AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA: Um Movimento Fascista No Brasil (1932-1938) - Marcos Chor Maio E Roney Cytrynowicz¹
Monografias: AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA: Um Movimento Fascista No Brasil (1932-1938) - Marcos Chor Maio E Roney Cytrynowicz¹. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Crisllei • 6/5/2014 • 1.011 Palavras (5 Páginas) • 1.994 Visualizações
AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA: um movimento fascista no Brasil (1932-1938) - Marcos Chor Maio e Roney Cytrynowicz¹
O texto que se insere nesse bloco, contempla aspectos acerca da Ação Integralista Brasileira (AIB), primeiro partido político com implantação nacional. Foi a mais importante organização fascista na história do Brasil, com cerca de 500 mil adeptos e com uma expressiva participação no debate político dos anos 1930.
Em 1933 aconteceu o primeiro ato público da AIB, uma marcha para São Paulo, com aproximadamente 40 mil adeptos do movimento, lançando Miguel Real a candidato da AIB à Assembléia Constituinte de 1934. Logo após o 1° Congresso Nacional em Vitória, com e eventos realizados em outras capitais, o movimento propagou-se por vários estados. Nesse mesmo Congresso a AIB adotou rígida estrutura hierarquizada composta por secretários de departamentos nacionais, chefes provinciais, subordinados ao chefe supremo e perpétuo, Plínio Salgado, e uma rede de órgãos destinados a enquadrar seus militantes de base.
Em 1936, aconteceu o 2° Congresso Nacional, dessa vez na cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro. Nesse Congresso Salgado transformou a AIB em partido político com o intuito de concorrer às eleições para sucessão de Vargas.
Assim, a estrutura hierarquizada adotada no 1° Congresso Nacional em Vitória, foi remanejada com a incorporação de novos organismos como a Câmara dos Quarenta, a Câmara dos Quatrocentos e a Corte do Sigma, órgão supremo. Vale salientar que, a AIB cresceu politicamente após a revolta comunista de 1935, haja vista que uma de suas Banderas centrais era a luta contra o comunismo.
A AIB era caracterizada como fascista, uma vez que se caracteriza o fascismo, por um modelo de dominação política que apresenta aspectos como controle exclusivo do exercício da represent6ação política mediante atuação de um partido único de massa, caracterizado pela forte estrutura hierárquica. Mas José Chasin (1978) e Antônio Rago (1989) consideram a AIB como movimento de extrema direita, romântico e reacionário, mas não fascista, por entenderem que o fascismo seria a expressão particular do estágio de desenvolvimento pleno do modo de produção capitalista, que o Brasil ainda não tinha atingido em 1930, dada a sua dependência estrutural ao centro do capitalismo.
Já Trindade (1974), entende que além das motivações de caráter ideológico, evidencia que a composição social da AIB, sua estrutura política e organizacional, se aproxima das congêneres fascistas. Para AIB, a democracia liberal e o comunismo eram os principais inimigos a serem combatidos.
Após golpe do Estado Novo, a AIB tornou-se uma sociedade cultural. Plínio formalizou sua candidatura às eleições presidenciais em junho de1937. Na mesma época, Vargas recebeu uma comitiva de altos dirigentes da AIB, declarando de público que o movimento integralista o “impressionava satisfatoriamente. Em 1938, Plínio Salgado registra a sociedade com Associação Brasileira de Cultura. O primeiro Putsch Integralista fracassou com a tentativa de tomar uma rádio no Rio de Janeiro.
Nesse viés, o integralismo rejeitava a ideia de representação política, defendendo a mobilização integral e a submissão da massa ao chefe supremo. Haja vista que a exemplo de outros movimentos fascistas, o integralismo concedia importância central aos símbolos e às imagens. O símbolo do integralismo era a letra grega sigma, de soma, somatória, integração, sugerindo que o movimento era uma síntese de todas as ideologias, acima das diferenças, e usava a saudação “Anauê”, que significava saudação e grito de guerra a língua tupi guarani, e era feita com o braço direito esticado e levantado. Era dirigido basicamente às classes médias urbanas na década de 1930, período em que o Brasil passava por importantes transformações urbanas.
Os membros da AIB eram funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas, advogados, médicos, professores, padres, pequenos agricultores, funcionários do comercio,
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