Capital no séc XXI Resumo Incompleto.
Por: casscassiel • 25/7/2016 • Dissertação • 2.496 Palavras (10 Páginas) • 460 Visualizações
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CASSIEL CUSTÓDIO
CONTEMPORÂNEA II:
RESUMO: "O CAPITAL NO SÉC XXI"
DE THOMAS PIKETTY
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Londrina
2016
INTRODUÇÃO
A distribuição da riqueza e a desigualdade no século XXI, são o tema escolhido pelo economista Thomas Piketty, para o livro ''o capital no século XXI". Com questões como, acumulação de capital privado; concentração de riqueza e poder; o que acreditava Marx no século XIX? até as ideias de Saimon Kuznets. Da distribuição do patrimônio no século XVIII, e as lições que podemos tirar disso no século XXI? O autor argumenta sobre todas estas questões, já advertindo que as respostas as quais ele chega são imperfeitas e incompletas. A análise abrange três séculos e mais de vinte países. E pretende fazer compreender melhor as tendências e mecanismos em operação, que tornaram possível a construção deste livro, tal como evitaram o apocalipse marxista. Não modifica as estruturas profundas do capital e da desigualdade, mas não aspira tanto o mesmo, quanto nos perspectivas otimistas do pó- segunda guerra mundial.
Um debate sem fontes? Os debates políticos e acadêmicos, sobre a desigualdade social e distribuição de riqueza, durante muito tempo, se ergueram sobre análises preconceituosas e pobreza de fontes. "A realidade concreta e orgânica da desigualdade é visível para todos os que a vivenciam e inspira, naturalmente, julgamentos políticos contundentes e contraditórios." (p.10) O autor aponta o fato de que cada cidadão elabora sua própria concepção do que é justo e do que não, e faz a sua análise sobre as relações de dominação entre grupos sociais. "Em meio a esse diálogo de surdos, em que cada lado justifica sua própria preguiça intelectual pela do lado contrário" (p.10) Ele trata da análise sistemática e metódica.
Malthus, Young e a Revolução Francesa, neste Piketty trata dos autores os quais este usara como fonte dos séculos XVIII e XIX, de Malthus, Young, Ricardo e Marx, e o meio em que estes escreveram suas respectivas obras. Tal como as transformações radicais que entraram em curso nos últimos séculos, e como estas impactaram no trabalho dos autores. Quais seriam as consequências dessas mudanças na distribuição da riqueza e no equilíbrio social e político na Europa, explica também o "princípio da escassez".
Marx: o princípio da acumulação infinita, partindo da perspectiva de uma economia alterada pela passagem de um século desde a publicação dos Princípios de Ricardo; o Autor analisa a abertura de Marx a uma sociedade na dinâmica de um capitalismo industrial a pleno vapor. Numa época de miséria do proletariado industrial, êxodo rural, longas jornadas de trabalho e salários muito baixos, desponta a teoria de Marx sobre a acumulação infinita. "de que servem todas as inovações, tecnológicas, todo o esforço, todos esses deslocamentos populacionais, se, ao cabo de meio século de crescimento da indústria, a situação das massas continua tão miserável quanto antes e se tudo que o Estado pode fazer é proibir que crianças menores de oito anos trabalhem nas fábricas?" (p.16) Mesmo achando os argumentos de Marx mal embasados, este toma-o como fonte importante.
De Marx a Kuznets: de apocalipse ao conto de fadas. Para Piketty, segundo Kuznets "bastava ter paciência e esperar que o crescimento começasse a beneficiar a todos" (p.18). O autor classifica a obra de Kuznets como uma antítese a espiral de desigualdade identificada por Ricardo e por Marx. Porem com admiração a o mesmo ter sido pioneiro e único até então a fazer um trabalho empírico com relação as fontes de dados econômicos. Iniciando também a exposição, do mesmo, para futura comparação do autor americano a outros autores Europeus.
A curva de Kuznets: uma boa nova em tempos de Guerra Fria. O autor prossegue com a explicação da pesquisa de Keznets. Expondo os dados empíricos do mesmo, onde este analisa as alterações de renda e alta e baixas da desigualdade social nos estados unidos, nos períodos da grande depressão e segunda guerra mundial, tal qual, dos anos 1913 à 1948. Publicando seu livro em 1953, trazendo a "curva de Kuznets", com formato de "sino" pois analisava a queda da desigualdade, usando esta como fonte para premissa de que este seria o início de uma queda progressiva da desigualdade social.
Recolocando a questão distributiva no cerne da análise econômica, traz a tona o fato de as ultimas décadas terem colocado em xeque a teoria de "trajetória de crescimento equilibrado" considerando o crescimento constante da desigualdade social, nos EUA e no mundo. Mas o autor friza a importância de de lembrar que não é possível fazer uma previsão exata de ciclo econômico ou da detenção de riqueza para o próximo século. Levando em conta também a falta de abrangência dos dados econômicos a longo prazo.
As fontes utilizadas neste livro. No livro são usadas duas fontes principais, sendo estas: séries de dados que lidam diretamente com a desigualdade e a distribuição de renda; e séries de dados que lidam com a distribuição da riqueza e a renda. Sendo estes retirados da pesquisa de vários especialistas do mundo todo, numa ampla base de dados históricos, e evolução da desigualdade de renda. A declaração desta renda, imposto sob grandes fortunas, ou mesmo também como a pesquiza a longo prazo na França mostra como a herança pode construir grandes fortunas e influenciar na dinâmica da riqueza. Considera também o fato de a tecnologia atual favorecer o desenvolvimento da pesquisa com os dados atuais.
Os principais resultados obtidos nesse estudo: "A história da desigualdade é moldada pela forma como os atores políticos, sociais e econômicos enxergam o que é justo e o que não é, assim como a influência relativa de cada um desses atores e pelas escolhas coletivas que disso decorrem. Ou seja, ela é fruto da combinação, do jogo de forças, de todos os atores envolvidos". (p.27). Ele explica a convergência, os mecanismos que reduzem e comprimem a desigualdade.
Forças de convergência e, forças de divergência. Iniciando o uso de gráficos. Para os gráficos Piketty usa a "curva de Kuznets" para explicar a economia e distribuição da riqueza americana o autor segue explicando a convergência.
A força fundamental da divergência. E em paralelo no segundo gráfico as mudanças econômicas e o impacto das mesmas na desigualdade social na Inglaterra, Alemanha e França, este, desde o início da Bele Epoque. "Em suma os processos de acumulação de distribuição da riqueza contêm em si poderosas forças que impulsionam a divergência, ou, ao menos, levam a um nível de desigualdade extremamente elevado". (p.33).
Quadro geográfico e histórico. O autor problematiza a utilização da economia dos EUA como base para uma projeção global futura. Por avaliar os Estados unidos como um exemplo fora do padrão, considerando que na França a população apenas dobrou desde a revolução francesa, enquanto nos EUA uma explosão demografia aumentou a população em cem vezes. Considerando que depois da marcha para o oeste, os Estados unidos se tornaram um país completamente diferente. E que com certeza usar a distribuição da riqueza na França seria uma melhor opção para basear a progressão da economia global.
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