CURSO DE HISTÓRIA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Por: evertonsm50 • 2/11/2018 • Ensaio • 1.324 Palavras (6 Páginas) • 177 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO – CEDUC
CURSO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA COMTENPORÂNEA I
2ª ATIVIDADE DA I UNIDADE
EVERTON DE SOUSA MELO
CAMPINA GRANDE
2016
Questão 01
Vemos que neste segundo capitulo “A Revolução Industrial”, Hobsbawn trata do movimento propriamente dito, traçando como o movimento origina-se na Inglaterra, cresce, e depois se expande para o restante da Europa. Com relação aos fatores que contribuíram para o pioneirismo Inglês no processo industrial após a leitura pode afirma que as condições adequadas estavam visivelmente presentes na Grã-Bretanha, porém o avanço britânico não se deveu à superioridade tecnológica e científica, mesmo porque os franceses é que estavam à frente nesse quesito produziam, por exemplo, melhores navios e o mais completo tear. Atrás no desenvolvimento tecnológico e cientifico, mas uns cem anos afrente no sentido politico, pois vemos que, o que acontecera na França em 1789, por exemplo, da derrubada do Antigo Regime e do absolutismo, e da instauração de um poder não absoluto, com a Monarquia Constitucional, já ocorrera na Inglaterra mais de um século antes, desta forma a politica governamental inglesa tinha como supremo objetivo o lucro privado e o desenvolvimento econômico, aqui o dinheiro não só fala como governava como diz o próprio Hobsbawn “No geral, todavia, o dinheiro não só falava como governava. Tudo que os industriais precisavam para serem aceitos entre os governantes da sociedade era bastante dinheiro.”
Outro fator que contribui para o pioneirismo inglês veio através dos “Decretos das Cercas (Enclosures Acts)” os quais estabeleceram o monopólio da propriedade de terra e romperam com as terras comunitárias, desta forma não se podia falar mais de um campesinato inglês no mesmo molde que se falava de um campesinato francês, alemão ou russo, pois as atividades agrícolas já estavam predominantemente dirigidas para o mercado e as manufaturas já se haviam disseminado por um interior não feudal. Desta forma a agricultura estava preparada para garantir o aumento a produção e a produtividade, fornecer um grande contingente de recrutas para as cidades e fábricas e fornecer mecanismos para o acúmulo de capital a ser usado nos setores mais modernos da economia. Podemos destacar ainda que a Grã-Bretanha possuía uma indústria admiravelmente ajustada à revolução industrial pioneira, em condições de se lançar à indústria algodoeira e à expansão colonial, e essa indústria algodoeira estava exatamente dentro do que necessitava, “(...) uma indústria que já oferecesse recompensas excepcionais para o fabricante... (expandindo) sua produção rapidamente, se necessário através de inovações simples e razoavelmente baratas, e, segundo, um mercado mundial amplamente monopolizado por uma única nação produtora” (Hobsbawm, pags. 48,49).
Com isto a sociedade inglesa vai se transformando, e dentre estas mudanças oriundas desta revolução industrial, podemos destacar o aumento da divisão do trabalho, pois com a expansão do comércio, o trabalho artesanal, realizado com ferramentas, foi sendo substituído por um trabalho mais dividido, que exigiu a utilização de máquinas numa escala crescente. A produtividade foi incomparavelmente maior. Na França, por exemplo, os sapatos eram produzidos de forma artesanal: um mesmo artesão cortava, costurava, ou seja, realizava sozinho diversas tarefas que resultavam na fabricação de um sapato. Depois da extinção das corporações e do crescimento do mercado, cada operário no interior das fábricas nascentes foi especializado numa determinada tarefa. Desta forma a utilização de máquinas foi primordial, pois se verificou que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se ao trabalho dividido o emprego de máquinas em larga escala. Desta forma a sociedade industrial caracterizou-se fundamentalmente pela utilização sistemática de maquinário na produção e no transporte de mercadorias.
Outra mudança trazida por essa revolução foi o surgimento de uma nova classe social, o operariado, ou proletariado, representada pelos trabalhadores assalariados, que possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários, e os empresários (capitalistas) que são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Esses empresários proporcionavam duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina era rigorosa, mas as condições de trabalho nem sempre ofereciam segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado. Os operários revoltados com essas péssimas condições de trabalhos, começam a se organizar contras os empresários, dando inicio aos Movimentos operários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área. Inclusive, o Manifesto do Partido Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels foi publicado na época, em 1848, dando resposta ao tratamento dado aos homens e mulheres que trabalhavam nas fábricas, lançando as bases e tornando mais organizada e sistemática a luta do proletariado por condições mais dignas de vida.
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