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Carnaval

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Por:   •  24/5/2014  •  Seminário  •  1.016 Palavras (5 Páginas)  •  163 Visualizações

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O Carnaval originou-se entre os gregos e os romanos que comemoravam suas colheitas nos períodos de dezembro a fevereiro. Eram festas de gratidão aos deuses pela fartura da messe. Muitos séculos depois, extinguindo-se essa celebração, tornou-se mais tarde uma festa típica em muitas cidades.

No Brasil, o embrião do Carnaval foi o Entrudo, festa típica trazida pelos portugueses — palavra que vem do latim “introitus” e que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma. Até a metade do século XIX foi uma festa em que a sujeira e as trocas de banhos de água davam a tônica. Os escravos a festejavam sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo e espirrando água pelas ruas com o auxílio de bisnagas de lata, enquanto as famílias brancas, refugiavam-se em suas mansões, onde passaram também a brincar, criando as guerras das famosas “laranjinhas”, que eram pequenas bolas de cera que se quebravam ao contato com o corpo, espalhando água fresca e perfumada, ao mesmo tempo em que jogavam de suas janelas um líquido não tão agradável e malcheiroso na cabeça dos passantes, que pertenciam as classes escravas e populares, como se quisessem dizer: para nós da elite perfumes, para os pés-de-chinelo... Por este motivo evitavam-se sair às ruas durante os dias do entrudo. Essa situação logo forçou o surgimento dos bailes de máscara que eram realizados apenas para a elite durante o Primeiro Império, e, a partir da década de 1840, foi estendendo-se para a classe média. Nesses bailes, que eram pagos e realizados em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se dançava o samba, mas sim o schottische, as mazurcas, as polcas, as valsas e o único ritmo genuinamente nacional da época, o maxixe. Somente em 1869, quando o ator Correia Vasques adaptou uma música de uma peça francesa e deu para essa adaptação o nome de Zé Pereira — a mesma música que é cantada até os dias de hoje —, que apareceram as primeiras consideradas músicas de Carnaval.

O carnaval de rua ainda não existia. Tudo girava em torno da violência e das agressões influenciadas pelo entrudo português que persistia... [há no Recife, atualmente, uma brincadeira herdada do entrudo que se chama mela-mela]. Entretanto, alguns jornalistas da época começaram a estimular a criação de carnavais mais leves e elegantes que imitassem os de Roma e de Veneza, onde as pessoas saiam às ruas fantasiadas para tomar parte no corso ou para realizarem batalhas de flores ou de confete. E um dos jornalistas que defendia ardorosamente esta forma de Carnaval era o consagrado escritor José de Alencar, o qual escreveu na sua coluna do "Jornal Mercantil" do Rio de Janeiro, às vésperas do Carnaval de 1855, a seguinte frase: "Confesso que esta ideia me sorri. Uma espécie de baile mascarado, às últimas horas do dia, à fresca da tarde, num belo e vasto terraço, com todo o desafogo deve ser encantador". Foi assim, após uma campanha dos jornalistas contra o violento entrudo e a favor do elegante carnaval veneziano, que os desfiles de rua tiveram início e o carnaval brasileiro começou a encontrar o seu perfil.

A partir daí as festividades ficaram divididas em dois tipos distintos de manifestação: um realizado pelas classes mais ricas nos elegantes bailes de salão, nas batalhas de flores, nos corsos e desfiles de carros alegóricos; e outra realizada pelas classes mais pobres nos maracatus, cordões, blocos, ranchos, frevos, troças, afoxés e, finalmente, nas escolas de samba. Assim, caótico desde seu princípio com o advento do entrudo, podemos observar que o Carnaval brasileiro sempre foi marcado pela divisão de classes sociais.

O carnaval brasileiro atingiu seu ápice nas décadas de 20 a 70. Em Poços de Caldas, minha cidade, as festas de salão eram magníficas,

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