A Crise Do Capital Estrutural - Resumo

Atualmente, o capitalismo está passando por uma crise estrutural, do próprio sistema do capital. E esta crise exige que mudanças sejam feitas para que este sistema sobreviva.

Após um longo processo, sob a forma de capitalismo burguês, foi que o capital pôde garantir sua dominação. Para entender este processo “é preciso ter em mente que as novas forças de produção e relações de produção não se desenvolvem a partir do nada, não caem do céu, nem das entranhas da Ideia que se põe a si própria; e sim no interior e em antítese ao desenvolvimento existente da produção e das relações de propriedade tradicionais herdadas. Se no sistema burguês acabado cada relação econômica pressupõe outra sob a forma econômico-burguesa, e assim cada elemento posto é ao mesmo tempo pressuposto, tal é o caso em todo sistema orgânico. Este próprio sistema orgânico, enquanto totalidade tem seus pressupostos, e seu desenvolvimento, até alcançar a totalidade plena, consiste, precisamente, na subordinação de todos os elementos da sociedade a si própria, ou na criação, a partir dele, dos órgãos que ainda lhe fazem falta; desta maneira chega a ser historicamente uma totalidade.” (MARX).

No século XX, o capitalismo passou por crises maiores, fazendo com que ele aceitasse a hibridização, ignorando os perigos dessa adoção em longo prazo, já que ele não pôde se completar como um sistema global.

Não podemos nos equivocar em descrever o estado atual do mundo como dominado de maneira bem sucedida pelo capitalismo, já que ele pode conseguir se adaptar às pressões emanadas do fim de sua “ascendência histórica” somente retrocedendo atrás de sua própria fase progressiva de desenvolvimento e abandonando completamente o projeto capitalista liberal.

A crise estrutural do capital é uma resposta ao encontro do sistema com seus próprios limites. O fato de que esse sistema necessita de uma ajuda externa, indica que algo não está dentro da normalidade da extração e apropriação econômica do sobretrabalho pelo capital.

A severidade dessa crise confronta os socialistas e oferece, ao mesmo tempo, algumas possibilidades para enfrentá-lo. E não importa o quão abundantes ou variadas sejam as formas de ajuda externa, pois ela provou ser inútil para garantir a vitalidade do sistema. No futuro, esta crise estrutural do capital deverá piorar, além de se difundir pelo resto do mundo.