CONTEXTO HISTÓRICO
Resenha: CONTEXTO HISTÓRICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatinina • 14/6/2013 • Resenha • 2.189 Palavras (9 Páginas) • 583 Visualizações
CONTEXTO HISTÓRICO
Com o golpe de 1.964, começava o período do governo militar, com o seu regime onde, a economia está voltada para a indústria e dependente do capital estrangeiro. Isso quer dizer que, o que interessava mais, era o capital estrangeiro, ficando as necessidades da população em segundo plano.
A educação, agora era vista como forma de investimento, para melhoria das exigências da produção internacional, ou seja, o objetivo era formar cidadão produtivo para adequar à sociedade brasileira. O ensino passa a ser pensado na direção tecnicista, cujos objetivos são representados pela racionalidade, eficácia e produtividade.
Em relação aos aspectos econômicos, nos períodos das décadas de 80 e 90, não houve nenhuma melhoria no padrão de distribuição de rendas para o todo da sociedade brasileira. Houve crescimento econômico de alguns setores, mas também um regime inflacionário permanente e um significativo processo de concentração de rendas, de propriedades, de capital e de mercado. Nos anos 90, o país cresceu menos ainda e aumentou o desemprego em relação aos anos 80.
A imposição do econômico sobre o sociocultural e o predomínio do interesse privado sobre o público, marcantes desde o período da ditadura militar, levaram à manutenção ou agravamento dos problemas da educação escolar. Houve perda das oportunidades educacionais e rebaixamento no padrão da escolarização da população brasileira.
Na atualidade, o Estado deixa de atuar diretamente e ingressa no ciclo de privatização, ficando os objetivos, as instituições e os valores da sociedade, definidos pelos interesses do mercado (pensamento neoliberal).
Isso quer dizer que, o mercado está decidindo os rumos da educação nacional, seguindo os seus próprios critérios, os quais foram denunciados exaustivamente como não representativos dos interesses gerais da nação.
PENSADORES
RUBEM ALVES
Vida e Obra
Rubem Alves nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais.
A família mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1945. No período de 1953 a 1957, estudou teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas (SP), tendo se transferido para Lavras (MG) em 1958, onde exerce as funções de Pastor naquela comunidade até 1963.
Casou-se em 1959 e teve três filhos. Em 1963, foi estudar em Nova York, retornando ao Brasil em maio de 1964 com o título de Mestre em Teologia. Abandonou a igreja presbiteriana e retornou com a família para os Estados Unidos, fugindo das ameaças que recebia. Lá, tornou-se Doutor em Filosofia.
De volta ao Brasil, é contratado para dar aulas de filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e letras de Rio claro (SP).
Em 1971, foi professor-visitante no Union Theological Seminary.
Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, como professor-adjunto na Faculdade de Educação.
No ano seguinte, 1974, ocupa o cargo de professor-titular de Filosofia, na UNICAMP.
No início da década de 80, torna-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise.
Na UNICAMP foi eleito representante dos professores titulares junto ao Conselho Universitário, no período de 1980 à 1985, Diretor da Assessoria de Relações Internacionais de 1985 à 1988 .
Após se aposentar, tornou-se proprietário de um restaurante na Cidade de Campinas.
Rubem Alves é membro da Academia Campinense de Letras.
- Alguns livros: A alegria de ensinar; Conversas com quem gosta de ensinar; Estórias com quem gosta de ensinar; Filosofia da Ciência; Entre a ciência e a sapiência.
Principais idéias
Rubem Alves, procura mostrar a necessidade de um educador comprometido consigo mesmo e com o aluno, capaz de superar a burocratização e a uniformização a que é submetido. Ele distingue, metodologicamente, o professor e o educador, advertindo-nos de que na realidade, na prática, eles se encontram juntos, mesclados, no profissional da educação.
O professor seria a árvore facilmente substituível, que coloca a função acima da pessoa, submisso ao papel da profissão. Esses professores seriam seres “gerenciados, administrados e controlados pelos interesses do sistema”. A sigla lecionada não faz diferença, pois de qualquer forma o professor trabalha sem interesse e sem prazer, apenas para obter um salário e usufruir dele. Rubem Alves compara o professor ao remador que está sempre remando para a frente e cada vez com mais vigor, mas sem questionar para que direção.
Já o educador tem amor e paixão pelo que faz. Levam em conta as características próprias e individuais de cada aluno, as suas paixões, esperanças, conflitos (dele e do aluno).
Para Rubem Alves, o fim da ciência é a sobrevivência humana. Mas nem sempre é assim. O capitalismo, ao contrário, leva as pessoas a “adiarem o prazer em benefício do capital “. Aprender tem que ser “como saborear uma comida gostosa e não ter que engolir uma comida deteriorada”.
Rubem Alves preocupava-se, há muito tempo, com o papel do saber e com a crescente desumanização das relações humanas. Ele nutre um desprezo particular pelos “sectários”, tanto quanto pelos “descomprometidos” ou “descartáveis”. Ele critica a produtividade capitalista cobrada hoje pela escola (notadamente através dos exames vestibulares).
Marilena de Souza Chauí
Biografia
1987 Pós-doutorados pela BNP - Bibliotèque Nationale de Paris
1986 Professores Titulares pela Universidade de São Paulo na disciplina de História da Filosofia Moderna
1977 Livres-docências em Filosofia pela Universidade de São Paulo
Título do trabalho: A nervura do real: Espinosa e a questão da liberdade
1971 Doutorados em Filosofia pela Universidade de São Paulo
Orientação: Prof° Dra Gilda Rocha de Mello e Souza
Título do trabalho: Introdução à leitura de Espinosa
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