da propriedade econômica e na grave ruptura na continuidade do desenvolvimento que foi um mito predominante de uma ordem social.

A Revolução Inglesa preenche alguns desses requisitos, mas não foi só por aí. Se formos analisar preenche alguns destes pressupostos e outros motivos que levaram a desencadear esta grande revolução.

Pode ser demonstrada por suas ações e muito mais por suas palavras que evidencia um choque de idéias e ideologias e as concepções radicais afetando o comportamento humano e as instituições da sociedade, família à igreja e ao Estado.

A realização inclui não só a execução de um rei como o seu julgamento em nome do povo inglês por ter violado a constituição do reino. A partir daí teve várias modificações como: abolição da instituição monárquica substituindo um rei por outro, execução de pessoas e no confisco da propriedade de alguns nobres, no protesto contra do clero e os bispos que eram conhecidos como os “curas desagradáveis” de Hobbes, na eliminação da Igreja e no confisco dos episcopais, no ataque aos funcionários impopulares, na abolição de instituições administrativas crucial do governo.

Embora alguns não imaginavam em abolir a monarquia ou a Câmara dos Lordes apenas uma minoria esperavam isso. Mas, quando o governo entrou em colapso entre alguns nobres e gentlemen gerou então um forte desejo entre mudanças nos mitos políticos e a não aceitação da onipotência do executivo e, na direção de uma constituição equilibrada.

O terceiro pressuposto foi a teoria da guerra de classes dos marxistas só tem aplicação limitada no século XVII. A grande contribuição do marxismo neste período foi a enfatização da extensão e a importância do desenvolvimento do capitalismo no comércio, indústria e agricultura no século que antecedeu a revolução.

Por esta breve síntese, pode-se perceber por que a Revolução Inglesa é considerada uma revolução burguesa. Foi ela, na realidade, que abriu as condições para a instauração do modo de produção capitalista, via Revolução Industrial, na medida em que estabeleceu a plena prosperidade privada sobre a terra, permitiu à marinha inglesa controle sobre os mercados mundiais e, ao intensificar os cercamentos, proletarizou uma grande massa de pessoas. Stone, 2000:

(...)as únicas conclusões sociológica que parecem plausíveis para os primeiros estágios da guerra são a existência de uma clara tendência dos yeomen do campo e dos grupos médios nas cidades e áreas industriais de apoiar o Parlamento e uma menos clara tendência da aristocracia e das oligarquias dos mercadores de apoiar o rei.

John Locke e o individualismo liberal

A Revolução concretizou em definitivo a vitória do Parlamento e o princípio de que “o rei reina, mas não governa”. Guilherme recebeu a coroa do Parlamento, ou seja, a Revolução registrou a supremacia do modelo parlamentar de governo, no qual os ingleses haviam sido os precursores e que serviu de exemplo posteriormente para inúmeros países.

A Revolução Inglesa tem início no governo de Carlos I (1625-1640) e do Parlamento no qual envolveram o país na guerra civil que teve fim através das forças parlamentares. Os eventos dessa época forma conhecido como a Revolução puritana que levou a execução de Carlos I e o surgimento da república na

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