Castilhismo E Positivismo No RS
Pesquisas Acadêmicas: Castilhismo E Positivismo No RS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 01092013 • 5/8/2014 • 7.772 Palavras (32 Páginas) • 430 Visualizações
Castilhismo
O Castilhismo era o nome dado à corrente política do oligarca gaúcho Júlio Prates de
Castilhos, no início da República Velha. Sofreu forte influência do positivismo de Auguste
Comte. Uma corrente política de forte cunho conservador, ao mesmo tempo em que apostava
na modernização econômica, por ter na burguesia industrial e urbana suas bases de apoio. O
castilhismo pode ser considerado uma filosofia política ou uma doutrina na medida em que
ele se orientava por princípios e indicava, como derivação, um sistema de governo definido.
A ascensão do castilhismo surgiu junto com a ascensão pessoal de Castilhos e do Partido
Republicano Riograndense. O castilhismo permaneceu como força hegemônica no Rio
Grande do Sul ininterruptamente entre 1893 e 1937.
Tem como princípios básicos a Escolha dos governantes baseado na sua
pureza moral e não na sua representatividade popular; que na política devem ser eliminadas
as disputas políticas partidárias e valorizar só a virtude e que o governante deve regenerar
a sociedade, e o Estado comandar a transformação e modernização da sociedade.
O autoritarismo de Castilhos manifestou-se uma vez mais quando, em 1890, ofereceu
apoio a Deodoro em nome do Partido, mas sem consultar as bases, para a Presidência da
República. Novamente, tal atitude custou-lhe muito caro. Novas dissidências. A mais
importante, como recorda Rodríguez, partiu do popular advogado Barros Cassal, que se
recusou a participar da chapa eleitoral composta por Castilhos. Outra foi a de Demétrio
Ribeiro já anteriormente referida. A forma arbitrária como impunha ao partido a candidatura
de Deodoro acabou por lhe causar mais uma lesão. Anteriormente, alguns dissidentes unidos
aos liberais formaram contra os castilhistas a União Nacional.
Da participação do positivista gaúcho na Assembléia Constituinte da República de
1891, sobressaíram três aspectos primordiais: primeiro, a defesa do federalismo radical;
segundo, a defesa do sistema unicameral e a extinção do Senado; e terceiro, o combate a
várias restrições, como os direitos civis e políticos dos religiosos. Teve ainda participação e
lutou contra o convênio de tarifas celebrado entre o Brasil e os EEUU que isentava vários
artigos norte-americanos de direitos de importação, bem como reduzia em 25% os mesmos
direitos relativamente a diversos outros artigos provenientes daquele mesmo País. Castilhos
lutou, ainda, pela liberdade de adoção, pela liberdade de todas as profissões, pela eleição
direta do Presidente e do Vice-Presidente da República, pelo voto do analfabeto e dos
membros de ordens religiosas e pelo alistamento dos estudantes de cursos superiores com
mais de dezoito anos. Em algumas dessas lutas venceu; em outras saiu perdedor, como foi o
caso da proposição de instituir o sistema unicameral, com a extinção do Senado, e a proposta
de dissolução da Constituinte, depois da votação da Magna Carta.
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A Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (1893), guerra civil gaúcha em que os
liberais pegaram em armas contra o governo conservador de Castilhos e foram derrotados. O
líder da oposição, o monarquista Silveira Martins, tinha sido o pivô da proclamação da
República em 1889 e era desafeto tanto de Deodoro, quanto dos republicanos históricos. A
vitória dos pica-paus de Castilhos sobre os maragatos de Silveira Martins na Revolução
Federalista de 1893 deu forte impulso ao castilhismo.
Os castilhistas que antes eram somente no Sul do País, expandiram sua influência,
colocando em cenário nacional nomes como
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