Atividade Sobre Enrique Dussel e Todorov
Por: IMPRA TLMT • 23/10/2016 • Trabalho acadêmico • 745 Palavras (3 Páginas) • 202 Visualizações
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Universidade Federal do Acre
Disciplina: América - 3º período – Noturno
Docente: Maria Rosana
Discente: Diego Leonardo Silva de Matos
Respostas
- O outro é o indivíduo oprimido, colonizado, vencido, passível de violência em todos os aspectos possíveis, em suma, o conquistado. Conquistado através da filosofia de “libertação” advinda junto com o mito da modernidade. O “outro” não foi descoberto e sim, encoberto pelo “si mesmo” que a Europa sempre foi. Segundo Todorov o outro (indígenas) eram visto como objetos vivos ou até parte da paisagem, nunca como seres humanos.
- Essas expressões significam uma divisão do mundo a partir de uma ótica eurocentrista onde o velho mundo representa os continentes até então conhecidos pelos europeus como Europa, África e Ásia. O termo “Novo Mundo” foi cunhado para designar os povos “descobertos” da América Latina. Para os eurocentristas os povos das Américas - México e Peru, por exemplo - não possuem história até a chegada dos Europeus a esses territórios.
- No livro de Todorov encontramos relatos que demonstram claramente como era visão dos portugueses após cair o véu do descobrimento sobre os povos das Américas. Os viventes dos territórios foram chamados todos de indígenas como portassem uma só cultura e fossem todos uniformizados como páginas em branco aguardando a civilização e os bons costumes. Não lhes era reconhecida a vontade própria e nem sua característica como individuo sendo classificados sempre por suas características físicas e a ausência de cultura (cultura europeia no caso). Ao serem descritos por Colombo foram associados à paisagem como elementos-coisa do mesmo e não como um povo já vivente e com seus costumes e práticas já estabelecidos. Para Colombo os mesmo não possuíam refino em seus tratos, eram selvagens, andavam nus, porém eram extremamente dóceis beirando a bestialidade inofensiva no início de suas observações.
- Etimologicamente genocídio deriva do grego “genos” – raça, tribo, nação – e do termos de raiz latina “cida” que significa matar. Seu conceito está ligado a xenofobia e limpeza étnica e neste quesito encontra o relatado por Tudorov em seu livro sobre como foi resolvida a questão da diferença e resistência dos povos americanos. Sobre isso caracterizar uma visão eurocentrista do ocorrido com esses povos ao reconhecê-los como vítimas diretas da ação de outro sem que houvesse organização e resistência pode caracterizar uma preconcepção de que o povo americano era fraco e incapaz de resistir culturalmente a outros povos. Porém temos vários aspectos que contribuíram para a fragilidade dos povos americanos e para Tudorov a principal vantagem dos europeus era a comunicação inter-humana. A forma de percepção indígena sobre o que estava ao seu redor e a semiótica religiosa podem ter contribuído para que os índios se “deslumbrassem” com o homem europeu, que não tinha apenas o intuído de conhecer o novo, mas um objetivo direto e específico que era a busca do ouro. Em termos simples não diriam que os índios foram frágeis e não poderiam se defender. As circunstancias de objetivo e expansão, contribuíram para que os índios não tivessem tempo de compreensão e reação do que lhes estava acontecendo. Não é uma visão eurocentrista, e sim, um reconhecimento de fatos históricos.
- De certa forma o homem americano em geral é produto do periodo colonizador europeu. As formas de consumo, comércio, estar em sociedade e todo o envolto existencial em torno da figura do nativo americano foram transformados nas colonizações ocorridas. Pouco da cultura original foi aproveitada e tida como base para o chamado desenvolvimento promovido pelos colonizadores e até mesmo o esclarecimento sobre o ocorrido, tendo em vista que nos livros didáticos esse processo é relatado como um passo necessário ao “desenvolvimento” das raças e posterior inserção social no padrão mundial europeu da época.
- Não. Segundo Todorov Colombo não buscava o ouro somente, mas também a propagação do evangelho. Ciente dos benefícios que o ouro trazia para suas missões esta não era uma prática deixada à parte por Colombo. O mesmo sabia da importância da presença do ouro no resultado de suas viagens. Mas o ouro não seria para si e sim para impulsionar ainda mais as viagens expansivas e, assim, a propagação do evangelho cristão.
- Sim. Vejo na declaração do papa um objetivo expansivo religioso. E um expansionismo religioso traz consigo uma carga filosófico-ideológica que institui a sua visão de mundo e delineia os aspectos básicos sociais e temporais do indivíduo. Nas palavras do papa essa redução não pode ocorrer visto que somente a “Santa Igreja” está a missão de difundir e pregar o evangelho de Cristo.
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