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Centro E Centralidade

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Por:   •  9/2/2015  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  341 Visualizações

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O tema de centro e centralidade começou a ser questionado a partir da década de 1950 a 1970, como um questionamento mais conceitual. Este esclarecimento conceitual é fundamental para identificar uma ampla abordagem e análise das interpretações anteriores.

A discussão sobre centro e centralidade na cidade contemporânea passa a necessariamente pela pergunta sobre o porquê da utilização direta daquele termo como lugar – especialmente sob a forma das “novas centralidades” -, pois ate então o mesmo se referia a um conjunto de qualidades que eram atribuídas a um lugar, o Centro.

A partir da experiência da reconstrução de um considerável número de centros urbanos destruídos pelos bombardeios após a Segunda Guerra Mundial, foi possível perceber que o trabalho em áreas centrais era evidentemente diferente daquele realizado em outras partes da cidade, revisando a forma de entender os centros urbanos.

Tratava-se agora, da sua própria problematização a partir de um questionamento de dupla fase: por um lado à indagação a cerca da sua existência, das condições e características que conferiam ao centro tal deseguinação; e por outro lado, a discussão do papel que desempenhava, a sua necessidade ou não, e ainda suas limitações como objeto de planejamento.

Este panorama de indefinição sobre quais são as características que hoje identificam o centro e a centralidade é o resultado da acumulação a crítica de um legado terminológico proveniente das variadas disciplinas, como geografia e sociologia, que se debruçaram sobre esta temática do central.

As discussões sobre o centro adquiriram novas mudanças conceituais na década de 80, com a ênfase nos aspecto sociais, culturais e simbólicos da cidade, a valorização do tecido urbano já consolidado, assim como a critica aos processos de renovação urbana que vinham sendo levados desde 1950, assentando as bases para requalificações de áreas urbanas.

O discurso pela cidade ganhou, nessas circunstancias, um novo componente da figura chamada “novas centralidades”, em um contexto em que se conjugavam o processo de dispersão das atividades metropolitanas e aglutinação de atividades de comando vinculadas aos setores de serviços especializados e de finanças, as quais reforçam o papel estratégico dos centros urbanos.

Na força da sua continuidade temporal, na permanência de seus espaços públicos ou de uso coletivo, na sua complexidade e diversidade, o Centro se alinha como um espaço de difícil apropriação, resistente a qualquer tipo de padronização. Estas características fazem do Centro um lugar “duro” frente aos aspectos que fazem o restante da metrópole mais facilmente dominável.

O Centro, os subcentros e o Centro expandindo fazem parte de um mesmo sistema, ainda que não possuam a mesma abrangência territorial, caracterizado pela complementaridade de suas partes, que é resultado de uma forma de crescimento da cidade continua e interligada.

Dentro do chamado Centro expandido, a Avenida Paulista consolidou-se como representação simbólica do poder modernizador de um tipo de organização que o capitalismo internacional introduziu ao projetar suas empresas dentro da sociedade brasileira. A Avenida paulista é o centro direcional erqguido nos anos 70 por uma classe dirigente que almejava construir e conduzir uma potente economia nacional, ainda que com padrões estrangeiros, para transformar retrograda a sociedade industrial de operários que havia herdado numa moderna sociedade capitalista de funcionários. Por todas estas razoes, a Avenida Paulista continua sendo uma experiência única na cidade.

As tentativas de reprodução deste fato urbano não vingaram, como exemplo da Avenida Faria Lima, que ficou letargiado até final do século passado, e que hoje se desenvolve na prolongação da Nova Faria Lima.

A ruptura deste sistema ocorre a partir dos anos 1980, quando o setor mobiliário passa a atuar de forma cada vez mais rápida e agressiva na abertura de novas frentes imobiliários, que ocorre agora em varias direções da cidade.

Surgem as novas áreas de centralidade, de caráter fragmentado, criadas fora do Centro expandido, como resultado de fortes operações imobiliárias e urbanísticas, ou produto de operações de revitalizações urbanas.

No contexto da ruptura daquele sistema,

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