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CRISE MUNDIAL DO PETRÓLEO DÉCADA DE 70

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Por:   •  31/3/2014  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  690 Visualizações

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Crise Mundial do Petróleo década de 70

Uma desregulamentação do sistema monetário internacional e dois choques petrolíferos (em 1973 e 1979) estiveram na origem de uma crise econômica que, no início dos anos 70, travou o ritmo de crescimento nos países industrializados. O dólar americano, que servia de referência a todas as economias ocidentais desde a década de 40, foi desvalorizado a 15 de agosto de 1971 e perdeu a sua paridade relativamente ao ouro. Dois anos depois, no final de 1973, os países árabes membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), aumentaram quatro vezes o preço do petróleo no espaço de três meses, numa altura em que estavam em guerra com Israel, e nacionalizaram as instalações ocidentais. Entre 1979 e 1980, ocorre uma nova crise petrolífera. Com a queda da oferta, os preços do barril sobem para cima de 30 dólares, e o aumento desta fonte de energia tem graves repercussões alguns setores industriais da Europa, que denotam uma nítida dificuldade em acompanhar os tempos, em especial a siderurgia, a construção naval e a química pesada.

A subida de preços arrasta o déficit comercial, e as atividades mais relacionadas com a utilização do petróleo, como por exemplo a construção automóvel, sentem mais de perto esta recessão econômica. Deu-se também um agravamento da inflação, e a Europa entra numa fase denominada de estagnação, isto é, uma combinação de uma recessão com o aumento da inflação. Como resultado desta situação registam-se inúmeras falências e a crise das indústrias tradicionais que haviam estado na base do arranque da Revolução Industrial, como a siderurgia, a metalurgia, os têxteis e derivados destas.

O problema do desemprego, que no princípio dos anos 70 quase desaparecera, volta a afligir as economias europeias, mas desta vez é um desemprego muito focalizado: atinge essencialmente jovens sem formação especializada, mulheres, trabalhadores imigrantes e os operários das indústrias tradicionais. A taxa de desemprego na CEE (Comunidade Econômica Europeia) chegou a atingir, em 1983, cerca de 10% da população ativa, o que é uma fasquia bastante elevada. Afetou principalmente o Reino Unido e a Itália.

Para agravar a crise, os trabalhadores imigrados, em luta pelos seus postos de trabalho, são vítimas da marginalização social e, em alguns países, são alvo de movimentos xenófobos, num período em que ressurgem as ideologias fascistas.

Analisando mais de perto, já no início da década de 70 se faziam sentir os sinais desta crise à escala mundial: a produção industrial estava a diminuir, verificava-se um aumento generalizado dos preços dos produtos, as taxas de desemprego estavam a subir e algumas indústrias como a siderurgia, a construção naval, a indústria têxtil, a construção automóvel e o setor dos transportes aéreos ameaçavam falir.

Contrariamente à grave crise de 1929, a de 1970 estava associada a uma alta de preços. Neste caso, houve a conjugação de uma estagnação com a inflação, o que provocou um aumento dos preços mas também uma subida dos salários e levou a uma proteção dos sistemas sociais nalguns países da Europa Ocidental; estes conseguiram afastar uma parte dos efeitos negativos desta crise através dos subsídios de desemprego e da manutenção do poder de compra.

A uma queda inicial do comércio internacional, seguiu-se um crescimento, compreensível porque o crash da bolsa americana em 1973 não teve graves repercussões na economia

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