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Castilhismo E Positivismo No RS

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Por:   •  5/8/2014  •  7.772 Palavras (32 Páginas)  •  430 Visualizações

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Castilhismo

O Castilhismo era o nome dado à corrente política do oligarca gaúcho Júlio Prates de

Castilhos, no início da República Velha. Sofreu forte influência do positivismo de Auguste

Comte. Uma corrente política de forte cunho conservador, ao mesmo tempo em que apostava

na modernização econômica, por ter na burguesia industrial e urbana suas bases de apoio. O

castilhismo pode ser considerado uma filosofia política ou uma doutrina na medida em que

ele se orientava por princípios e indicava, como derivação, um sistema de governo definido.

A ascensão do castilhismo surgiu junto com a ascensão pessoal de Castilhos e do Partido

Republicano Riograndense. O castilhismo permaneceu como força hegemônica no Rio

Grande do Sul ininterruptamente entre 1893 e 1937.

Tem como princípios básicos a Escolha dos governantes baseado na sua

pureza moral e não na sua representatividade popular; que na política devem ser eliminadas

as disputas políticas partidárias e valorizar só a virtude e que o governante deve regenerar

a sociedade, e o Estado comandar a transformação e modernização da sociedade.

O autoritarismo de Castilhos manifestou-se uma vez mais quando, em 1890, ofereceu

apoio a Deodoro em nome do Partido, mas sem consultar as bases, para a Presidência da

República. Novamente, tal atitude custou-lhe muito caro. Novas dissidências. A mais

importante, como recorda Rodríguez, partiu do popular advogado Barros Cassal, que se

recusou a participar da chapa eleitoral composta por Castilhos. Outra foi a de Demétrio

Ribeiro já anteriormente referida. A forma arbitrária como impunha ao partido a candidatura

de Deodoro acabou por lhe causar mais uma lesão. Anteriormente, alguns dissidentes unidos

aos liberais formaram contra os castilhistas a União Nacional.

Da participação do positivista gaúcho na Assembléia Constituinte da República de

1891, sobressaíram três aspectos primordiais: primeiro, a defesa do federalismo radical;

segundo, a defesa do sistema unicameral e a extinção do Senado; e terceiro, o combate a

várias restrições, como os direitos civis e políticos dos religiosos. Teve ainda participação e

lutou contra o convênio de tarifas celebrado entre o Brasil e os EEUU que isentava vários

artigos norte-americanos de direitos de importação, bem como reduzia em 25% os mesmos

direitos relativamente a diversos outros artigos provenientes daquele mesmo País. Castilhos

lutou, ainda, pela liberdade de adoção, pela liberdade de todas as profissões, pela eleição

direta do Presidente e do Vice-Presidente da República, pelo voto do analfabeto e dos

membros de ordens religiosas e pelo alistamento dos estudantes de cursos superiores com

mais de dezoito anos. Em algumas dessas lutas venceu; em outras saiu perdedor, como foi o

caso da proposição de instituir o sistema unicameral, com a extinção do Senado, e a proposta

de dissolução da Constituinte, depois da votação da Magna Carta.

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A Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (1893), guerra civil gaúcha em que os

liberais pegaram em armas contra o governo conservador de Castilhos e foram derrotados. O

líder da oposição, o monarquista Silveira Martins, tinha sido o pivô da proclamação da

República em 1889 e era desafeto tanto de Deodoro, quanto dos republicanos históricos. A

vitória dos pica-paus de Castilhos sobre os maragatos de Silveira Martins na Revolução

Federalista de 1893 deu forte impulso ao castilhismo.

Os castilhistas que antes eram somente no Sul do País, expandiram sua influência,

colocando em cenário nacional nomes como

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