CONTEXTO HISTÓRICO DA ABILIZAÇÃO DO TRANSPORTE COMPLETO PRETO
Trabalho acadêmico: CONTEXTO HISTÓRICO DA ABILIZAÇÃO DO TRANSPORTE COMPLETO PRETO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Casiraghi18 • 28/6/2014 • Trabalho acadêmico • 2.200 Palavras (9 Páginas) • 350 Visualizações
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 1
DESENVOLVIMENTO 2
2. O TRÁFICO ESCRAVISTA 2
3. OS PORTOS DE TRATO NEGREIRO 3
4. A TRAVESSIA NO ATLÂNTICO 4
5. CONTEXTO HISTÓRICO DA ABOLIÇÃO DO TRÁFICO DE ESCRAVO NEGROS 5
5.1. Razoes humanitárias 5
5.2. Razões Económicas 6
6. CONSEQUÊNCIAS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS 6
7. CONCLUSÃO 8
8. BIBLIOGRAFIA 9
1. INTRODUÇÃO
A expansão marítima e comercial europeia, a partir do século XV, mudou drasticamente a história da humanidade ao unir três continentes: a Europa, a África e a América (poderíamos considerar a Ásia também, mas essa é uma outra história). Em busca de enriquecimento, os europeus (os portugueses foram pioneiros), organizaram todo um aparato político, económico e militar que lhes garantiu o controlo sobre africanos e americanos. Dessa forma surgiu o que chamamos de sistema colonial, que durou do século XVI ao século XIX. Apesar de não podermos falar de uma colonização da África nesse período (com excepção de algumas ilhas), os portugueses fundaram diversos fortes e feitorias no litoral atlântico africano, e assim puderam negociar com os povos locais diversas mercadorias que eram levadas para a Europa, para a América e, também, para a Ásia. Dentre todos os bens negociados com os povos africanos, o comércio de escravos foi o que mais rendeu lucros para Portugal, pois além do óptimo negócio que representava, também foi fundamental para a ocupação e exploração da América.
DESENVOLVIMENTO
2. O TRÁFICO ESCRAVISTA
Depois que alcançaram o litoral atlântico da África, ainda na primeira metade do século XV, rapidamente os portugueses conseguiram ter acesso ao comércio de seres humanos que já era praticado pelos africanos.
O trato (ou seja, a negociação) entre portugueses e africanos era feito através do escambo (troca). Os produtos oferecidos pelos portugueses interessavam aos africanos: tecidos, vinhos, cavalos, ferro (que era derretido e transformado em armas na África). Com essas mercadorias em mãos, os aliados dos portugueses conseguiam status social e, também, tinham maiores condições de enfrentar povos inimigos e, assim, podiam obter mais escravos para serem negociados com os portugueses.
Poucas foram as iniciativas dos portugueses em colonizar a África, já que saciavam seus interesses mercantis mantendo uma relação amigável com povos do litoral. As regiões que mais forneceram escravos para o tráfico atlântico foram: o Cabo da Guiné, chamado pelos portugueses de Costa dos Escravos, e os Reinos do Congo e de Angola (nesse reino os portugueses conseguiram fundar fortes no interior, chamados de presídios).
As guerras entre os africanos para conseguir mais escravos acabaram causando a diminuição da população do litoral, e a busca por escravos passou a ser feita em regiões cada vez mais distantes.
No interior da África, os escravos capturados eram obrigados a andar por quilómetros, às vezes, por dias seguidos, vigiados de perto por homens armados. Nessas caravanas de escravos o sofrimento era muito grande: obrigados a andar em fila, atados uns aos outros pelo limbambo (correntes, ou madeiras, ou ferros que uniam os escravos pelo pescoço), com os pés sangrando, não recebiam alimentação suficiente e eram obrigados a carregar pesos. Tudo isso para aumentar o cansaço e diminuir as chances de rebelião e de fuga. Muitos desses prisioneiros morriam nessa travessia.
Podia demorar meses esse processo de comercialização que ia do momento da captura dos escravos, passando pela negociação de feira em feira no interior e a chegada nos portos de trato negreiro no oceano Atlântico, onde ficavam os navios estrangeiros.
3. OS PORTOS DE TRATO NEGREIRO
Não só os portugueses fizeram fortunas negociando gente na África. Navios ingleses, franceses, holandeses e brasileiros atracavam nos portos africanos e esperavam pela sua carga humana.
Nesses portos os escravos eram mantidos em barracões pelos comerciantes locais (tanto africanos quanto europeus que moravam na região), e ali esperavam pela negociação. Quanto mais rápidas as transacções, melhor para o prisioneiro, já que as condições de higiene e alimentação nesses barracões eram as piores possíveis.
As inúmeras caravanas de escravos chegavam de diversas regiões, trazendo prisioneiros das mais diferentes etnias, que, devido aos maus tratos, sofriam com uma infinidade de doenças: varíola, disenteria, sarna. Todos presos num mesmo barracão, sofrendo o mesmo terror: para onde seriam levados? Muitos dos prisioneiros nunca tinham visto o mar, muito menos um europeu.
Também interessava aos traficantes de escravos que a negociação fosse rápida. Os navios tinham que pagar para esperar no porto. Pagavam também pelo reabastecimento de água e alimento. Muitas vezes tinham que enviar presentes para os chefes locais, a fim de garantir protecção e exclusividade nos negócios. Além disso, a pirataria era comum no litoral da África.
Mas, às vezes, demorava mais de 5 meses para que todos os acordos fossem firmados e até mesmo para que os prisioneiros fossem embarcados, já que os comerciantes dos navios só aceitavam os escravos em seus porões quando já tivessem o número total que desejavam, pois assim evitavam ter que cuidar dos seus cativos e porque temiam as rebeliões a bordo.
4. A TRAVESSIA NO ATLÂNTICO
Os navios que negociavam e transportavam escravos eram chamados de navios negreiros ou navios tumbeiros, nome que é derivado de "tumba", devido à quantidade de escravos que morriam em seus porões. Calcula-se que 20% dos escravos africanos embarcados nos tumbeiros morriam durante a travessia pelo oceano Atlântico.
O tumbeiro poderia ser uma nau, um bergantim, uma corveta, dependendo do desenvolvimento tecnológico da época (o tráfico atlântico de escravos durou quatro séculos e durante esse tempo as técnicas de navegação mudaram muito).
Em geral essas embarcações
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